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Ausculta Pulmonar Na Especie Humana

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Por:   •  19/11/2013  •  589 Palavras (3 Páginas)  •  890 Visualizações

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Conceito:

Ausculta é o método semiológico básico no exame físico dos pulmões. É funcional por excelência, diferentemente da percussão, puramente estática, e permite analisar o funcionamento pulmonar. Para sua realização exige-se o máximo de silêncio, além de posição cômoda do paciente e do médico.

Breve Histórico:

Hipócrates escutava os ruídos pulmonares através do ouvido colocado sobre o tórax do paciente. Entretanto, pode-se dizer que a ausculta pulmonar foi realmente introduzida por Laennec há quase 200 anos, o inventor do estetoscópio. Laennec trabalhava em um grande sanatório na França, com cerca de 400 leitos, e não encontrou nenhuma referência de ruídos pulmonares ao rever os prontuários em 1816. A idéia do estetoscópio nasceu ao ver duas crianças brincando e enviando mensagens através de um tronco de maneira. Escarificava-se o tronco de um lado e ouvia-se do outro. Laennec construiu o seu estetoscópio de maneira, um cilindro, denominado "le baton". Era como "se os pulmões estivessem conversando", mas através de uma linguagem totalmente estranha. Foi preciso inventar nomes para os diferentes ruídos. Assim nasceu o som vesicular e os ruídos estranhos à respiração normal, denominados por Laennec de "râle" (estertores). O termo "râle" rapidamente se difundiu até mesmo entre os doentes que passaram a temê-lo, chamando-o de "estertores da morte". Laennec, no prefácio da segunda edição de seu livro, sugere evitar o termo "râle" na frente do paciente e substituí-lo por "rhoncus", a tradução "râle" para o latim. Uma estratégia semelhante ao que é feito hoje em dia quando se evita a palavra "câncer". Entretanto, nas traduções do trabalho de Laennec para o inglês, estertores e roncos passaram a ter diferentes significados clínicos. Mais tarde, foram criados novos termos, como os sibilos, e inúmeros outros adjetivos para os estertores como finos, grossos, secos ou úmidos, bolhosos, cavernosos, consonantais, crepitantes, subcrepitantes. Uma confusão de termos.

Os novos conhecimentos da fisiopatologia pulmonar vieram colocar em dúvida as clássicas teorias sobre a gênese dos sons pulmonares. Todo o exame clínico, inclusive a ausculta, passou a ser realizado mais como um ritual de rotina. Na verdade o médico passou a creditar sua confiança aos exames complementares, especialmente na radiologia, para a formulação do diagnóstico das doenças pulmonares. Os recentes progressos tecnológicos, como a sonografia digital, permitiram analisar melhor a origem e a composição desses sons e ai formular hipóteses mais consistentes com a fisiopatologia pulmonar. Existe hoje todo um esforço para se padronizar a terminologia dos sons pulmonares em todo mundo.

2. Foco de Ausculta

Para iniciar-se a ausculta, o examinador coloca-se atrás do paciente, que não deve forçar a cabeça ou dobrar excessivamente o tronco. O paciente deve estar com o tórax despido e respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído.

Somente depois de longa prática, ouvindo-se as variações do murmúrio respiratório normal, é que se pode, com segurança, identificar os ruídos

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