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INTOXICAÇÃO EXOGENA, CHUMBINHO

Por:   •  17/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.504 Palavras (7 Páginas)  •  722 Visualizações

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

CURSO DE ENFERMAGEM

PAULO JÂNIO

                

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE INTOXICAÇÃO EXÒGENA POR ORGANOFORFORADO: CHUMBINHO

SÃO PAULO

2017

        

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

CURSO DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE INTOXICAÇÃO EXÒGENA POR ORGANOFORFORADO: CHUMBINHO

Projeto de pesquisa apresentado à Universidade Nove de Julho

Como forma de avaliação do  TCC

Orientadora: Profª  Natália Ribeiro

SÃO PAULO

2017

1.INTRODUÇÃO

        A intoxicação oral por chumbinho é uma condição clínica emergencial que tem grande tendência à alta mortalidade, o que pode ser relacionado ao diagnóstico tardio e à conduta inadequada dos profissionais de saúde. Por isso a importância dos mesmos estarem capacitados para esse tipo de atendimento, desde a avaliação sintomática, diagnóstico e tratamento. Deste modo, o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas de gravidade após a intoxicação(1) .

        O início do uso dos pesticidas ocorreu por volta do ano de 2500 antes de Cristo (a.C.), quando os sumérios, habitantes da primeira civilização urbana antiga, esfregavam compostos de enxofre em seus corpos a fim de repelir insetos e ácaros. O Organofosforado foi descoberto no ano de  1938, por  uma equipe de químicos Alemãs e sua inserção no mercado é  relatada entre as  décadas de 60 e 80. Em meados de 1999 os Organofosforados já correspondiam a 40% do mercado mundial dos pesticidas, com grande efetividade no combate as pragas e baixo comprometimento ao meio ambiente. Este grande sucesso comercial se explica pela alta efetividade contra pragas, apesar de não estar isento de alguns malefícios ao meio ambiente, possui o menor risco(2).

      O chumbinho é um carbamanto é um inseticida que possui alto grau de toxicidade ao ser humano, principalmente pela relapsa forme que é manipulado e utilizado, sendo causa de várias mortes.  Esse carbamato é um agrotóxico desviado do campo, sendo levado para os grandes centros clandestinamente, para serem utilizados como raticidas. Os dados epidemiológicos das intoxicações exógenas por chumbinho, em especial em municípios de pequeno porte, não são totalmente fiéis, devido a negligência na atualização das notificações (3).

         A intoxicação por chumbinho já apresenta taxas elevadas desde a metade da década de 1990, onde os sistematizaram a observação e aumentando o conhecimento sobre os sinais e sintomas do quadro clínico das intoxicações por esse produto. No Brasil, dentre todos os produtos notificados pelo Centro de Informação e Assistência Toxocológica, o chumbinho tem sido usado como agente suicida, de homicídios e também em graves acidentes químicos, pois o acesso é fácil e baixo custo, na maioria das vezes com resultados fatais(4).

        Nos serviços de emergência é uma ocorrência frequente a intoxicação exógena aguda por carbamatos e organofosforados ( chumbinho), na tentativa proposital de suicídio ou por ingestão acidental em pacientes jovens, adultos e até crianças. A Intoxicação exógena é definida como uma consequência clínica e/ou bioquímica da exposição a substâncias químicas nocivas isoladas ou encontradas no ambiente. Com relação as isoladas podemos citar como principais representantes os medicamentos, pesticidas, produtos de uso domiciliar e  químicos industriais(5).  

        Segundo Seleghem(6)  0 idoso tem uma importante vulnerabilidade para tentativa de suicídio, em pacientes idosos do sexo masculino. Por esse motivos, há necessidade de se montar grupos com intuito de discutir planejamentos com estratégias de atenção, prevenção e tratamento para os grupos de pacientes mais vulneráveis, com extensão aos seus familiares nos serviços de atenção básica e também da rede especializada.  

        A investigação da história clínica, na intoxicação para tentativa de autoextermínio, torna-se um desafio. Pouco se pode confiar nas informações acerca das substâncias utilizadas, das quantidades e do tempo decorrido. O exame físico detalhado e repetido sistematicamente é o melhor método para o diagnóstico e orientação do tratamento.  Os aspectos clínicos, farmacológicos e patológicos do paciente com diagnóstico de intoxicação exógena oral por chumbinho, difere de todos os demais diagnósticos assistidos no atendimento emergencial. Para isso a equipe deve estar capacitada para o fornecimento dessa assistência, onde um diagnóstico tardio ou uma conduta inadequada torna-se um diferencial no prognóstico satisfatório(7).

       O  Sinan  é um sistema nacional para notificação compulsória de agravos e doenças,sendo registrados todos os casos de intoxicações exógenas. As publicações com dados referentes a intoxicação exógena, no Brasil, são disponibilizadas anualmente pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico‐Farmacológica (SINITOX), onde estão organizadas as informações de 36 Centros de Controle de Intoxicações (CCIs) de estados brasileiros. No ano de 2010 houve relatos de 29.554 registros de intoxicações em crianças de 0 a 9 anos e 13.087 casos de adolescentes entre 10 e 19 anos, destes, o sexo feminino lidera com maior número de casos, onde por tentativa de suicídio apresentaram 2.166 casos(8).

        A tentativa de suicídio é considerada uma das principais causas de morte em pacientes na idade  adolescentes e adultos jovens, sua ocorrência atinge emocionalmente tanto o paciente, quanto os familiares envolvidos, considerado um  problema de saúde pública. As tentativas de suicídio refletem com alto custo para a sociedade(9).

      A intoxicação por chumbinho já é considerada um problema de saúde pública grave, com maiores taxas nos países desenvolvidos e emergentes e suas manifestações clínica após o uso do chumbinho, estão relacionadas aos efeitos colinérgicos e anticolinérgicos, compostos inibidores da enzima acetilcolinesteras, responsável em degradar a acetilcolina, das fendas sinápticas do sistema nervoso central, sistema nervoso autônomo e da junção neuromuscular. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) há uma estimativa mundial de aproximadamente três milhões de intoxicações por agrotóxicos, 326 mil suicídios com agrotóxicos(10).

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