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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Por:   •  17/5/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.844 Palavras (8 Páginas)  •  1.093 Visualizações

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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

1. INTRODUÇÃO

A importância da higienização das mãos foi constatada pelo medico húngaro Ignaz Semmelweis, quando foi visto que a elevada taxa de morte em mulheres por febre puerperal era devido à má higienização das mãos, pois após a introdução na lavagem das mãos, a taxa de morte caiu de 12, 2% para 1,2%.

A higienização das mãos é a medida individual mais simples e rápida para prevenir infecções relacionadas a doenças e seu objetivo visa à remoção de bactérias transitórias e algumas residentes, como também células descamativas, pêlos, suor, sujidade e oleosidade da pele, devendo ser praticada principalmente pelos profissionais que estão em contato direto ou indireto com o paciente, que manipulam medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. (CAMPANHA InCor)

Em todo nosso organismo, existe microorganismos que vivem harmoniosamente, como as bactérias do intestino, sem causar nenhum tipo de doença. Entretanto, também existe microorganismos que são transmitidos facilmente através do contato, sendo capazes de causar doenças ou agravar, como por exemplo, infecções hospitalares, gripe, diarreia, etc. os mesmos são invisíveis a olho nu e por isso não tomamos as medidas adequadas de higienização e prevenção (A. FRAGA MATTOS, 2013) e a contaminação pode ocorrer por meio do contato direto (pele com pele) ou indireto (através do contato com objetos e superfícies contaminadas).

Dentre os aspectos microbiológicos de nossa pele, podemos dizer que existem dois tipos de microbiota, a transitória e a residente. A primeira coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por um curto período e facilmente são transferidas para o meio ambiente, sendo frequentemente adquirida por profissionais de saúde durante o contato com paciente, superfícies próximas, produtos ou equipamentos contaminados. Já a segunda, esta aderida às camadas mais profundas da pele, com população estável, podendo ser removida parcialmente com a higienização, mas logo as bactérias de multiplicam e atingem o mesmo nível que antes.

Embora a ação seja simples, a não observância entre os prestadores de assistência a saúde é um problema em todo o mundo. Seguindo recentes entendimentos da epidemiologia sobre a observância da higienização das mãos, novas abordagens têm demonstrado sua eficácia. O Desafio Global para a Segurança do Paciente 2005–2006: “Uma Assistência Limpa é Uma Assistência Mais Segura” ressaltando a importância da técnica correta para higienização das mãos pelos profissionais da saúde e aborda os momentos com maior risco de contaminação, nos quais a pratica é imprescindível. (PITTET, Diretrizes)

Em 2002, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), publicou o “Guia para Higienização das Mãos em Serviços de Saúde”. Neste, o termo lavagem das mãos foi substituído por Higienização das mãos, devido a maior abrangência desse procedimento, isto é, contempla a lavagem das mãos com água e sabão, fricção antisséptica, higienização antisséptica, assepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos. De acordo com esse documento, a fricção antisséptica com solução alcoólica, constitui o método preferido de higienização das mãos pelos profissionais da saúde, devido a ser mais rápido e pratico, alem do qual possui uma grande eficácia.

Para uma correta higienização das mãos, o local deve dispor de todos os insumos e equipamentos necessários para sua melhor eficácia. Dentre os antissépticos, o mais utilizado, a solução alcoólica deve ter concentração de 60% a 80%, não contendo fragrâncias fortes e em relação à cor, deve ser transparente. Os lavatórios devem ser exclusivos para a higienização das mãos, sempre limpos e sem equipamentos, os dispensers devem ser de fácil reposição, manual ou automáticos, bem como as lixeiras, com abertura e fechamento sem utilização das mãos. Já em relação aos insumos e suprimentos, a água deve ser de qualidade, sem contaminantes químicos e biológicos, com controle de qualidade e os papel-toalha deve ser sem fragrâncias, impurezas, boa propriedade de secagem, de uso individual.

Ademais, em muitos casos, mesmo com a higienização das mãos ocorre falhas nas técnicas, como o não uso de sabonetes, fricção ineficiente, com técnicas variando de acordo com seus objetivos, bem como para se ter eficácia é necessária à retirada de joias, unhas curtas e limpas e o não uso de esmaltes.

Dente os diversos tipos de higienização, como características principais, a higienização simples é indicada para a remoção da microbiota transitória, suor, oleosidade, células mortas, com duração de 40 a 60 segundos, bem como a higienização antisséptica, na qual a única diferença é a substituição de um sabonete comum por um sabonete com antisséptico. Já a fricção antisséptica realiza a redução da carga microbiana, sendo indicada somente quando a mão se encontra limpa, com a utilização de álcool 70¢ e com duração de aproximadamente 20 a 30 segundos.

Ressalta-se que as mãos devem ser higienizadas com o produto apropriado em momentos essenciais e necessários, ou seja, nos cinco momentos para a higiene das mãos, de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para a prevenção das IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos: antes de tocar o paciente (verificação de sinais vitais); antes de realizar procedimento limpo/asséptico (manipulação de sondas e cateteres); após risco de exposição a fluidos corporais (troca de curativos, coletas de sangue, administração de medicamentos); após tocar o paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente (mesas de cabeceira, bombas de infusão). (ANVISA)

O conhecimento das medidas para prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde está amplamente disponível há vários anos. Infelizmente, por diversas razões, medidas preventivas não estão sendo tomadas com frequência. Têm-se como razões, os produtos de higienização das mãos provocam irritações e secura; pias estão localizadas em locais inconvenientes ou faltam pias; falta de sabão, papel descartável e toalha; normalmente há falta de tempo ou a pressa é grande; as necessidades do paciente exigem prioridade; a higienização das mãos interfere no relacionamento do profissional de saúde com o paciente; baixo risco de contrair infecções de pacientes; o uso de luvas ou a crença de que o uso de luvas torna desnecessário a higienização das mãos; falta de conhecimento de diretrizes e protocolos; não pensa-se sobre isso, esquecimento; não tem o exemplo dos colegas ou superiores; ceticismo sobre o valor da higienização das

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