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SAÚDE COLETIVA: DIALOGANDO SOBRE INTERFACES TEMÁTICAS

Por:   •  13/6/2019  •  Resenha  •  1.528 Palavras (7 Páginas)  •  255 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS AGES

Campus de SENHOR DO BONFIM

JAIANE DOS SANTOS PERERIRA BORGES.

SAÚDE COLETIVA: DIALOGANDO SOBRE INTERFACES TEMÁTICAS.    

Fichamento apresentado no curso de Bacharelado em Enfermagem, Tuma A, da Faculdade AGES de Senhor do Bonfim, como um dos pré-requisitos para obtenção da nota parcial da disciplina: Processo e Saúde.

Professor(a): MS. Tatiane Pina.

Senhor do Bonfim

2019

REFERÊNCIA DA OBRA: BRAGUICHEVSKY, Marcos; ESTEVÃO, Adriana. Saúde Coletiva: Dialogando Sobre Interfaces Temáticas. Ilhéus - Bahia: Editora da UESC, 2015. pg. 441 á pg. 513.

  1. CITAÇÕES DIRETAS REPRESENTATIVAS

As grandes transformações sociais não costumam acontecer de maneira súbita, sendo quase imperceptíveis para aqueles que nelas estão imersos. Mesmo os sistemas filosóficos e científicos inovadores entrelaçam-se a tal ponto com os que os antecedem que é difícil pensar em termos de rupturas radicais. (p.08)

Este texto aborda as relações ente cultura e ciência no chamado mundo ocidental, cuja dinâmica influi sobre formas de pensamento e práticas socialmente reconhecidas. Meu enfoque se concentra na contextura entre discursos científicos e valores culturais, dos quais procuro destacar o envolvimento de categorias de entendimento e modalidades de comportamento. (pag. 441)    

“Por intermédio da epidemiologia, a ideia de risco se integrou à retórica médica, cujas orientações têm proposto enfaticamente modificações nos hábitos, atitudes e comportamentos relativos à saúde e à doença.).” (pag. 442)    

“A vocação acadêmica da epidemiologia tem associado sua suposta competência, à liberdade, relativamente grande, de "poder fazer afirmações" sobre eventos relativos à saúde e à doença.” (pag. 451)    

Atento para que ninguém venha a se expor ao risco, o discurso médico- epidemiológico se corporificou como mecanismo social de normalização e controle da vida. A recomendação que dele brota está voltada para as condutas, os hábitos e costumes sociais, pautada em termos de biossegurança e ideias de (des)contaminação; ou em termos técnicos do "sexo seguro" e uso de preservativos; ou, ainda, na intervenção sobre comportamentos afetivo-sexuais, limitando parceiros. A intenção é fazer com que as pessoas tomem decisões, informadas acerca dos riscos a que estariam submetidas ao ignorar tais informações. (pag. 459)

   

A ampla circulação do conceito de risco nos meios de comunicação resulta delusa expressão vinculada à ordem da vida social. mas, também. Do seu "peso" como construção científica. Segundo Durkheim (1996), as categorias possuem a propriedade da universalidade, entendida como a capacidade de um significado alcançar o maior número de sujeitos de uma coletividade: por isso mesmo, o risco se constitui um signo linguístico de grande abrangência. (pag. 461)    

Outra vertente de interesse para o criticismo diz respeito ao fenômeno de ênfase massiva à mudanças comportamentais que circulam atualmente no campo sanitário - relacionadas ao modo de se alimentar, de se relacionar sexualmente, praticar ou não exercícios físicos etc. (pag. 474)

Naquele momento, os estados atmosféricos que predispunham às doenças infecciosas os miasmas não mais provinham das entranhas da Terra, senão do ambiente insalubre, como defendia o reformador e déspota esclarecido inglês Edwin Chadwick, intuindo que a doença levava à pobreza. Ou mais ainda: a insalubridade seria decorrente das condições objetivas de vida, social e historicamente construídas, como acreditava o sanitarista e socialista francês Louis Villermé intuindo que a pobreza levava à doença, e não o contrário. Outro socialista importante para a epidemiologia, o médico e antropólogo alemão Rudolf Virchow, além de estudos sobre patologia celular, formulou o conceito de epidemiologia social, destacando a natureza histórica e societária das doenças (SUSSER, 1991) Como se vê, a posição anticontagionista foi defendida, inclusive, por cientistas renomados. (pag. 478)  

 

De todo modo, suponho que alguma voz do campo epidemiológico poderia ainda refutar, dizendo que não se estaria mais no "domínio" da disciplina, e que o epidemiologista não deveria assumir o papel de sociólogo. Nesse caso, cabe lembrar (embora pareça óbvio) que os problemas de saúde não se demarcam pelas fronteiras disciplinares. Na saúde pública, em prol da eficácia do controle sanitário, precisamos nos empenhar para entender os problemas em sua abrangência, complexidade e profundidade: e devemos aprender a trabalhar em equipes multiprofissionais. Mas de modo Inter ou transdisciplinar. Todo caso, o epidemiologista pode detectar em primeira mão os indicativos de uma problemática maior. (pag. 500)  

 

Além das relações em nível histórico e marcos-sistêmico, é ainda necessário abordar as questões de saúde por um outro ângulo: o repertório de subjetividades produzido pelos indivíduos e coletividades, inexoravelmente compelidos a lidar com o sofrimento humano e a conferir-lhe significados e sentidos, a tal ponto que essas interpretações chegam a ser "constitutivas do sujeito". (pag. 501)    

“Os resultados das pesquisas epidemiológicas podem e devem ser temas geradores de discussões com as pessoas "investigadas", e sobre as quais tais achados falam e fazem referência.” (pag. 505)

  1. TEXTO CRÍTICO

Neste capitulo a autora Ednalva nos traz um abordagem a respeito das relações entre cultura e ciência, no chamado mundo ocidental. Ela traz para o seu leitor uma contextualização, no que se refere as mudanças ocorridas ao longo dos anos, visando problematizar assuntos referentes valores culturais, fazendo assim que com seu leitor consiga ter o máximo de compreensão do assunto abordado.  

Em seu capitulo que está devidamente distribuídos em subtítulos no qual cada um deles tem sua função inicial de promover um curiosidade para o saber, pois trata-se de subtemas que chamam bastante atenção do leitor. Cate tem vai trazer abordagem do assunto tratado em questão, a autora também tem a preocupação em utilizar de teóricos bem conhecidos no mundo das pesquisas, na qual deixa seu trabalho mais rico de informações tendo em vista que trata de uma fundamentação teórica cientifica.

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