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Industria de fitoterápicos

Por:   •  1/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  382 Visualizações

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5.0. PRODUTOS FABRICADOS E INSTALAÇÕES

O desenvolvimento do material vegetal na indústria de fitoterápicos se dá pelas seguintes fases: cultivo e colheita da droga vegetal, secagem, estocagem, moagem ou redução de tamanho, extração, filtração / clarificação, concentração: eliminação parcial do solvente, e secagem: obtenção extrato seco. O processo é acompanhado/realizado desde o cultivo e a colheita da planta, que influenciam muito na qualidade final do produto.

        Para que haja qualidade desde o processo de obtenção das plantas, há a necessidade de atender as especificações botânicas e agronômicas/fitoquímicas das plantas, para que se possa obter uma produção abundante e homogênea de matéria-prima. Após a colheita, deve-se fazer uma inspeção visual, limpeza e descontaminação das plantas, para avaliar o rendimento das plantas e leva-las para o processo de secagem, armazenamento e transporte.

A extração da droga vegetal é realizada pelas seguintes etapas dentro da indústria: Planta fresca › Secagem (droga vegetal) › Moagem (droga em pó) › Extração (utilizando água ou álcool, por maceração e/ou percolação) › Extrato fluído /tintura › Extrato seco (Spray dryer/ liofilização) › Extrato padronizado.

Para que possamos seguir estes processos com qualidade, precisamos da utilização dos seguintes equipamentos para as etapas de:

Secagem

        A secagem é feita por meio de estufas com circulação de ar, pois as plantas necessitam de ação moderada de temperatura, reduzindo assim os riscos de danificar princípios ativos durante secagem, melhorando a eficiência através de processo com circulação e renovação de ar.

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Estufas de secagem com circulação e renovação forçada de ar.

Moagem

A moagem é um mecanismo de redução da superfície de contato da planta, tornando seus ativos mais acessíveis ao solvente ou a forma de administração, além de facilitar a manipulação de tais plantas na indústria. Para cada tipo de planta, há um tipo diferente de moinhos, sendo estes:

› Moinhos de facas: tem como ação o corte, sendo utilizado para materiais fibrosos, tais como folhas, talos, cascas e raízes.

› Moinhos de martelo: tem como ação o impacto, servindo para todos os materiais, mas destacando-se seu uso para drogas friáveis, contém resinas.

› Moinhos de discos: tem como ação a pressão e o atrito, sendo mais utilizado para extratos secos, frutos dessecados, sementes.

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Moinho de facas, Tipo Wiley, que pode ser utilizado sobre a bancada.

 Moinho de martelo, modelo industrial.

Peneiramento

        Para separar as plantas pelo tamanho da superfície de contato da planta, há a etapa de separação de tamanho, podendo utilizar-se de “peneiras” que podem funcionar por vibração, ventilação ou por sistema combinado, dependendo do tamanho do pó desejado.

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Peneirador por vibração.

Extração

A extração é um processo preliminar para a fabricação dos extratos secos. Existem vários métodos, tais como: maceração e a percolação; a escolha de qual método que será utilizado depende de vários fatores, tais como: tamanho da partícula, porosidade, agitação, temperatura e o solvente utilizado para realizar a extração. O processo de extração ocorre com a molhagem do pó pelo solvente e, em seguida, ocorre a lixiviação das substâncias na superfície e dissolução das substâncias no interior das células e difusão (pela afinidade química).

› Maceração

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É uma das técnicas mais utilizadas devido à simplicidade e ao baixo custo e utiliza tanques de maceração, onde a planta ficará em contato com o solvente.

A matéria prima fica em recipiente fechado, em temperatura ambiente, por tempo prolongado.

Tanques de maceração de aço de preferência são de inoxidável, fáceis de limpar e de grande volume. Mas também podem ser de Metal, Polímero, Fibra, dependendo do porte e da categoria.

› Percolação

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A percolação é um processo dinâmico, onde o princípio ativo da planta é retirado pela passagem contínua de líquido extrator. Os maiores benefícios deste método é a economia do liquido extrator e o tempo relativamente curto que este utiliza para realizar o processo.

O percolador possui baixo custo e baixo consumo de energia, tendo também uma facilidade no manuseio.

Spray Drying (secagem)

A secagem para a obtenção do extrato seco pode ser feita a partir de secagem em estufas (longo tempo de exposição a temperatura de 40ºC), liofilização (onde há o congelamento e sublimação da água), microondas (frequências de 2400 a 2500 MHz, sob pressão reduzida) e, o mais utilizado: a secagem por aspersão (spray drying). A secagem por aspersão ocorre quando há transferência de calor por convecção à alta temperatura para líquido na forma de gotículas, ou seja: as gotículas de água entram em contato com o ar aquecido e há a evaporação do solvente e a formação da partícula sólida.

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Figura ilustrando o aspersor pneumático (figura A), e o aspersor de disco giratório (figura B), adaptado de Oliveira, Petrovick (2010).

Formação de partícula por secagem por aspersão, adaptado de Oliveira, Petrovick (2010).

Com a transferência de calor do ar aquecido às gotículas, o líquido da superfície evapora-se rapidamente. As vantagens desse equipamento na indústria apresentam-se pelo custo baixo do processo, rapidez e rendimento, processo contínuo, baixa agressividade ao produto, o que a faz apropriada para produtos termossensíveis devido ao curto tempo de contato com a fonte de calor, podendo assim, ser empregada com sucesso na produção de produtos fitoterápicos, controle da uniformidade e do tamanho das partículas do produto pela manipulação das variáveis do processo, ou seja, maior estabilidade físico-química do produto obtido.

Desenvolvimento das formas farmacêuticas sólidas

› Cápsulas

Para o processo de encapsulamento dos extrato seco (pós), pode-se utilizar cápsulas gelatinosas duras e cápsulas gelatinosas moles, de acordo com a forma e as dimensões das substâncias medicinais.

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Encapsuladora ESA 11.000, este modelo executa as três operações envolvidas no encapsulamento: colocação das cápsulas, alimentação do pó e fechamento das cápsulas e produz de entre 11.000 e 12.000 cápsulas/hora.

› Sólidas

Para as formas sólidas, necessitar-se-á de um misturador e de um compressor. Pois, de acordo com o comprimido necessitar-se-á de adjuvantes, como material de enchimento (lactose, sacarose), desintegrante (amido, celulose), aglutinante úmido (gelatina, PVE), aglutinante seco (celulose, metilcelulose), deslizante (sílica), lubrificante (estearato de magnésio), antiaderente (talco).

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