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CARDIOPATIAS

Por:   •  13/7/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.579 Palavras (19 Páginas)  •  331 Visualizações

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FHO – Fundação Hermínio Ometto - Uniararas

Jaqueline Vicentin de Moraes RA: 83053

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Reabilitação Cardíaca

CARDIOPATIAS

                                                                                             Prof.ª : Ana Paula de Aguiar

                                                                                   

ARARAS/SP

Novembro /2017

Comunicação Interatrial (CIA)

Conceito:

A Comunicação interatrial (CIA) é um defeito congênito do septo atrial que se caracteriza por qualquer abertura no septo que separa as cavidades do Átrio Direito e do Átrio Esquerdo. O defeito do septo atrial é uma das anomalias cardíacas congênitas mais comuns reconhecida em adultos, mas raramente é diagnosticada ou se manifesta na infância. Esta anomalia está incluída no grupo das cardiomiopatias congênitas acianóticas, ou seja, que estão presentes desde o nascimento, e levam à coloração arroxeada (ou azulada) dos lábios e extremidades, em decorrência da oxigenação insuficiente. Na CIA há um hiperfluxo pulmonar onde ocorre um desvio anormal do sangue do átrio esquerdo do coração, que apresenta alta pressão, para o átrio direito, que apresenta baixa pressão e, por conseguinte, para a circulação pulmonar.

 É assintomática, mas pode, no decorrer do tempo, levar à dispneia, palpitações, infecções respiratórias, déficit ponderal e raramente insuficiência cardíaca.

Os defeitos do septo atrial apresentam uma grande variabilidade de apresentação devido aos diferentes mecanismos de falha do desenvolvimento embrionário. Pode estar associada algumas vezes com outras desordens genéticas tal como a trissomia do 21 ( Síndrome de Down ).

Existem dois tipos de CIA, são eles: Ostium Secundum e Ostium Primum, A forma mais comum de uma comunicação interatrial é a presença de Ostium secundum presente no meio do septo, e a menos comum é a Ostium primum, nestes casos, existe há presença de anormalidades nas valvas mitrais tricúspides.

Incidência:

Esses defeitos ocorrem em 5 a 10% de todos os nativivos que apresentam algum defeito cardíaco congênito, predominando no sexo feminino (2:1).

Essa cardiopatia tem maior prevalência em adultos e representando certa de 35% de todos os defeitos cardíacos congênitos.

O tipo Ostium Secundum corresponde a cerca de 10 a 12% de todas as cardiopatias congênitas.

Fatores de Risco:

Uma vez que a causa da doença são largamente desconhecidas, não há fatores de risco conhecidos para esta condição, somente para a fase cirúrgica que consiste em ocasionar possíveis danos como: Sangramento, infecção de ferida operatória, bloqueio cardíaco, arritmias cardíacas, alterações em sistema nervoso central, alteração renal, hipertensão pulmonar com recidiva, eventos neurológicos transitórios, pneumonia, atelectasia, taquicardia supraventricular paroxística, ritmo funcional atrioventricular (AV), dores de cabeça,  anemias, reações alérgicas, derrame pleural; formação de trombos, infecção respiratória (se referem a fossas nasais, laringe, traqueia, ou demais componente do sistema respiratório).

Sinais e Sintomas:

Muitos bebês com comunicação interatrial não apresentam sintomas, quando adulto os sintomas estão presentes, e quanto maiores os sintomas, maior a probabilidade de gravidade da doença.

Os sinais e sintomas vão depender do tamanho da CIA e podem ser:

  • Pele pálida persistente;
  • Taquicardia;
  • Dificuldade para ganhar peso;
  • Infecções respiratórias;
  • Palpitações cardíacas ou sopro;
  • Fadiga;
  • Dificuldade de respirar (dispneia)
  • Frequência cardíaca irregular;
  • Hipertensão pulmonar;
  • Inchaço nas pernas, nos pés ou no abdômen.

Diagnostico:

  • Raio X de tórax;
  • Eletrocardiograma;
  • Ecocardiograma;
  • Cateterismo;
  • Ressonância magnética;
  • Medicina nuclear.

Tratamento (Clínico/Cirúrgico)

Infelizmente não existe tratamento com remédios. Alguns medicamentos podem diminuir um pouco os sintomas. A única solução definitiva é cirúrgica feita pelo fechamento do defeito.

Atualmente, existem diversas maneiras de oclusão do defeito que só podem ser determinadas por uma equipe capacitada em múltiplas técnicas.

O tratamento paliativo é reservado para as situações onde há presença de grande hiperfluxo pulmonar, com importante repercussão clínica e indicação cirúrgica iminente, porém, com condições clínicas extremamente desfavoráveis, como, por exemplo, na vigência de um quadro infeccioso agudo ou desnutrição proteico-calórica de grau avançado. Nessas situações, dá-se preferência pela realização de bandagem do tronco pulmonar, com redução do fluxo pulmonar num primeiro estágio e, após atingir a melhora, procede-se à correção definitiva do defeito, pelo risco cirúrgico.

  • Tratamento Cirúrgico Convencional

A cirurgia requer a abertura da cavidade torácica e a parada do coração com auxílio da circulação extracorpórea. Na cirurgia é realizado o fechamento do defeito que pode necessitar de implante de material protético.

  • Tratamento Cirúrgico Minimamente Invasivo

Através desta técnica é possível promover uma recuperação mais rápida, menos dolorosa e tão segura quanto a cirurgia convencional. Nestes casos a cirurgia é realizada com auxílio de equipamento de vídeo e/ou tecnologia robótica.

  • Tratamento por cateter

Em alguns indivíduos, na dependência das condições clínicas, do tamanho e da localização do defeito cardíaco é possível realizar o fechamento por técnicas de cateterismo cardíaco que são significativamente menos agressivas e de recuperação mais rápida.

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