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Breve análise da evolução da química medicinal

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Por:   •  27/9/2014  •  Artigo  •  752 Palavras (4 Páginas)  •  346 Visualizações

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A Fitoterapia constitui uma forma de terapia medicinal que vem crescendo notadamente nestes últimos anos, ao ponto que atualmente o mercado mundial de fitoterápicos gira em torno de aproximadamente 22 bilhões de dólares. Dentro desta pers- pectiva, esperar-se-ia que o Brasil fosse um país privilegiado, considerando sua extensa e diversificada flora, detendo aproxi- madamente um terço da flora mundial. Além disso, existe no pais um grande numero de grupos de pesquisa que tem contri- buído significativamente para o desenvolvimento da química de produtos naturais de plantas, a quimiotaxonomia, a farma- cologia de produtos naturais e outras áreas relacionadas. No entanto, nosso país não tem uma atuação destacada no merca- do mundial de fitoterápicos, ficando inclusive atrás de países menos desenvolvidos tecnologicamente. Devido a esta situa- ção preocupante, procuramos mostrar neste artigo a viabilida- de de investimento na elaboração de fitoterápicos, consideran- do o avanço da Química Medicinal Clássica. Discutimos tam- bém os possíveis caminhos para o Brasil conseguir destacar-se na produção de fitoterápicos e fitofármacos a nível mundial.

BREVE ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA QUÍMICA MEDICINAL

Faz aproximadamente 100 anos que Emil Fisher (1852- 1919) usou a analogia da chave e fechadura para compreen- dermos a ação de uma enzima que posteriormente foi estendi- da para a ação de um fármaco. Na mesma época, Paul Ehrlich (1854-1915) sugeriu, para orientar os trabalhos farmacológicos, o modelo da bala mágica que levaria o medicamento aos teci- dos doentes sem afetar os sadios. O reconhecimento do recep- tor por parte do fármaco e o planejamento racional deste fármaco são dois importantes aspectos que formam as bases da atual Química Medicinal1. Podemos arbitrariamente dizer que o desenvolvimento efe- tivo da Química Medicinal inicia-se nas década de 40 e 50 seguindo o modelo da aspirina, isto é, a síntese química e ensaios farmacológicos para avaliar os resultados. Na década de 60 se desenvolve efetivamente a bioquímica, área de conhe- cimento que muito contribuiu para o avanço da própria Quími- ca Medicinal. As pesquisas em bioquímica permitiram o

conhecimento das bases moleculares da homeostasia celular (bi- oquímica celular), bem como as alterações metabólicas, res- ponsáveis por várias patologias (bioquímica fisiológica). Este conjunto de conhecimentos tornou possível eleger alvos moleculares a ser trabalhados pela Química Medicinal. Como exemplo, podemos salientar o estudo envolvendo o metabolis- mo do colesterol, um componente da membrana celular e pre- cursor de muitas biomoléculas essenciais como os hormônios esteroidais (testosterona, progesterona, cortisol, etc.), vitamina D e sais biliares, cujas modificações na biossíntese ou catabolismo podem levar à hipercolesterolemia e em alguns casos à arteriosclerose e hipertensão2. Desta forma, foi possí- vel o desenvolvimento de importantes fármacos, como as estatinas (lavastatina, mevastatina, etc.), inibidores específicos da HMG CoA redutase, enzima marca-passo responsável pela regulação da síntese endógena do colesterol3. Nos anos 70 começam a surgir as primeiras contribuições da Físico-Química Orgânica. Esta área de conhecimento inicia-se com a conhecida equação de Hammett (~1930)4,4a que correla- ciona valores obtidos de dados cinéticos com

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