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Assistência de Enfermagem em Centro Obstétrico

Por:   •  18/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  8.440 Palavras (34 Páginas)  •  232 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

 

        O presente trabalho visa apresentar um estudo de caso abrangendo as áreas de estudo das disciplinas de Assistência de Enfermagem em Centro Obstétrico.

        O estudo elaborado discorre acerca de uma paciente de 22 anos, secundigesta de 35 semanas de gestação, de gravidez gemelar, envolvida em um acidente automobilístico na cidade de Blumenau. De acordo com estudos apresentados por Ellibox (2017), as gestantes vítimas de trauma automobilístico, estão entre as estatísticas significativas de morbimortalidade. Situações como essa, necessitam ser conduzidas de forma responsável uma vez que refletem em índices elevados de mortalidade materna e perinatal. Os traumatismos, em todas as suas divisões, destacam-se pela prioridade no atendimento pela equipe de saúde.

        Meira (2011) aponta que são diversas as motivações que contribuem para aumentar o número de mulheres vítimas no trânsito, dentre elas, a crescente participação da mulher na sociedade a torna mais exposta a atropelamentos, acidentes diversos, atos de violência, acidentes de moto ou outro tipo de traumatismo, principalmente durante a gravidez, fato este que teve considerável aumento de sua incidência nos últimos anos.

        No que se refere ao período gestação da paciente supracitada, vale ressaltar que no terceiro trimestre de gravidez a parede uterina vai se tornando mais fina e o feto que ocupa quase totalmente a cavidade do útero passando a ter uma maior exposição ao trauma, o que acaba diminuindo os cuidados diretos de primeiros socorros com a mãe e aumentando os cuidados indiretos ao feto (FONSECA et al., 2013).

        Para assistir uma grávida traumatizada, Meira (2011) destaca que a equipe de enfermagem deve ter conhecimento das alterações fisiológicas e anatômicas e ter um cuidado maior, por se tratar de duas pessoas. Devendo, entretanto, ficar atenta com o estado hemodinâmico, uma vez que na gestante, ao se instalar o choque, torna-se mais difícil o tratamento e os danos no feto, como hipóxia e hipotensão que são alterações provocadas pela homeostase materna, poderão ser fatais. A autora lembra que, como os acidentes geralmente ocorrem no último trimestre, com o útero mais volumoso a mulher perde grande parte da sua agilidade física, sendo necessários intensificar os cuidados nesse período.

        Nota-se, todavia, que muitos desses profissionais não possuem preparo profissional adequado para o atendimento desse público específico. No momento do atendimento a gestante vítima de trauma, fora a presença do feto, deve-se ter atenção quanto às adaptações fisiológicas da gestação, pois estas podem alterar diversos parâmetros morfológicos e funcionais no organismo materno (ELLIBOX, 2017, p. 09).

        Fonseca et al. (2013) reiteram que esses tipos de acidentes que acarretam mortes maternas e perinatal poderiam ser evitadas, pois dependem de atitudes de prevenção primária por parte das pessoas, dos fabricantes de veículos, e secundariamente, num melhor treinamento da equipe de saúde que trata de urgências e emergências à gestantes vítimas de trauma.

        De modo a articular os conhecimentos estudados, o estudo de caso está estruturado a partir da descrição do suporte básico e avançado de vida realizado pela equipe de saúde, apresentando possíveis diagnósticos de enfermagem diante do quadro clínico apresentado e elencando os aspectos relativos à gestação a serem considerados pelo enfermeiro no manejo dessa situação.

        Por fim, para melhor elucidar as características da paciente relatada, descreve-se e analisa no decorrer do estudo os aspectos relativos à Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), pré-eclâmpsia e eclâmpsia, reiterando os cuidados de enfermagem relacionados a esses quadros.

2 OBJETIVOS GERAIS

        Avaliar o relato de caso onde uma gestante sofreu um acidente automobilístico após sofrer uma convulsão. Compreender mediante a revisão do estudo os mecanismos responsáveis pela ocorrência da parada cardiorrespiratória, assim como a atuação do enfermeiro junto a equipe de enfermagem no reconhecimento da sinalização da mesma, identificando os diagnósticos de enfermagem prioritários durante o evento. Verificar os instrumentos onde informações inerentes à gestante e a gestação podem ser encontrados. Pesquisar os diferentes tipos de doenças hipertensivas que afetam a gestante, os principais cuidados de enfermagem que devem ser prestados a ela durante o pré-natal, o parto e o puerpério e de que forma essas circunstâncias podem ser prevenidas ou interferir no bem-estar da gestante e do feto.

3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

        - Abordar suporte básico e avançado de vida prestado pela equipe multiprofissional durante a parada cardiorrespiratória;

        - Explorar os principais diagnósticos de Enfermagem durante o atendimento da gestante na Parada Cardiorrespiratória;

        - Identificar os instrumentos onde informações adicionais sobre a saúde da gestante e da gestação podem ser encontradas;

        - Reconhecer os sinais e sintomas da Doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) e relacionar com os diagnósticos e cuidados de enfermagem a serem prestados;

        - Identificar as medidas necessárias para a prevenção da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia e como essas doenças afetam a gestante e o feto.

4 RELATO DO CASO

 

        L.M.D., 22 anos, secundigesta, um aborto, 35 semanas, gravidez gemelar, deu entrada no pronto-socorro conduzida pelo corpo de bombeiros em maca rígida e colar cervical. Vítima de acidente de trânsito, sendo que era condutora do veículo, utilizava cinto de segurança e colidiu contra um poste no centro da cidade de Blumenau. Segundo relato de sua mãe, que estava no banco do carona do veículo, a filha convulsionou e após aconteceu o acidente.

        Ao chegar a emergência L.M.D. apresentava-se sonolenta, confusa (Glasgow 14 – AO 04 RV 04 RM 06), pupilas isocóricas e fotorreagentes. Foi realizada avaliação primária e secundária e encaminhada para tomografia de crânio.

        Ao retornar da tomografia, na sala de emergência a vítima evolui para parada cardiorrespiratória, sendo que você é a primeira pessoa entrar na sala e identificar a PCR.

        Após realizar o suporte básico e avançado de vida retornou em ritmo sinusal e foi conduzida imediatamente para o centro obstétrico.

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