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INFECÇÕES TRANSMISSÍVEIS VERTICALMENTE PELO HIV-1, RUBÉOLA, SÍFILIS E TOXOPLASMOSE EM GESTANTES: UMA REVISÃO SOBRE O TEMA

Por:   •  3/12/2018  •  Abstract  •  1.961 Palavras (8 Páginas)  •  227 Visualizações

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CATEGORIA A: REVISÃO DE LITERATURA

INFECÇÕES TRANSMISSÍVEIS VERTICALMENTE PELO HIV-1, RUBÉOLA, SÍFILIS E TOXOPLASMOSE EM GESTANTES: UMA REVISÃO SOBRE O TEMA

Fernando Machado Ferreira¹; Quesia Sousa Silva¹; Richard Gomes Amorim¹; Jeane Alves Ribeiro².

¹Discentes do curso de Enfermagem do Centro de Estudos Superiores de Grajaú – Universidade Estadual do Maranhão. ²Docente do curso de Enfermagem do Centro de Estudos Superiores de Grajaú – Universidade Estadual do Maranhão.

RESUMO

A Transmissão Vertical (TV) de infecções é quando ocorre a transmissão de uma infecção da mãe para o seu feto no útero ou recém-nascido durante o parto.Se essas doenças são diagnosticadas e tratadas precoce e adequadamente, as consequências para a mãe e para o concepto podem ser minimizadas. É fundamental que a mulher, no momento da gravidez, tenha acesso a informações seguras e baseadas em evidências científicas sobre o processo de gravidez, parto e puerpério. Este estudo objetivou-se em descrever algumas das infecções maternas de TV,enfatizando a importância das ações de enfermagem para cuidado e controle dessas IST, baseado em uma breve revisão de literatura das infecções: HIV-1, Rubéola, Sífilis e Toxoplasmose.As análises preconizam a necessidade de uma triagem mais rigorosa e abrangente, onde seja possível identificar precocemente as mais possíveis IST durante o pré-natal. Diante disso, o trabalho da enfermagem se faz necessário durante o pré-natal, para diagnosticar precocemente a soroprevalência gestacional, e assim estabelecer um acompanhamento adequado e preventivo, orientando acerca da medicação durante o tratamento.

PALAVRAS-CHAVE: transmissão vertical, gravidez, pré-natal.

1 INTRODUÇÃO        

A Transmissão Vertical (TV) de infecções é quando ocorre a transmissão de uma infecção da mãe para o seu feto no útero ou recém-nascido durante o parto.Mulheres grávidas quando acometidas por infecções causadas pelos agentes etiológicos, podem transmiti-los verticalmente durante a gestação, no momento do parto ou durante o aleitamento materno.No Brasil, doenças infecciosas durante a gravidez são relativamente frequentes, afetando especialmente populações negligenciadas. Entretanto, isso gera desafios para a saúde pública, no que diz respeito as medidas e estratégias de triagem de forma abrangente, com intuito de facilitar e organizar os diagnósticos desses casos nas gestantes (DUARTE, G., 2003).

As prevalências dessas infecções podem estar associadas à gravidez ectópica, abortos, natimortos e prematuridade, além de infecções congênitas, perinatais e puerperais. Se essas doenças são diagnosticadas e tratadas precoce e adequadamente, as consequências para a mãe e para o concepto podem ser minimizadas (ALVES, J. A. B. et al., 2009).

É fundamental que a mulher, no momento da gravidez, tenha acesso a informações seguras e baseadas em evidências científicas sobre o processo de gravidez, parto e puerpério. É importante também que ela conheça seus direitos civis, quais são as rotinas recomendadas para as consultas de pré-natal e quais exames clínicos, laboratoriais e vacinas devem ser realizados.

O presente trabalho objetiva-se em descrever as IST verticalmente, através de uma revisão breve de literatura, em uma visão ampla do tema até as ações de enfermagem. A metodologia utilizada baseou-se em pesquisas bibliográficas de artigos publicados e indexados nas principais bases de dados: Pubmed, Scielo, Portal BVS, Scopus e Web of Science.

2 OBJETIVO

Analisar as infecções maternas (TV) e enfatizar a importância das ações de enfermagem através da delimitação de estratégias eficientes e eficazes para o controle dessas infeções.

3REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Infecções pelo HIV-1

No Brasil, em 2009, houve 38.538 casos notificados da doença com uma taxa de incidência de 20,1 casos por 100.000 habitantes e em 2010 17,9 casos por 100.000 habitantes. Na região Nordeste em 2010 a incidência foi de 20,1 casos por 100.000 habitantes com 6702 casos notificados (UNAIDS, 2010).

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um tipo especial de vírus conhecido como retrovírus, da família Retroviridae (retrovírus) (VERONESI; FOCACCIA, 2006).A patogênese da transmissão vertical do HIV está relacionada a múltiplos fatores: a) fatores virais; b) fatores maternos, incluindo estado clínico e imunológico, presença de IST e o estado nutricional da mulher (BRASIL, 2010a).

Nos indivíduos infectados pelo HIV, a sintomatologia apresenta-se emtrês fases: fase aguda, assintomática ou de latência e fase sintomática. A criança contaminada pelo HIV pode apresentar progressão rápida ou bastante lenta, dependendo de alguns fatores como: época da infecção, genótipo e fenótipo viral e resposta imune. Toda gestante vivendo com HIV deve receber o Tratamento Antirretroviral (TARV), devendo o tratamento ser iniciado a qualquer momento a partir da 14ª semanas de gestação até o parto. O tratamento do recém-nascido deve começar preferencialmente nas duas primeiras horas de vida (BRASIL, 2010b).

3.2 Infecções pelo vírus da Rubéola

A rubéola é uma doença exantemática, causada por um vírus rubivírus com genoma de (RNA). De acordo com as informações de saúde disponíveis no banco de dados do Departamento de Informática do SUS, em 2013 a cobertura da vacina tríplice viral atingiu 98,24% criançasno estado do Maranhão, porém não homogeneamente (BRASIL, 2014).

A rubéola é transmitida de pessoa a pessoa, por meio do contato direto a até mesmo indireto. A transmissão fetal se dá principalmente por ocasião da infecção materna, quando a passagem transplacentária do vírus para o concepto ocorre durante a viremia materna. O RN infectado vai se transformar em reservatório do vírus, propagando a doença aos seus contatos, já que a eliminação viral pode se dar até aos 18 ou 24 meses de idade (LIMA et al., 2008).

As manifestações clínicas na gestante e no feto caracteriza-se por exantema maculopapular e puntiforme difuso, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se, posteriormente, para todo corpo. A infecção pela rubéola durante a gravidez está bem estabelecida como causa de malformações congênitas, podendo produzir lesões intensas no feto e RN e quando mais cedo ocorre a infecção materna tanto maior a probabilidade de comprometimento fetal significativo (MONTELEONE; MONTELEONE, 2000).

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