DISPENSAÇÃO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS, ANALGÉSICOS E ANTIPIRÉTICOS

DISPENSAÇÃO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS, ANALGÉSICOS E ANTIPIRÉTICOS, NA FÁRMACIA-ESCOLA DA UNIJUÍ

O autor ressalta que desde a produção do primeiro AINE, estes passaram a ser os fármacos mais prescritos e utilizados para o tratamento de artitre reumatoide, osteoartrite e artrite induzida pela gota.

Embora os estudos apontem que os AINES não causam dependência física ou psíquica mesmo sendo usado por período prolongado, há relatos de que cerca de 10% das intoxicações medicamentosas registradas em seis centros de intoxicação no Brasil, foram causadas por essa classe de fármacos.

Com vistas a minimizar os efeitos adversos dos AINES tradicionais, a indústria farmacêutica produziu os AINES seletivos (COX2) como o rofecoxibe, celecoxibe entre outros, porém foram detectados associação do uso destes com o risco de doença arterial coronária e renal, quando utilizados em dosagens altas.

Logo contatamos que essa nova classe de AINES proporciona reações adversas tão relevantes quanto a dos AINES tradicionais (que causam problemas gastrointestinais). Por isso após várias discussões e avaliações em novembro de 2008 os AINES seletivos de COX2 passaram a ser dispensados mediante apresentação e prescrição de receitas, com o objetivo de garantir o acompanhamento dos efeitos colaterais nos usuários.

O estudo feito ressalta o alto índice de automedicação no Brasil e aponta os fármacos de ação analgésica como os mais utilizados. Cerca de 54% dos entrevistados relataram ter utilizado no mês anterior, algum fármaco do grupo AINES, o estudo detectou também que os profissionais da área da saúde tem consumido mais este tipo de fármacos do que outros.

A falta de informação dos usuários é preocupante, pois estes utilizam de maneira inadequada, não seguindo corretamente as posologias, tomando somente em caso de dores, se automedicando. O preocupante é o fato de agravar os efeitos colaterais e até mascarar sintomas de algumas doenças.

Uma das medidas a serem tomadas para maior controle e melhoria seria o acompanhamento farmacêutico desde a dispensação do medicamento, até o pós, reforçando a importância do uso correto, alertando sobre os perigos do uso incorreto e registrando as queixas das reações adversas, para um estudo sobre as possíveis melhorias.

A farmácia da escola de Unijuí realizou outra pesquisa através de formulários para detectar o medicamento AAA mais dispensado dentro de seu estabelecimento, para assim, conhecer as patologias, público alvo, modo como vem sendo usado, reações adversas, entre outras informações importantes para uma possível resolução de parte do problema. Os materiais e métodos usados foram formulários com questões sobre o tempo de uso de AAA, substância ativa, dose e outros dados que possibilitam identificar os fatores que determinam o uso deste medicamento. Os medicamentos foram classificados de acordo com a classe farmacológica.

Nos resultados da pesquisa sobre automedicação não houve diferenciação entre os sexos, ambos se automedicam na mesma porcentagem. A idade média detectada foi entre 40 a 50 anos e o predomínio de uso foi em funcionários do setor de limpeza devido ao (LER) lesões por esforços repetitivos, tais movimentos acarretam dores

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