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Por:   •  23/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  6.506 Palavras (27 Páginas)  •  796 Visualizações

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Qualidade de Vida

  1. Introdução

O conceito de qualidade de vida “parece ser tão antiga quanto a civilização. Diferentes referenciais filosóficos, desde a Antiguidade, conceituam o que seja vida com qualidade (Belasco e Sesso, 2006, p.1)”. Pg. 293 do artigo “Usos e significados da qualidade de vida nos discursos contemporâneos de saúde”, da autoria de Gabriel de Freitas Gimenes.

Mas do ponto de vista vulgar ou cotidiano, percebo que o conceito de qualidade de vida é percebido de modos diferentes pelas pessoas. Seja pela diferença de cultura, de condição financeira ou mesmo de acordo com a região do País em que nasce.

Tem pessoas que acham que qualidade de vida é viver despreocupado de dívidas, é viver ao ar livre, é viver em uma zona rural, livre de poluição de fábricas, de veículos e de sons. Para as mulheres, qualidade de vida é estar em forma, é poder frequentar um centro de estética e ir pra academia. Para os homens, de um modo geral, é ter dinheiro no bolso. Para a pessoa idosa é se curar de uma doença, é poder passar um dia sem sentir dor. Para a criança é poder brincar, ter vários amiguinhos, ter um vídeo game, ter um celular.

Conforme a cultura, esse conceito muda. Para algumas pessoas qualidade de vida é poder ir ao cinema e assistir um bom filme, ir ao teatro e assistir uma peça de qualidade, é participar de eventos culturais interessantes, que lhe acrescentem cultura, beleza, prazer de viver.

Para algumas pessoas, qualidade de vida é apenas ter o que comer!

Quem tem uma condição financeira favorável, qualidade de vida é ter uma boa casa, um bom carro, um barco para passear pelas águas dos rios dessa Amazônia tão linda!

Para algumas pessoas, qualidade de vida é apenas ter uma casa, de preferência própria!

Conforme as regiões do nosso País, o conceito também muda!

Quem mora na Amazônia, acha que o melhor peixe do mundo é o peixe de água doce que se come por aqui. É o tambaqui, é o pirarucu, é o dourado.

Para quem se criou em zona litorânea, o melhor peixe é o peixe do mar!

O povo do norte é alegre, acolhedor, simples, assim como o povo do nordeste! A cultura é simples, é colorida e criada aqui mesma, no nosso País, pela criatividade do nosso povo. Já o povo do sudeste e do sul procura viver a cultura do Japão, da Itália, da Alemanha. É uma cultura estrangeira. E há uma soberba nesse povo. Eles discriminam o povo do norte e do nordeste.

Para o baiano e para o carioca, qualidade de vida é ir à praia e brincar carnaval!

Com certeza, é algo particular. Mas o artigo apresentado aborda um aspecto interessante sobre a manipulação do conceito de qualidade de vida por diversos setores da sociedade, conforme sua área de interesse.

Uma das coisas que se percebe também, é que as pessoas associam qualidade de vida com não trabalhar demasiadamente, mas ter tempo para ficar com a família, ter lazer. Isso é interessante.

Mas, para mim, a qualidade de vida está intimamente relacionada ao aspecto espiritual.

No artigo em que estou me baseando para fazer essa redação, a saber, “Usos e significados da qualidade de vida nos discursos contemporâneos de saúde”, da autoria de Gabriel de Freitas Gimenes, em nenhum momento se abordou esse aspecto.

Inicialmente, no texto, busca-se um sentido para a expressão qualidade de vida. E ao falar sobre os usos da expressão: pelo comércio, para vender seus produtos e seduzir os consumidores com uma promessa de uma maior qualidade de vida. Profissões na área da saúde, em que se busca maior qualidade de vida!

Bem, nesse caso, especificamente, tenho que fazer um parêntese.

Estou fazendo o curso de fisioterapia porque quero ter qualidade de vida!

Lembro que li uma vez um texto de uma grande autora brasileira, em que ela dizia que a felicidade não pode estar nas férias. Você não só pode ser feliz 30 dias por ano, mas você tem que ser feliz todos os dias. A felicidade residiria, segundo ela, em uma rotina feliz. Que, na verdade, as férias, são estressantes, viajar, mudar a rotina, ou melhor, não ter rotina. Que as férias são cansativas.

Que as pessoas criavam muita expectativa sobre as férias e se frustravam.

Isso que ela falou sempre ficou na minha mente.

Eu me formei em Direito com 21 anos de idade, porque a minha vó mandou. Não sabia o que era o curso de Direito. Não sabia o que era ser advogado, ser juiz, ser promotor de justiça, ser defensor público, enfim, ser da área jurídica.

Fiz o vestibular com 17 anos de idade. Estava vindo do 2º grau, onde eu estudava português, matemática, biologia, física, química. Quando comecei a fazer o curso tudo parecia um pesadelo!

Os professores falavam e eu não entendia nada! Era desesperador!

Comecei a estagiar e então trabalhar com processos, com juízes! Tornei-me servidora do Tribunal de Justiça com 20 anos, no 4º ano da faculdade. Então já fazia audiência, sentença, ajudava a escrivã, a juíza, a promotora. Quando me formei já tinha uma boa noção das coisas.

Peregrinei, trabalhei em vários órgãos, Assembléia Legislativa. Fui estudar em São Paulo. Voltei para o Acre, continuei trabalhando no Tribunal de Justiça, no Juizado de pequenas causas, aprendi muito. Fui juíza conciliadora. Trabalhei com um desembargador. Depois trabalhei na Escola da Magistratura, depois no Tribunal Regional Eleitoral, até que decidi sair para advogar.

Aprendi muito como advogada, estudei muito, fiz 3 especializações e ao longo de tempo fui descobrindo que gosto muito de atividades físicas, de todos os tipos e de estética. Gosto de bem estar, de me sentir bem comigo mesma.

Na área jurídica há muita disputa. Alguém sempre tem que estar com a razão e não há uma preocupação com o outro.

Com o sentimento do outro, com o bem estar do outro. Só interessa ganhar a disputa.

Então, decidi que queria ser esteticista e sair da área jurídica. Nunca me senti feliz como advogada. Nunca alcancei nenhum dos meus objetivos propostos. Bem, um eu alcancei, que foi o de aprender a ciência jurídica. Mas, era pouco para eu continuar.

Meu marido me sugeriu que eu fizesse o curso de fisioterapia e aqui estou eu, fazendo essa redação para avaliação parcial e falando da minha experiência para alcançar a qualidade de vida que eu almejo: trabalhar fazendo o que me dar prazer!

  1. Desenvolvimento

Voltando ao texto abordado. Fala-se que há uma indefinição do termo qualidade de vida, mas que dentro dessa indefinição é possível esboçar alguns fins aos quais a expressão atende:

“técnicos, como conceito articulador de outros conceitos ou de práticas nas ciências biomédicas;

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