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PLANTAS MEDICINAIS E SEU USO CORRETO

Por:   •  3/12/2015  •  Resenha  •  649 Palavras (3 Páginas)  •  666 Visualizações

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PLANTAS MEDICINAIS E SEU USO CORRETO

Uma das formas mais antigas de prática medicinal da humanidade é a utilização de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças. Segundo a Organização Mundial de Saúde, até hoje em alguns países em desenvolvimento mais de 80% da população utiliza a medicina tradicional no cuidado de saúde, incluindo o uso de plantas e, por esta razão, passou a incentivar o resgate do conhecimento tradicional e seu uso racional. Tal fato é importante, principalmente na medida em que apesar da grande evolução da medicina alopática, a partir da segunda metade do século XX, muito ainda precisa ser feito no sentido de se compreender o grau de efetividade que os sistemas de saúde vêm atingindo, principalmente nos países em desenvolvimento.

O uso tradicional encontra no Brasil uma grande parcela da população favorável a essa opção terapêutica, detentor de uma das maiores biodiversidades do planeta, a medicina popular e o conhecimento específico sobre o uso de plantas são os resultados de uma série de influências culturais, como a dos colonizadores europeus, dos indígenas e dos africanos (AQUINO et al, 2007). A aquisição dessas plantas e muito comum em lojas de ervas (ervanárias), onde são embaladas sem muita informação de origem.

Muitos estudos fortalecem as evidências sobre a grande utilização de plantas medicinais pela população brasileira, que também é observada em várias partes do mundo. Vários pacientes afirmaram utilizar pelo menos um tipo de planta na resolução de seus transtornos menores de saúde, sendo que na população estudada tal prática sofre influência de diferentes conhecimentos, uma vez que a mesma é composta em sua maioria de etnias portuguesa, índia e afrodescendente. Relata ainda um importante achado de que, apesar de na maior parte das vezes o emprego destas plantas ser condizente com suas propriedades farmacológicas, em muitos casos observou-se que diferentes espécies vegetais são conhecidas pela população com um mesmo nome popular. Acredita-se que tal fato seja preocupante na medida em que pode ocorrer substituição por plantas com propriedades farmacológicas distintas ou até mesmo tóxicas, quando não farmacologicamente inertes, o que poderia resultar em agravo dos sintomas de uma doença, com piora dos problemas de saúde.

Neste meio tempo, para combater a alta demanda por procedimentos e serviços mais complexos em muitos países os procedimentos na forma de autocuidado realizados pelas comunidades são importantes, na medida em que se constituem em alternativa à população mais carente ou que reside fora das zonas urbanas e garantir assistência aos portadores de doenças crônicas, promoverem educação em saúde, bem como resolverem transtornos menores de saúde.

Estes últimos podem ser entendidos como problemas de saúde autolimitados, que respondem bem ao tratamento sintomático e que poderiam ser tratados sem o cuidado médico, principalmente com medidas não-farmacológicas, como é o caso do uso de plantas medicinais. No Brasil, isto é particularmente importante já que recentemente foram criadas políticas públicas que garantem o acesso e promovem o uso desta prática no sistema de saúde do país.

No entanto, alguns desafios se apresentam aos profissionais da área da saúde para que tais ações possam vir a ser desempenhadas com responsabilidade. Estes incluem o conhecimento das indicações e melhores formas de uso das plantas ou medicamentos fitoterápicos e a orientação da população quanto à eficácia, segurança e qualidade dos mesmos. É dever do profissional de saúde promover o uso correto das espécies medicinais evitando os problemas de saúde pública causados pelo desconhecimento acerca das espécies utilizadas. É ainda dever dos docentes reforçar em sala de aula a importância do depósito de material testemunho, da consulta ao profissional especialista em taxonomia e dos problemas que podem surgir causados pelo uso de nomenclatura incorreta ou não identificação taxonômica, para que o aluno ao começar seus estudos já o faça da maneira correta. Dessa forma, além de evitar erros, o profissional estará promovendo a interdisciplinaridade em seu estudo unindo sua área de atuação à botânica, fundamental nos estudos com plantas medicinais.

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