Atuação do Farmacêutico no Banco de Leite Humano

Instituto Florence de Ensino Superior

Curso: Farmácia, 4º período matutino

Atuação do Farmacêutico no

Banco de Leite Humano

São Luis - MA

2016

Atuação do Farmacêutico no Banco de Leite Humano

Esse trabalho mostra a importância da relação do profissional da saúde, como o farmacêutico na área do banco de leite humano, reconhecendo as varias funções que podem ser realizadas por eles.

São Luis –MA

2016

INTRODUÇÃO

     O Leite humano é um alimento indispensável para o recém-nascido. Sua composição é determinada no sentido de oferecer energia e nutrientes, com quantidades apropriadas desde o nascimento até os seis meses de vida. Diante desses benefícios no qual o leite humano apresenta ao desenvolvimento da criança, surgiu o banco de leite humano (BLH), que é um serviço especializado vinculado a um hospital de atenção materno e/ou infantil responsável pela coleta, processamento, estocagem, distribuição de leite humano, sem fins lucrativos. O primeiro Banco de Leite Humano do Brasil foi implantado em outubro de 1943 no Instituto Nacional de puericultura, atual Instituto Fernandes Figueira (IFF), tendo como principal objetivo coletar e distribuir leite humano a casos considerados especiais, como a prematuridade, distúrbios nutricionais e alergias a proteínas heterólogas. Os resultados inspiraram estados e cidades brasileiras a desenvolver ações semelhantes. No estado do Maranhão, por exemplo, o hospital materno infantil Benedito leite e Marly Sarney que esta em funcionamento desde abril de 1988, desenvolveram medidas que facilitam a coleta no estado, com isso surgiram campanhas de conscientização para aumentar o estoque de leite nas geladeiras dos hospitais, resultando de um processo voluntario e consciente, ao contrario do que era feito antes nos anos de 1943 a 1985, quando Alguns BLHs chegaram a profissionalizar a doação, remunerando a nutriz de acordo com o volume produzido e outros com assistência médica diferenciada e distribuição de cestas de alimentos.

     Ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e execução de atividades de coleta da produção lática da nutriz e sua estocagem é responsabilidade do Posto de coleta de leite humano (PCLH), é uma unidade intra ou extra-hospitalar, vinculada tecnicamente a um banco de leite humano e administrativamente a um serviço de saúde ou ao próprio banco.

     O banco e o posto de coleta devem dispor de profissionais de nível superior, legalmente habilitados e capacitados para assumir a responsabilidade pelas atividades médico-assistenciais e de tecnologia de alimentos. A equipe do BLH e do posto de coleta de leite humano, a depender das atividades desenvolvidas, pode ser composta por: médicos, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos, engenheiros de alimentos, biólogos, biomédicos, médicos veterinários, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, auxiliares e técnicos (de enfermagem, laboratório e nutrição), entre outros profissionais. Pretendendo alcançar os objetivos na construção de uma prática que vise à melhoria contínua da qualidade, sem fragmentação, possibilitando um melhor atendimento ao usuário e conferindo boas condições de trabalho à equipe.

DESENVOLVIMENTO

     Geladeiras de maternidades de todo o país guardam um alimento precioso para a nutrição humana. Graças ao equilíbrio de nutrientes e a capacidade de transmitir anticorpos da mãe para o filho, que tem propriedades essenciais á vida, sobretudo para pequenos prematuros e enfermos. Como nem todo bebê tem condições de receber esse alimento da própria mãe, criaram-se os bancos de Leite humano, que ajudam a reduzir os índices de mortalidades infantis. A farmácia é frequentemente o primeiro lugar que os pais e mães recorrem quando possuem problemas na amamentação, então o profissional de saúde que é mais encontrado nas farmácias comunitárias oferece serviços gratuitos de orientações para a população. O farmacêutico em muitas vezes é procurado para a resolução de problemas relacionados ao aleitamento materno, por essa razão a responsabilidade do farmacêutico é tão grande quanto qualquer outro profissional da área de saúde. A adoção de medidas preventivas reduz os riscos operacionais e a contaminação secundária, proporcionando um resultado final seguro. Nossa formação esta consolidada no conhecimento sobre os medicamentos e somos grandes motivadores no aleitamento materno, evitando assim os desmames precoces.

     São atribuições do farmacêutico na área de Banco de Leite Humano, além da Direção: à coleta, onde será conduzida com rigorosa higienização, capaz de garantir a manutenção das características imunobiológicas e nutricionais dos produtos que serão empregados na alimentação de bebês prematuros e de extremo baixo peso. No caso de coleta domiciliar, as doadoras devem ser orientadas a procurar um ambiente que não traga risco à qualidade microbiológica do leite ordenhado. Outras atribuições dos farmacêuticos é o Processamento, Controle de qualidade, Distribuição do Leite Humano, Emissão de pareceres/ laudos técnicos, Pesquisa na operacionalização de Bancos de Leite; Chefias técnicas.

     O leite humano ordenhado destinado ao consumo de recém-nascidos, particularmente os internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), não deve apresentar microrganismos em quantidade ou qualidade capazes de representar agravos à saúde. Dessa forma, é preciso que se disponha de procedimentos capazes de assegurar a qualidade sanitária do leite. A pasteurização representa uma alternativa eficaz, há muito conhecida e praticada no campo da tecnologia de alimentos. A embalagem que será utilizada pelo leite humano coletado, deve ser de fácil limpeza e desinfecção, são utilizados recipientes de vidros, estéril, com a boca larga, tampa plástica rosável, resistente aos processos de esterilização, já que deverão ser esterilizados por métodos apropriados. Devem ser obrigatoriamente rotulados, contendo informações que permitam a historia pregressa do leite. É necessário transportar os leites congelado e refrigerado separadamente. A manutenção do leite a baixas temperaturas evita a proliferação de microrganismos, resultando em um produto de melhor qualidade. Sua distribuição a um receptor fica condicionada a inscrição do receptor no banco de leite humano e a prescrição e solicitação do medico ou nutricionista, entre outros.

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