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A FISIOTERAPIA NA MELHORA ÁLGICA DA ENDOMETRIOSE

Por:   •  8/7/2018  •  Artigo  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  404 Visualizações

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A FISIOTERAPIA NA MELHORA ÁLGICA DA ENDOMETRIOSE

THAÍS BARROS DE OLIVEIRA

Graduanda em Fisioterapia

Fisioterapia Maurício de Nassau – São Luís MA

RESUMO: Endometriose é uma patologia caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Acomete o sexo feminino, podendo ocorrer da menarca ao climatério. Hoje, a doença afeta cerca de 7 milhões de brasileiras. Manifesta-se clinicamente por dor e infertilidade. Não tem cura, mas pode ter seus sinais e sintomas minimizados com o tratamento multidisciplinar, sendo a fisioterapia especializada um pilar essencial no tratamento da dor.

PALAVRAS-CHAVE: Endometriose. Dor Pélvica. Fisioterapia.

ABSTRACT: Endometriosis is a pathology characterized by the presence of endometrial tissue outside the uterine cavity. Affects the female sex and can occur menarche and climacteric. Today, the disease affects about seven million brazilians. Manifestd clinically by pain and infertility. No cure but can have its sings and symptoms minimized with multidisciplinary treatment, Being specialized physiotherapy an essential pillar in the treatment of pain.

KEYWORDS: Endometriosis. Pelvic Pain. Physiotherapy.

INTRODUÇÃO  

        O endométrio é uma mucosa que reveste internamente o útero, sua principal função é a fixação do embrião. Todos os meses, este fica mais espesso com o objetivo de ajudar na implantação do óvulo fecundado. Quando não há fecundação o endométrio descama e ocorre a menstruação. A endometriose ocorre quando tecido endometrial cresce fora do útero e atinge diversos locais como, ovários, tubas uterinas, bexiga, peritônio, região retrocervical, reto, sigmoide e outras porções do tubo digestivo. É uma afecção ginecológica comum, atingindo cerca de 5-15% das mulheres no período reprodutivo e até 3-5% na fase pós-menopausa. Estima-se que o número de mulheres com endometriose seja de sete milhões (SIMÕES, 2000).

        Os principais sintomas da endometriose são dores e infertilidade. Seu tratamento pode ser, medicamento, cirúrgico e conservador. A fisioterapia não tem poder de cura no caso da endometriose, porém pode minimizar a dor e melhorar a qualidade de vida das mulheres acometidas com tal patologia.

METODOLOGIA

         Foi realizada uma revisão bibliográfica nas plataformas, GOOGLE ACADÊMICO, PUBMED, SCIELO e MEDLINE, com o objetivo de evidenciar a atuação da fisioterapia na melhora da dor em mulheres portadores da endometriose.

REVISÃO DE LITERATURA

          A parte interna do útero é revestida por um tecido chamado endométrio, que é sensível ao ciclo menstrual. Essa camada é responsável pela fixação do embrião e seu desenvolvimento no útero no período da gravidez. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que o óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endométrica (RAMOS, 2015).  

          Define-se endometriose como a presença de estroma e glândulas endometriais em locais extrauterinos, normalmente na pelve (SCHENKEN,2016). Essa patologia se apresenta exclusivamente em mulheres e em idade reprodutiva e se trata de uma afecção ginecológica comum. Ela pode ser assintomática em algumas mulheres, porém tem como manifestação clínica dor e infertilidade como principais sintomas. Dentre os demais se incluem dor pré-menstrual, dor durante as relações sexuais, cólicas, fadiga crônica e exaustão, dor na região pélvica, sangramento menstrual intenso ou regular, alterações intestinais durante a menstruação e dificuldade para engravidar ou infertilidade (RAMOS, 2015).

           

           A endometriose afeta mulheres com idade reprodutiva e está associada a dor pélvica crônica. A dor é desafiadora porque a gravidade e a localização da dor não se correlacionam com a extensão da endometriose ou a localização da lesão (STRATTON, 2016).

           Possui quatro estágios diferentes, sendo eles: Estágio I (mínimo): apresenta presença de tecido endometrial em um local isolado, sem aderências significantes; Estágio II (leve): presença de tecido endometrial com menos de 5cm; Estágio III (moderado): presença de tecido endometrial em vários locais da tuba uterina, a sua volta e nos ovários; Estágio IV (grave): presença de tecido endometrial em áreas superficiais e profundas com aderências densas e firmes (SEDICIAS, 2013).

           Diversos aspectos da doença estão sendo estudados com o intuito de achar sua etiopatogenia. Hoje, há duas principais hipóteses de etiopatogenia: (1) teoria da metaplasia celômica, onde ocorreria transformação de mesotélio em tecido endometrial; (2) teoria da menstruação retrógada, que postula o implante de células endometriais provenientes do refluxo do sangue menstrual pelas trompas para a cavidade abdominal. (MEYER, 2010).

           O diagnóstico de suspeita da endometriose é feito por meio de exame físico, ultrassonografia endovaginal, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório. Dessa forma, os exames de imagem são mais adequados para indicar a possível existência do problema, que será confirmada posteriormente por meio de exames laboratoriais específicos (SOUZA, 2011).

          O tratamento da endometriose é multidisciplinar, consiste no uso de hormônios e medicamentos, cuidados médicos para monitoramento da doença, cirurgia – laparoscopia e também a fisioterapia. Sendo a fisioterapia um pilar essencial para o tratamento da dor. O fisioterapeuta tem o poder de minimizar os sinais e sintomas da doença, e principalmente melhorando sua qualidade de vida, não curar, pois, a endometriose não tem cura (PLOGER, 2016).

          Muitas mulheres depois de tratadas clinica ou cirurgicamente continuam sentindo dor, porém a fisioterapia tem diversos recursos para ajuda-las: (1) cinesioterapia – reabilitação por meio de movimentos específicos do corpo; (2) Liberação miofascial – manobras para mobilizar a fáscia; (3) eletroestimulação – aplicação de corrente indolores para analgesia; (4) terapias posturais – pilates, yoga, etc; (6) termoterapia e crioterapia; (7) terapia manual; (8) homeopatia; (9) fitoterapia; (10) acupuntura (PLOGER, 2016).

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