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Ausculta Pulmonar

Por:   •  7/4/2016  •  Seminário  •  597 Palavras (3 Páginas)  •  750 Visualizações

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Ausculta pulmonar

Maria Luiza Carvalho Echevenguá

Ausculta é o método semiológico básico no exame físico dos pulmões realizada com o auxílio de um estetoscópio. A auscultação direta ou imediata, ou seja, colocando-se o ouvido na parede torácica, não se utiliza mais, embora por intermédio dela seja possível perceber também as vibrações da parede. As principais fontes sonoras do tórax são o coração e os pulmões. Entretanto, a traquéia, os brônquios, a pleura, o pericárdio, os grossos vasos e o esôfago podem gerar sons. O examinador deve ficar atrás do paciente para auscultar. O paciente não deve forçar a cabeça ou dobrar excessivamente o tronco. Pedir ao paciente que respire pausada e profundamente com a boca entreaberta e sem fazer ruído. *Sons respiratórios normais: Murmúrio vesicular (MV): quando se ausculta o tórax de um individuo normal, ouve um som murmurante, que na inspiração é mais longo e mais nítido e na expiração é mais curto, mas fraco e menos nítido. Os ruídos da respiração normal resultam das vibrações provocadas pela corrente aérea ao percorrer o sistema tubular e alveolar. O aumento do murmúrio vesicular ocorre em indivíduos com maior volume de ar circulante (dispnéia, taquipnéia, exercício físico). O murmúrio diminuído ocorrerá quando houver redução do volume corrente, como ocorre em uma invasão de uma determinada área do parênquima. Assim, nas estenoses das vias aéreas superiores, dependendo do grau, haverá redução do murmúrio vesicular em ambos os pulmões.  Se  o obstáculo estiver em um dos brônquios principais, o murmúrio diminuirá no hemitórax correspondente. As reduções de calibre das pequenas vias respiratórias  tornam o murmúrio menos audíveis, como acontece no enfisema. De um modo geral, todas as lesões interpostas entre o pulmão e a parede podem reduzir o murmúrio vesicular, como o pneumotórax, derrame pleural, tumores.  * Ruídos adventícios:  quando os ruídos respiratórios não são audíveis em condições normais são denominados ruídos adventícios, podendo ser de origem  da árvore brônquica, alvéolos ou espaço pleural. Os ruídos adventícios são classificados em secos (roncos e sibilos), úmidos (estertores creptantes e subcreptantes) e atrito pleural. Roncos: é um ruído de tonalidade grave predominantemente inspiratório, geralmente acompanhado de tosse. Sua origem se deve á presença de secreções espessas que se adere às paredes dos brônquios de grande calibre, reduzindo sua luz. Indicam asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas. Sibilos: são ruídos de tonalidade aguda, predominantemente inspiratório, habitualmente referido pelo paciente como “chiado” ou        “chiadeira”. As causas dos sibilos são redução da luz brônquica, espasmo da parede das pequenas via aéreas. É o ruído adventício mais comumente encontrado em pacientes portadores de asma e DPOC. Estertores subcreptantes: são ruídos descontínuos ouvidos na inspiração e na expiração. Resultam da mobilização de qualquer conteúdo liquido presente nos brônquios de médio e pequeno calibre. Ocorre com maior freqüência em pacientes com pneumonia, no edema agudo de pulmão e na DPOC. Estertores creptantes: São estertores úmidos e descontínuos, exclusivamente inspiratórios. Tais estertores são característicos for edemas incipientes do parênquima pulmonar, pela presença de exudato ou transudato intra- alveolar. São frequentemente audíveis na atelectasias, pneumonias, edema agudo de pulmão e síndrome da angustia respiratória (SARA). Atrito pleural: é um estalido ou “som de couro” que ocorre a cada respiração  mais intenso na inspiração quando as superfícies plurais estão irritadas por inflamação, infecção ou neoplasia. Normalmente as pleuras vicerais e parietais deslizam silenciosamente. Em certos casos, os sons podem se confundidos com os estertores. Podendo –se pedir para o paciente tossir e verificar se houve mudança no som produzido. Caso não haja mudança, se trata de atrito pleura.  

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