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Assistência de enfermagem na puérpera com depressão pós parto

Por:   •  29/1/2017  •  Projeto de pesquisa  •  6.685 Palavras (27 Páginas)  •  1.209 Visualizações

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PUÉRPERA COM DEPRESSÃO PÓS PARTO

NURSING CARE WITH A PUERPERAL DEPRESSION POST DELIVERY

Kécia Maria Silva Damasceno1; Maria de Lourdes Andrade Mendes1; Priscila Oliveira de Souza1; Thalita de Araujo Mesquita1; Maryângela Araújo da Costa2 e Manoel Luíz Neto2.

RESUMO

A gestação e o puerpério são períodos na vida da mulher que necessitam ser avaliados com especial atenção, por abrangerem diversas alterações físicas, hormonais, psíquicas e de inserção social, capazes de desenvolver a depressão pós parto. Este estudo objetivou descrever como é realizada a assistência de enfermagem à puérpera acometida por depressão pós parto a partir do conhecimento de fatores relacionados à patologia, bem como as suas formas de tratamento. Trata-se de um estudo descritivo qualitativo utilizando os métodos da Revisão Bibliográfica da Literatura com busca por artigos científicos disponíveis nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino- Americana em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os seguintes descritores: “puérpera”, “depressão pós parto”, “enfermagem”. Este estudo teve como resultado a compreensão da importância da assistência de enfermagem frente a depressão pós parto, sendo fundamental que o enfermeiro mediante o reconhecimento da patologia possa colaborar de forma efetiva para evitar os agravos gerados pela doença. Conclui-se que através da elaboração de estratégias construtivas que visem à autoconsciência e controle emocional, é possível promover uma interação saudável entre mãe e filho.

Descritores: “puérpera”, “depressão pós parto”, “enfermagem”.

ABSTRACT

Pregnancy and the postpartum period are periods in women's lives that need to be evaluated with special attention, because they cover many physical changes, hormonal, psychological and social inclusion, capable of developing postpartum depression. This study aimed to describe as performed nursing care to postpartum women affected by postpartum depression from the knowledge of factors related to pathology, as well as their forms of treatment. This is a qualitative descriptive study using the methods of Bibliographic Literature Review to search for scientific articles available in the databases Scientific Electronic Library Online (SciELO) and Latin American Literature on Health Sciences (LILACS), using the following descriptors "postpartum", "postpartum depression", "nursing". This study resulted in the understanding of the importance of the nursing care for postpartum depression, it is essential that nurses by recognizing the condition can collaborate effectively to avoid the grievances generated by the disease. In conclusion, through the development of constructive strategies aimed at self-awareness and emotional control, you can promote a healthy interaction between mother and child.

Descriptors: "postpartum", "postpartum depression", "nursing".

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INTRODUÇÃO

Considerada uma síndrome psiquiátrica de alta prevalência, a Depressão Pós-Parto (DPP) é capaz de provocar alterações emocionais, cognitivas, comportamentais e físicas. O seu início é de maneira insidiosa, levando até semanas após o parto. É uma patologia derivada da combinação de fatores biopsicossociais, dificilmente controláveis, que atuam de forma implacável no seu surgimento, de acordo com Gomes et. al:

Além do ritmo acelerado das mudanças fisiológicas na fase puerperal (elevações dos níveis de corticosteroide e queda abrupta dos níveis hormonais), surgem exigências culturais, sociais, familiares e pessoais em relação à puérpera, no que corresponde ao desempenho das funções maternas adequadamente. Assim, mesmo vivenciando um período de fragilidade, cabe ainda à mulher a satisfação e o reconhecimento holístico das necessidades e demandas do bebê (2010).

A depressão pós-parto é um transtorno mental ocorre em todo o mundo, Silva et. al (2010) afirmam que “sua incidência varia de 10% a 20%, na proporção de um caso para 1.000 mães. No Brasil, a última publicação, de base populacional sobre o tema, realizada em Pelotas-RS, com 410 mulheres, divulgada em 2006, destacou uma prevalência de 19,1%”.

Na fase pós-parto, o tipo e do suporte emocional recebido, podem colaborar para melhor adaptação e alcance do papel materno. Nesta fase, de acordo com Silva et. al (2010), o enfermeiro atua prestando decisiva colaboração, pois a partir do conhecimento da situação vivenciada, “este profissional auxilia a puérpera a superá-la e a se readaptar melhor às suas dificuldades, contribuindo para um exercício saudável da maternidade com impactos, tanto no binômio mãe filho como na família”.

A puérpera deprimida, ao contrário da hiperativa, pode apresentar-se com um profundo retraimento e necessidade de isolamento, além de desenvolver uma competição com o bebê pelas atenções do meio que a cerca. Felix et. al (2013) afirmam que “a prostração e a decepção com sentimentos de fracasso e desilusão têm aspectos regressivos que se somam aos já produzidos pelo parto, fazendo com que a puérpera sinta-se mais carente e dependente de proteção”.

Partindo dessa premissa pergunta-se: o profissional enfermeiro conhece os sinais e sintomas da depressão pós parto? quais são as habilidades e conhecimentos que o enfermeiro deve utilizar para realizar estratégias eficientes para a prevenção da depressão pós parto?, a puérpera consegue reconhecer que esta sendo afetada pela patologia e aceita o tratamento?

O objetivo deste trabalho foi demonstrar a importância da Assistência de Enfermagem à Puérpera com Depressão Pós Parto. Assim como identificar os fatores de riscos da depressão pós parto a partir da revisão de literatura, descrever as ações de enfermagem no cuidado à puérpera com depressão pós parto e apresentar as formas de tratamentos a depressão pós parto.

O papel desenvolvido pela mãe é afetado pelo transtorno depressivo puerperal que somado as suas peculiaridade relativas à maternidade prejudica esse desempenho. Para Felix et. al (2013), “sentimentos negativos, desinteresse pelo bebê e culpabilidade por não conseguir cuidar dele são frequentes e podem resultar em um desenvolvimento insatisfatório da interação mãe bebê”.

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