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Trabalho Sobre a Malária

Por:   •  10/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.441 Palavras (6 Páginas)  •  1.099 Visualizações

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MALÁRIA

A malária continua sendo uma das mais importantes doenças parasitárias, mesmo quando as medidas de controle e os medicamentos modernos tenham reduzido sua extensão geográfica ou sua incidência em muitas áreas. Depois da luta contra essa endemia na década de 60, o problema voltou a agravar-se em muitos países, a partir de 1970. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de dois bilhões de pessoas vivem hoje em áreas onde há risco de infecção e 300 a 500 milhões estavam parasitados em 1997. Estima-se que o número de óbitos causados anualmente pela malária esteja entre 1,5 e 2,7 milhões. Ela é uma doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical.

AGENTES ETIOLÓGICOS

Os agentes etiológicos da malária pertencem à família Plasmodiidae e ao gênero Plasmodium. As espécies que parasitam o homem se dividem em quatro:

Plasmodium falciparum: causa malária maligna, responsável pela maioria dos casos fatais.

Plasmodium vivax: causa malária benigna.

Plasmodium ovale: causa malária benigna.

Plasmodium malariae: causa malária benigna.

VETORES

Os vetores de transmissão da malária são as fêmeas dos mosquitos da família dos Anópheles gambiae (popularmente chamado de mosquito prego), que injeta os esporozoítos do gênero Plasmodium pela saliva, ao picar o homem. Mosquitos jovens ingerem primeiro a malária ao se alimentar de um humano contaminado. Uma vez que o mosquito é infectado ele torna-se vetor da malária e pode contaminar outros humanos. Apenas a fêmea do mosquito alimenta-se de sangue, desta forma os machos não transmitem malária. É um mosquito noturno que geralmente pica entre o anoitecer e o amanhecer.

FORMAS DE TRANSMISSÃO

O protozoário é transmitido ao homem de forma direta pelo sangue, através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou indireta como o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez.

CICLO BIOLÓGICO

No ciclo de vida do Plasmodium, a fêmea do mosquito Anopheles (o hospedeiro definitivo) transmite a um vertebrado (o hospedeiro secundário, como o ser humano) uma forma infecciosa móvel (denominada esporozoíto), atuando desta forma como vetor. O esporozoíto percorre os vasos sanguíneos até às células hepáticas, nas quais se reproduz assexualmente (através de esquizogonia tecidual), produzindo milhares de merozoítos. Estes últimos irão infectar mais glóbulos vermelhos e dar início a uma série de ciclos de multiplicação assexuada que produzem entre 8 a 24 novos merozoítos infecciosos cada um, até à célula romper e dar início a um novo ciclo de infecção.

Os restantes merozoítos tornam-se gametócitos imaturos, os quais são os precursores dos gâmetas masculinos e femininos. Quando um mosquito pica uma pessoa infectada, os gametócitos são transportados no sangue e amadurecem no sistema digestivo do mosquito. Os gametócitos macho e fêmea fundem-se e formam um oocineto – um zigoto fertilizado móvel. Por sua vez, os oocinetos transformam-se em novos esporozoítos que migram para as glândulas salivares do inseto, prontos a infectar novos vertebrados. Quando o mosquito se alimenta através da picada, os esporozoítos são injetados para a pele através da sua saliva.

CICLO DE TRANSMISSÃO DA MALÁRIA

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FORMAS EVOLUTIVAS

Os plasmódios possuem várias formas evolutivas, entre elas, pode-se citar:

Esporozoítos: forma infectante, inoculada pelo prolongada.

Merozoítos: Parasitam várias fases de evolução das hemácias e são responsáveis pelas recaídas tardias da doença ou incubação prolongada.  

Trofozoítos: apresenta forma amebóide, ovalada, ou formando faixas equatoriais, dependendo do plasmódio.

QUADRO CLÍNICO/ PATOGENIA

O período de incubação de malária varia de acordo com a espécie de plasmódio, sendo 9-14 dias para o P. falciparum, 12-17 dias para o P. vivax, 18-40 dias para o P. malariae e 16-18 dias para o P. ovale. Uma fase inicial, caracterizada por mal-estar, cefaleia, cansaço e mialgia, geralmente precede a clássica febre da malária, esta que depende basicamente do agente etiológico. No P. falciparum os intervalos são de 36 a 48 horas; no P. vivax o ciclo febril retorna a cada 48 horas; P. ovale possui ciclo de 48 horas e no P. malarie os acessos febris se dão a cada 72 horas.

Malária não complicada:

As manifestações clínicas mais frequentemente observadas na fase aguda são comuns às quatro espécies que parasitam os humanos. Em geral, os acessos maláricos são acompanhados de intensa debilidade física, náuseas e vômitos. Ao  exame físico, o paciente apresenta-se pálido e com baço palpável. A anemia, apesar de frequente, apresenta-se em graus variáveis, sendo mais intensa nas infecções por P. falciparum. Durante a fase aguda da doença é comum à ocorrência de herpes simples labial.

Malária grave e complicada

Adultos não imunes, crianças e gestantes, podem apresentar manifestações mais graves da infecção, podendo ser fatal no caso de P. falciparum. A hipoglicemia, o aparecimento de convulsões, vômitos repetidos, hiperpirexia, icterícia, distúrbio da consciência, malária cerebral, insuficiência renal aguda e  edema pulmonar agudo são os sintomas e possíveis complicações que podem ocorrer quando houver presença de P. falciparum.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de certeza da infecção malárica  só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente. A OMS, em suas orientações atuais para o controle da malária, preconiza tanto o diagnóstico clínico quanto o diagnóstico laboratorial como norteadores da terapêutica da doença.

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