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TRATAMENTO PARA ESCOLIOSE CONGÊNITA

Por:   •  29/9/2015  •  Artigo  •  2.271 Palavras (10 Páginas)  •  878 Visualizações

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Tratamento Conservador da Escoliose Congênita

Andréa Paula da Silva Rebello ¹

Elisangela Sampaio Oliveira ¹

Raquel Soares da Silva ¹

Professora Adriana Marília ²

¹ Faculdade Estácio do Amazonas. Concluintes do Curso Técnico em Imobilização Ortopédica.

² Faculdade Estácio do Amazonas. Orientadora e professora do Curso Técnico em Imobilização Ortopédica.

Resumo

O termo escoliose congênita  refere-se a uma deformidade da coluna vertebral causada por vértebras que não são adequadamente formadas . Isso ocorre muito cedo no desenvolvimento - nas primeiras seis semanas de formação embrionária e, muitas vezes antes de a mãe saber que ela está grávida e a causa não é conhecida. Embora a escoliose congênita seja frequentemente descoberta durante o período de bebê ou criança, em algumas crianças não aparece até sua adolescência. Diagnosticar de forma antecipada e a continuidade clínica são fatores fundamentais para conter o prosseguimento da escoliose e para evitar o surgimento de agravantes. O tratamento envolve uma gama de elementos que vão desde a medicina tradicional até o tratamento cirúrgico. A revisão bibliográfica faz uma análise da literatura publicada subordinada a escolioses congênitas, visando à atualização dos aspectos fundamentais do respectivo tratamento. Apesar de o tratamento ortótico continue controvertido, a probabilidade de demora da progressão da curvatura escoliótica, propiciando retardamento da cirurgia, é justificado como opção terapêutica, em casos selecionados.

Palavras-chave: Escoliose.  Congênita. Tratamento.

Introdução

Escoliose congênita, que representa cerca de 5% dos casos de desvio da coluna, é uma formação óssea anormal da coluna vertebral, (FERREIRA, 2009). É caracterizada por uma formação raquidiana deficiente ao nascimento da criança.  Entretanto, de acordo com Dimeglio (2003), é necessário investigar más formações em outros locais como rins e coração. Ou seja, é preciso ficar atento para a possibilidade da existência de outras anormalidades. Segundo Martins (2001, p. 56), a grande causa da escoliose congênita (de nascença) decorre de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto ou do recém-nascido. Ou seja, a congênita é oriunda de um problema de nascença. Este artigo baseou-se na revisão literária das publicações que focavam o tema em questão através de interpretação dos fatos coletados em livros e artigos eletrônicos em busca de elementos substanciais que embasem a opinião da pesquisadora, levando em consideração a literatura disponível, cujo objetivo é analisar o tratamento da escoliose congênita com uso do método conservador na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, bem como a elaboração de artigo científico com os resultados da pesquisa bibliográfica.

Anatomia da Coluna Vertebral

Entender a anatomia da coluna vertebral é importante, pois ajuda a entender seu problema e os tipos de tratamento. A parte rígida da coluna que protege a medula é formada por ossos chamados de vértebras que, segundo KNOPLICK (1982), são 33 e estão divididas em quatro regiões: a cervical, que compreende o pescoço, com sete vértebras e tem como importante função os movimentos de flexão e de rotação lateral do pescoço; a torácica ou dorsal, que compreende o tórax, com 12 vértebras e que possui pouca mobilidade; a lombar, situada na região do abdômen, com cinco vértebras tem como função permitir a aproximação do tronco ao chão e a região sacra com cinco vértebras fundidas num só osso chamado sacro e três ou quatro vértebras fundidas a estas que é a região do cóccix, ou seja, estas duas últimas formam a região sacrococcigeanas. De acordo com IIDA (1990), apenas 24 das 33 vértebras são flexíveis e, destas, as que têm maior mobilidade são as cervicais e as lombares. As vértebras torácicas estão unidas a 12 pares de costelas, formando a caixa torácica, que limita os movimentos. Cada vértebra sustenta o peso de todas as partes do corpo situadas acima dela. Portanto as vértebras inferiores são maiores para sustentar as superiores. A estabilização dinâmica da coluna vertebral é fornecida pelas musculaturas intrínseca e extrínseca. A musculatura intrínseca é profunda, sendo dividida em três grupos principais: os espinhos transversais, originando-se na meia-linha e direcionados proximal e lateralmente até os processos transversos; o segundo grupo, os transversos costais ou espinho espinhais é direcionado longitudinalmente, de costela a costela, de processos transversos a costelas ou de um processo espinhoso a outro; e o terceiro grupo, os multífidos, os semi-espinhais e os rotadores, que se originam nos processos transversos e se inserem nos processos espinhosos em direção superior e medial. Além desses existem pequenos músculos que ligam vértebra a vértebra, os interespinhais e os intertransversários (SIZINIO et al, 2003). O músculo transverso espinhal merece alguns comentários, tão essencial é o seu papel na constituição da escoliose. Cada vértebra torácica recebe a inserção de dois transversos espinhais completos de cada lado, além de receber em seu processo espinhoso dois rotadores curtos, dois rotadores longos, dois multífidos e dois semi espinhais (SOUCHARD, 2001).

Tratamento Conservador

O principal objetivo do tratamento da escoliose congênita é prevenir a deformidade severa. O sucesso terapêutico das escolioses congênitas reside, não só na capacidade de realização de uma cirurgia corretiva complexa em doentes que se apresentam numa fase tardia, com uma deformidade rígida severa, mas também, no reconhecimento das curvaturas com mau prognóstico numa fase precoce, com vista à prevenção da progressão da curvatura e de possíveis complicações neurológicas. De acordo com Pudles, 2014, p. 176, o tratamento deve ser de acordo com a necessidade do paciente. Com base nos conceitos de classificação e história natural de cada tipo de malformação vertebral, bem como as diferentes opções de tratamento, o médico assistente deverá criar uma estratégia de tratamento individualizado e específica para cada paciente com deformidade congênita da coluna vertebral. O tratamento da escoliose congênita pode ser cirúrgico ou não-cirúrgico. A observação criteriosa da evolução é muitas vezes o único tratamento conservador necessário para a escoliose congênita. Eletro-estimulação, manipulação e massagem são ineficazes de acordo com a literatura pesquisada.

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