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A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA APÓS O NASCIMENTO

Por:   •  18/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.146 Palavras (5 Páginas)  •  206 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

GISELI OSTROSKI

CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA APÓS O NASCIMENTO

 

                               Trabalho apresentado no curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul.

                                                    Professora: Natália Fontana Nicoletti Roxo

CAXIAS DO SUL

2021

   

  1. Clampeamento e corte do cordão umbilical

    Por volta dos anos 50, o termo clampeamento precoce do cordão se referia àquele que ocorria dentro dos primeiros 60 segundos de vida; já o tardio, aos 5 minutos após o nascimento do bebê. A partir de novos estudos ao longo destes anos, foi observado que cerca de 80 a 100mL de sangue são transferidos da placenta ao bebê nos primeiros 3 minutos do nascimento, e que 90% desse sangue oxigena o bebê em suas primeiras incursões respiratórias. No entanto, em um cenário sem recomendações exatas de como proceder, o clampeamento do cordão umbilical costumava ocorrer entre os 15 e 20 segundos de nascimento.  

    Ao longo do tempo, novos ensaios clínicos avaliaram os efeitos de clampeamento do cordão umbilical imediato versus tardio, utilizando um novo corte de 30-60 segundos após nascimento, tendo como resultados: aumento nos níveis de hemoglobina no nascimento, melhora dos estoques de ferro nos primeiros meses de vida, diminuição das taxas de hemorragia intraventricular e enterocolite necrotizante em bebês prematuros.

     Com isso, diversas organizações se posicionaram recomendando o clampeamento tardio do cordão umbilical. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, recomenda após 1 minuto do nascimento em bebês nascidos a termo, ou prematuros que não requerem ventilação com pressão positiva. 

    Recentemente, o American College of Obstetricians and Gynecologists’ Committee on Obstetric Practice emitiu uma atualização sobre as recomendações implementadas antes, em 2017:

•        É recomendado um atraso no clampeamento do cordão umbilical em bebês nascidos a termo e prematuros por, pelo menos, 30-60 segundos após o nascimento;

•        Foi relatado que, de fato, há um pequeno aumento na incidência de icterícia que requer fototerapia em bebês nascidos a termo, e que a equipe obstétrica deve estar atenta quanto ao monitoramento e possível tratamento da icterícia neonatal. Entretanto, a taxa de ocorrência de icterícia é relativamente baixa, o que não desqualifica os benefícios da prática do clampeamento tardio.

•        Não há associação com aumento de risco de hemorragia pós-parto. No entanto, quando ocorre, por exemplo, placenta prévia ou descolamento prematuro da placenta, os benefícios do clampeamento tardio do cordão umbilical precisam ser equilibrados com a necessidade de estabilização hemodinâmica oportuna da mulher.

•        Até o momento não há evidências suficientes para apoiar a prática em gestações múltiplas.

  1. Início da respiração espontânea do recém-nascido

O início da respiração é um processo complexo que envolve a interação de elementos bioquímicos e neurais somados a fatores mecânicos, bem como o fluxo sanguíneo pulmonar, a produção de surfactante e a musculatura respiratória, que também influenciam na adaptação respiratória à vida extrauterina.

•  O clampeamento do cordão umbilical diminui a concentração de oxigênio, aumenta o dióxido de carbono e diminui o pH do sangue. Isso estimula a aorta e quimiorreceptores, ativando o centro respiratório na medula para iniciar dar início à respiração.

•  A compressão mecânica do tórax durante o parto vaginal força aproximadamente 1/3 do fluido para fora dos pulmões fetais. Conforme a criança vai saindo, ele se expande novamente, gerando uma pressão negativa e puxando o ar para os pulmões. A inspiração passiva de ar substitui o fluido.

Quando a criança chora, uma pressão intratorácica positiva é estabelecida, o que mantém os alvéolos abertos, forçando o fluido pulmonar fetal remanescente para a circulação linfática.

• Para que o sistema respiratório funcione de forma eficaz, o bebê deve ter:

- fluxo sanguíneo pulmonar adequado;

- quantidade adequada de surfactante;

- musculatura respiratória forte o suficiente para suportar a respiração.

  1. Modificações cardiovasculares após o nascimento

Após o parto, ocorrem mudanças significativas no sistema cardiovascular, como resposta à remoção da placenta, até então a fonte de troca gasosa e da nutrição do feto.

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