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Os Princípios de Farmacologia - Rascunho - FREE David

Por:   •  9/9/2021  •  Relatório de pesquisa  •  2.960 Palavras (12 Páginas)  •  98 Visualizações

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Farmacocinética

INTRODUÇÃO

Um fármaco para ser bem-sucedido precisa atravessar as barreiras fisiológicas no corpo a fim de limitar o acesso das substâncias estranhadas. A absorção ocorre por mecanismos que buscam explorar ou romper essas barreiras. Uma vez absorvido tem-se a distribuição dentro do organismo por meio dos vasos até seu órgão-alvo. Contudo a capacidade do fármaco de acessar seu alvo também é limitava por dois processos, que são o metabolismo em que o organismo inativa o fármaco (degradação enzimática) e a excreção em que o fármaco é eliminado do corpo.

Barreiras fisiológicas

A maioria dos fármacos deve distribuir-se do sangue para tecidos locais. Tipicamente eles abandonam o compartimento intravascular pelas vênulas pós-capilares onde existem lacunas entre as células endoteliais. A distribuição ocorre principalmente por difusão passiva, cuja

velocidade é afetada por condições iônicas e celulares locais.

[pic 1]

MEMBRANAS BIOLOGICAS

TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA

O centro hidrofóbico de uma membrana biológica é uma importante barreira;

A difusão passiva é ineficaz para o transporte de muitos fármacos e moléculas grandes e polares;

Carreador humano ligado a solutos: família de proteínas transmembrana que possibilitam o transporte de fármacos, algumas podem ser específicas para um fármaco, logo após sua ligação à proteína, esta sofre mudanças conformacionais que podem ou não depender de energia. Essa mudança

possibilita o fármaco acessar o interior da célula.

Outra maneira é via endocitose

DIFUSÃO ATRAVÉS DA MEMBRANA

Um fármaco penetrará em uma célula até que as concentrações intra e extracelular sejam iguais;

Sequestro pelo pH: fármacos (ácido fraco) adquire forma com carga negativa no ambiente mais básico do plasma (cede íon hidrogênio) e essa forma tem menor probabilidade de sofrer difusão retrógrada, em seu conjunto, esses equilíbrios sequestram efetivamente o fármaco para o interior do plasma;

[pic 2]

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Está particularmente bem isolado de substâncias estranhas devido a barreira hematoencefálica. Os fármacos destinados a atuar no SNC devem ser suficientemente pequenos e hidrofóbicos para atravessar com facilidade as membranas biológicas, ou devem utilizar as proteínas de transporte existentes na barreira hematoencefálica para penetrar nas estruturas centrais. É possível transpor a barreira hematoencefálica utilizando infusão intratecal do fármaco, em que este é diretamente liberado no LCR.

Absorção

A biodisponibilidade, ou fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica, dependerá da via de administração do fármaco, de sua forma química e de certos fatores específicos do paciente, como transportadores e enzimas gastrintestinais e hepáticos. A maioria dos fármacos alcança seus sítios de ação moleculares e celulares diretamente a partir da circulação sistêmica.

[pic 3]

Para fármacos administrados pela via intravenosa a quantidade administrada equivale à qualidade que alcança a circulação e sua biodisponibilidade é igual a 1, em contrapartida a absorção gastrintestinal é incompleta.

e o metabolismo hepático de “primeira passagem”

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E SEUS FUNDAMENTOS

As vias de administração são escolhidas para tirar proveito das moléculas de transporte e de outros mecanismos que possibilitem a entrada do fármaco nos tecidos corporais, temos as vias enterais (oral e retal) e parenterais (todas que não são enterais).

ENTERAL

A administração via oral é a mais simples, porém expõe o fármaco a ambientes ácidos(estômago) e básicos(duodeno) rigorosos, passíveis de limitar sua absorção.

Vantagens: fácil e conveniente autoadministração de fármacos orais; menor tendência de causar infecções sistêmicas;

O fármaco administrado por via oral deve permanecer estável durante sua absorção pelo epitélio do trato gastrintestinal.

Em geral, os fármacos hidrofóbicos e neutros atravessam as membranas celulares de modo mais eficiente do que os fármacos hidrofílicos ou com carga elétrica, a não ser que a membrana contenha uma molécula carreadora que facilite a passagem das substâncias hidrofílicas. Após atravessar o epitélio gastrintestinal, os fármacos são transportados pelo sistema porta até o fígado antes de passar pela circulação sistêmica;

Todos estão sujeitos ao metabolismo de primeira passagem no fígado, ou seja as enzimas hepáticas podem inativar uma fração do fármaco.

TABELA DE VANTAGENS

PARENTERAL

Consiste na introdução direta de um fármaco na circulação sistêmica, no líquido cefalorraquidiano, em tecido vascularizado ou em outro espaço tecidual;

A administração tecidual resulta em uma velocidade de início de ação do fármaco diferente dependendo da velocidade do fluxo sanguíneo para determinado tecido.

A administração subcutânea de um fármaco no tecido adiposo pouco vascularizado resulta em um início de ação mais lento do que a injeção em espaços intramusculares bem

vascularizados.

Os fármacos apenas solúveis em soluções oleosas são frequentemente administrados por via intramuscular. A introdução direta faz com que o fármaco alcance mais rapidamente o órgão-alvo. Diferentemente das injeções.

Subcutâneas e intramusculares, a injeção intravenosa não é limitada na quantidade de fármaco que pode ser liberada, tendo a vantagem de uma liberação controlada do fármaco.

Desvantagens: maior risco de infecção e necessidade de administração por um profissional de saúde. Além do que como a via de administração é mais rápida há um maior potencial de toxicidade.

TABELA DE VANTAGEM

MEMBRANA MUCOSA

Pode proporcional potencialmente rápida absorção, baixa incidência de infecção e conveniência na autoadministração, além de evitar o ambiente gastrintestinal adverso e o metabolismo de primeira passagem.

Epitélios sublingual, ocular, pulmonar, nasal, retal, urinário e do trato reprodutor;

As mucosas são muito vascularizadas, possibilitando o fármaco penetrar rapidamente na circulação sistêmica;

Podem também ser administrados diretamente no órgão-alvo; Ex: asma aguda –Sulfato de Salbutamol

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