Relatório de Fisiologia

FACULDADE DE TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR PROFISSIONAL

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

LABORATÓRIO DE FISIOLOGIA HUMANA

PROFESSOR: AFIF RIETH NERY AGUIAR

AVALIAÇÃO DAS SENSAÇÕES SOMÁTICAS E

ESPECIAIS EM Homo sapiens

ANDRÉA SILVANA DA SILVA BARBOSA

KELE KAROLINE PEREIRA LIMA

MARIA DOS REMÉDIOS ARAÚJO FILHA

 RAISA MIKAHIL MONTEIRO DE SOUSA

WALTEMBERCHT VIANA DO NASCIMENTO

TERESINA

2014

INTRODUÇÃO

As sensações somáticas correspondem aos mecanismos neurais responsáveis pela aquisição de informações sensoriais do que se passa em todo o corpo. Essas são reguladas pelo córtex cerebral, no qual existem algumas áreas funcionais sensitivas (áreas de projeções), responsáveis por essa sensibilidade geral do corpo, são as áreas somatossensoriais I e II. Tais áreas são situadas posteriormente ao sulco central (sulco de Roland), sendo a somatossensorial I anterior e maior do que a II. A somatossensorial I é responsável pelas sensibilidades geral do abdômen, da língua, dos dedos, da mão, do ombro, do pescoço, do tórax e da coxa. Dessa forma, através dessas áreas é possível ter a percepção de localização de sensações grosseiras e de diferentes pressões em diversas partes do corpo. Além de permitir a avaliação de forma (estereognosia), peso, textura de diversos objetos (GUYTON, 2011).

As sensações somáticas são também frequentemente agrupadas em diversas classes: Sensações exterorreceptivas, são aquelas provenientes da superfície do corpo. Sensações proprioceptivas são aquelas que se relacionam com o estado físico do corpo, incluindo as sensações de posição, as sensações provenientes dos tendões e dos músculos, as sensações de pressão na sola do pé e até mesmo a sensação de equilíbrio. As sensações viscerais que são as provenientes das vísceras (órgãos internos) e as sensações profundas que são provenientes dos tecidos profundos como fáscias, músculos e ossos. (GUYTON, 2011).

Todas essas proposições nos levam a tamanha importância que a avaliação das sensações somáticas e especiais tem para a enfermagem, uma vez que nos proporciona maior conhecimento sobre as sensibilidades humanas, estas que em deficiência podem demonstrar possíveis lesões neurológicas.

1. OBJETIVOS

Estudar as funções e atividades cerebrais deflagradas pelas experiências sensoriais captados do ambiente que estimulam os receptores sensoriais. Observar as diferentes respostas ligadas a diversos estímulos sensitivos, como sensibilidade dolorosa, térmica, química, visual, auditiva topognosia, estereognosia e proprioceptivos.

1. MATERIAIS E MÉTODOS

1. MATERIAIS

        03 Pincéis de diferentes tamanhos de cerdas; 01 fatia de manga; 01 fatia de mamão; 01 alho; 01 copo de vidro limpo; 01 copo contendo água quente; 01 copo contendo água gelada; 01 agulha descartável; 02 bastões de vidro; 01 diapasão; 01 cubo de gelo; 03 frascos com diferentes perfumes; alimentos variados: azedos, doces, salgados e amargos; objetos diferentes com diversas texturas, formas e tamanhos; alunos voluntários.

1. MÉTODOS

Sensibilidade tátil: Experimento 1: O aluno voluntário estava de olhos vendados e um outro aluno explorou várias áreas da pele (rosto, antebraço, braço, polpa digital) com pincéis de diferentes tamanhos e texturas, onde observou as diferentes sensações que foram relatadas pelo aluno voluntário. Observou se o voluntário conseguia referir exatamente o local em que era tocado e se conseguia diferenciar dois objetos com áreas diferentes que tocavam sua pele. Experimento 2: Pediu-se ao voluntário que usasse brincos pequenos, corrente pequena no pescoço ou óculos que informasse se ele percebia o estímulo que estes materiais geravam. Pediu-se que ele retirasse e os colocasse outra vez. Analisou-se sua resposta. Foi pedido ao voluntário que encostasse uma pedra de gelo no rosto por tempo indefinido. Anotou-se a sensação.

Quimiorreceptores: Experimento 1: Inicialmente, vendou-se o aluno voluntário, e logo após procedeu-se à escolha dos alimentos que estavam na bancada (alimentos azedos, doces, salgados e amargos). Levou-se até a boca do aluno voluntário o alimento escolhido. Em seguida, solicitou-se que ele falasse sobre qual o sabor sentido (se ele identificava o alimento ou não) e da intensidade desse sabor. O procedimento poderia ser realizado com outros alunos voluntários, sendo feitas as devidas anotações de suas diferenças no limiar de intensidade dos gostos. Pediu-se ao experimentado que lambesse um copo de vidro limpo e descrevesse o sabor. Anotou-se o resultado. Experimento 2: Foi pedido ao voluntário que cheirasse vários materiais (frascos com diferentes perfumes, aroma de café, de alho ou de frutas como manga, mamão e outros) e pediu-se que ele identificasse esses odores. Anotaram-se os resultados.

Sensibilidade dolorosa: Experimento: Explorou-se a região da popa digital, palma da mão, antebraço e pescoço com uma agulha fina, e o observado, de olhos fechados, indicou se sentia dor ou apenas uma pressão. O teste indicou a existência de variedades dolorosas.

Sensibilidade térmica: Experimento: Aqueceu-se um bastão de vidro imergindo-o num copo com água gelada. Após alguns minutos, exploraram-se diferentes áreas da pele, tocando-as ora com um bastão, ora com outro. Foi pedido para o observado ficar de olhos fechados e indicar a temperatura do bastão.

Sensibilidade auditiva: Experimento: Vibrou-se um diapasão próximo ao ouvido do observado e, quando ele não conseguiu mais ouvir o som, a haste do diapasão foi colocada contra o processo mastoide do osso temporal. O observado percebeu o som por transmissão aérea e óssea. Colocou-se a base do diapasão no centro da testa depois de vibrá-lo. Perguntou-se ao observado se ele percebeu a vibração nos dois lados da cabeça.

Estereognosia: Experimento: Selecionou-se um objeto qualquer e o mesmo foi mostrado aos alunos da turma (que deveriam reconhecê-lo em silêncio). Em seguida, foi colocado o objeto sobre a palma da mão do aluno voluntário (que estava vendado) e pediu-lhe que descrevesse a textura, o peso, a forma e a temperatura do mesmo, primeiro sem manipulação do objeto e depois com manipulação. Em seguida, pediu-lhe que identificasse o objeto. Vários objetos puderam ser testados e comparados. Anotaram-se as respostas.

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