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Sindrome de Burnout

Por:   •  6/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.061 Palavras (5 Páginas)  •  423 Visualizações

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA TEORIA DO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL DE PEPLAU NO CUIDADO AO PACIENTE COM SÍNDROME DE BURNOUT

Camila Soares¹; Julia Alves Grigoletto¹; Mirella Heymowski Wille¹; Sêmely Blasques¹.

Luiz Cláudio Sobrinho do Nascimento².

INTRODUÇÃO: O profissional de saúde convive diariamente com grande demanda de dor e sofrimento, e é submetido a desgastes emocionais e frustrações constantes, na tentativa de manter a sua integridade e equilíbrio, muitas vezes é forçado a silenciar seu sofrimento e negar os seus conflitos, fazendo o estresse aumentar gradativamente a cada dia. O individuo com a Síndrome de Burnout não percebem reciprocidade nas relações de apoio entre os colegas de trabalho, sentem se manipulado, injustiçado em consequência, eles começam a se distanciar psicologicamente dos colegas de trabalho, adotando comportamentos de frieza e de cinismo. Teoricamente, esses comportamentos podem ser tentativas inconscientes de restaurar a reciprocidade nas relações sociais (Salanova & Llorens, 2011). Peplau, em sua teoria da inter-relação pessoal, descreve a enfermagem como uma prática terapêutica, no sentido de que se trata de uma arte curativa, auxiliando um indivíduo doente ou necessitado de cuidados de saúde. Nesse sentido, a Enfermagem pode ser compreendida como um processo interpessoal pelo fato de envolver interação entre duas ou mais pessoas, com uma meta comum, não visando somente o corpo doente, mas o individuo como um todo, dentro do seu contexto social e econômico (PEPLAU apud GEORGE, 1993). A enfermagem é um processo significativo, terapêutico e interpessoal, funciona de forma cooperativa com outros processos humanos que possibilitam a saúde dos indivíduos, nas comunidades. A proximidade com pacientes doentes em sofrimento, ter múltiplos empregos e varias jornada com diversos horários, são fatores que desgastam os profissionais exigindo da enfermagem energia física e psíquica, tornando-o suscetível ao estresse ocupacional crônico e, consequentemente, ao Burnout, (Galindo, Feliciano, Lima, & Souza, 2012). JUSTIFICATIVA: O tema proposto traz o cuidado que devemos ter com os nossos profissionais de enfermagem que são submetidos a grande estresse no dia-dia das suas funções. Muitos vão adoecendo de forma silenciosa e chegando ao ponto de não suportarem mais estarem em seu ambiente de trabalho caracterizando o Burnout. Nestes casos o Enfermeiro deve estar atento aos sinais que o paciente traz e embasado teoricamente para possa prestar um cuidado que possa trazer uma mudança de atitude ao paciente. OBJETIVO: Identificar os problemas, diagnósticos e intervenções de enfermagem do estudo de caso, com base na Teoria do Relacionamento Interpessoal de Peplau. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado numa Unidade de Saúde de Curitiba, por acadêmicas de enfermagem da 2ͣ série, durante o estágio da disciplina de Sistematização da Assistência de Enfermagem em Saúde Mental da Universidade Positivo, no período de março e abril de 2016. A coleta de dados foi realizada a partir de uma entrevista semi estruturada com perguntas abertas e fechadas e dados do prontuário. O trabalho foi fundamentado com base na Teoria de Relações Interpessoais de Peplau, que visa a relação e interação entre enfermeiro e paciente, podendo ser vista como arte terapêutica curativa e uma oportunidade para o crescimento e amadurecimento de ambos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Histórico da Paciente: M. S, feminino, 43 anos, casada, filho de 11 anos. Formada em Técnico de Enfermagem há mais de 15 anos, atualmente trabalha no centro cirúrgico. Paciente consciente, orientada em tempo e espaço, deambulando, eupneica em ar ambiente, apetite diminuído, habito urinário fisiológico, hábito intestinal regular, nega tabagismo, uso de álcool e drogas e alergias. Comunicação verbal, déficit visual usa óculos, déficit auditivo ausente. Exame de Estado Mental: Consulta de enfermagem em 01/04/2016. Aparência e higiene adequada, orientada alo e autopsiquico, discurso conexo e chorosa, consciência em hipervigilância, atenção espontânea, curso, forma e conteúdo de pensamento adequado, impulsividade ausente, insight adequado. Se sente incomodada com o horário de serviço, pois não tem tempo para ficar com o filho. Pelo seu relato apresenta ser uma profissional ética e dedicada, além de ser perfeccionista em suas atividades. Tem dificuldade em colocar os problemas que acontecem no setor e guarda esses sentimentos com ela. Se sente angustiada em ir ao trabalho e quando chega no setor, tem crises de choro. Observamos que o trabalho tem sido um fardo nesse momento, principalmente pela dificuldade de conciliar seus horários. Orientamos que ela procure uma psicóloga e tente trabalhar essa angústia no ambiente de trabalho para melhora de sua saúde e melhor convivência com os colegas da área. Plano de Cuidados de Exploração segundo Peplau: Encaminhar paciente para terapia, com a intenção de expor suas ideias a um profissional; Encorajar paciente a expressar suas opiniões a respeito do que pensa; Aconselhar a paciente sobre o uso de medicamentos que a beneficiem; Iniciar tratamento medicamentoso para tratamento da ansiedade;  Encaminhar paciente a grupo de apoio com a finalidade de praticar atividades recreativas; Estimular aprendizado de técnicas de relaxamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A relação entre paciente e enfermeiro pode ser composta por um plano de cuidados segundo a Teoria de Peplau no caso dessa paciente em estudo, aonde o vinculo é o principal mecanismos para adquirir a confiança e adesão ao tratamento, sendo um conjunto de ações centrada no individuo e com o trabalho desenvolvido em conjunto com vários profissionais,  como um único objetivo em comum melhorar qualidade de vida dessa pessoa. Escutar essa paciente é o ponto crucial para o início do tratamento, saber seus projetos, medos, sonhos, valores e frustrações para a construção de um plano terapêutico. É de grande importância que o enfermeiro conheça bem o individuo e que tenha criado vinculo com ele, para as realizações de metas e objetivos coerentes com seu contexto de vida visando sempre a autonomia. Conseguimos fazer a adesão da paciente em estudo, através dos mecanismos citados acima. Na Síndrome de Burnout  encontramos 3 estágios da doença ,nossa paciente encontrava no segundo nível aonde ocorre entre o individuo e o  companheiro de trabalho, podendo aparecer em qualquer grupo ocupacional. Nesse caso, as pessoas se esforçam para estabelecer boas relações sociais no trabalho usando como recurso a relação social, que diz respeito ao equilíbrio entre o apoio social oferecido e o recebido dos colegas.

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