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A Giardia Lamblia Giardíase

Por:   •  25/7/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  582 Palavras (3 Páginas)  •  234 Visualizações

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Giardia lamblia - Giardíase

Giardíase é uma parasitose do intestino delgado humano, causada pelo protozoário flagelado conhecido como Giardia lamblia (G. duodenalis, G. intestinalis).

Morfologia – Trofozoíto (forma ativa)

  • Piriforme (forma de pera)
  • Corpos parabasais
  • 12,0 a 15,0 μm de comprimento
  • Quatro pares de flagelos
  • Dois núcleos
  • Disco adesivo (fixação na mucosa intestinal)
  • Blefaroplasto
  • Axóstilo

Morfologia – Cisto (forma de resistência)

  • Oval/ovoide
  • 8,0 a 12,0 μm de comprimento
  • Corpos parabasais
  • Dois ou quatro núcleos
  • Membrana cística
  • Flagelo contraído (não se locomove)
  • Axóstilo

Transmissão

É transmitido, mais comumente, em ambientes comunitários, pela rota fecal-oral.

  • Água sem tratamento (somente a cloração não mata o cisto)
  • Hortaliças contaminadas
  • Mãos contaminadas (principalmente manipuladores de alimentos infectados e assintomáticos)
  • Ingestão de cisto (vetores mecânicos – moscas, formigas, baratas; fezes de animais domésticos)

Ciclo biológico

Se inicia com a ingestão do cisto que, posteriormente, começa a desencistar no estômago (devido ao baixo pH, a membrana cística e desfeita) e retorna a sua forma ativa (trofozoíto), onde se multiplica enquanto se adere a parede do intestino delgado (disco adesivo). Ao chegar ao intestino grosso, se encista para ser eliminado junto das fezes.

Sintomatologia

O quadro clínico do individuo infectado por Giardia é associado à cepa (mais ou menos virulenta), carga parasitária, resposta imunológica, microbiota intestinal (competição interespecífica) e estado nutricional.

  • Assintomáticos
  • Sintomáticos
  • Diarreia aguda/autolimitante ou diarreia crônica
  • Perca de peso
  • Fase aguda
  • Diarreia aquosa (explosiva e pútrida)
  • Evacuações constantes
  • Mal-estar
  • Cólicas
  • Distensão abdominal
  • Gases
  • Anorexia
  • Náuseas
  • Fase crônica
  • Esteatorreia – fezes acinzentadas ou claras (engorduradas)
  • Má absorção (gordura; vitaminas A, D, E, K, B12; ácido fólico; ferro; lactose)

*Em casos de quadro diarreico muito severo, o trofozoíto é liberado junto das fezes antes de poder se encistar, e morre com pouco tempo ao ambiente.

Patogenia

  • Lesão das microvilosidades – má absorção
  • Lesão mecânica direta (fixação pelo disco adesivo do parasita)
  • Lesão por liberação de proteases
  • Indução de apoptose dos enterócitos
  • Processo inflamatório (mecanismo da resposta imune)

*Ocorre uma rápida renovação dos enterócitos, mas pouco eficientes.

  • “Atapetamento” da mucosa intestinal (devido a grande quantidade de trofozoítos)

Diagnóstico

  • Clínico – por meio da sintomatologia
  • Parasitológico
  • Exame parasitológico de fezes
  • Rastreio dos cistos – fezes formadas
  • Rastreio dos trofozoítos – fezes diarreicas (deve ser feito o mais rápido possível, devido ao curto tempo de vida fora do intestino)
  • Imunológico (anticorpos do soro)
  • Molecular (DNA do parasito em fezes – PCR)

Profilaxia

  • Higiene pessoal
  • Tratamento dos doentes
  • Tratamento da água
  • Dar destino correto às fezes (privadas e fossas)
  • Combate aos vetores mecânicos
  • Cuidados durante a manipulação e realizar a proteção dos alimentos
  • Cuidado aos animais domésticos (tratamento e vacinação)
  • Amamentação

Tratamento

  • Metronidazol
  • Tinidazol
  • Ornidazol
  • Secnidazol
  • Albendazol e mebendazol (anti-helmínticos que também atuam contra a Giárdia)

Referências:

Neves, D.P., Melo, A.L., Linardi, P.M., Vitor, R.W.A. Parasitologia Humana. 13ᵃ Edição, Ed. Atheneu, Rio de Janeiro, 2016.

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