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A Propaganda Influencia O Consumo Alimentar Infantil?

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Por:   •  9/9/2014  •  570 Palavras (3 Páginas)  •  585 Visualizações

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A publicidade direcionada ao público infantil traz consigo a dedicação dos profissionais encarregados de atrair e seduzir os consumidores infantis, com poder de persuasão e obtenção de reconhecimento junto ao universo infantil, com o artifício de uso de brinquedos, dos personagens infantis e da marca.

Dados revelam que as crianças possuem dentro de seu núcleo familiar 70% das decisões de compra, o que representa para as empresas uma fidelização de consumo para o futuro, tornando-as dependentes daquele produto. Esses fatores despertam nas empresas o interesse em produzir meios de consumo para esse grupo vulnerável.

Se a publicidade pode influenciar o consumo perigoso dos adultos, no caso das crianças e adolescentes a preocupação de alguns setores da sociedade é ainda maior. De acordo com a avaliação de Noeli Godoy, este tipo de publicidade deveria ser dirigida sempre aos pais e não às crianças. “As crianças não têm poder de decisão, a princípio, sobre aquilo que é prioritário para ela naquele momento. Então, ela irá escolher o que for mais atrativo. A publicidade vai atingir o desejo e não a necessidade daquela criança”, diz.

Estudos demonstram que cada vez menos as crianças têm contatos com diversos tipos de alimentos, como frutas e verduras. Quando questionadas sobre qual o nome de alimentos específicos essa tarefa não parece tão simples para as crianças brasileiras, pois a pouca familiaridade com produtos naturais não se trata de um problema isolado, os hábitos indesejáveis acompanham todo esse desconhecimento.

Segundo os dados do IBGE (Censo 2000), 137, 9 milhões dos 169,8 milhões de pessoas vivem nas cidades, o ambiente de produção dos alimentos parece estar cada vez mais distante da realidade das crianças.

Poderíamos nós, colocar a culpa na publicidade? O que poderia acontecer é atribuir uma parcela de culpa nas mídias, já que estudos demonstram que a publicidade vinculada aos canais de televisão, independente da duração ou frequência, possuem um alto impacto sobre a seleção dos alimentos por escolares. Mas medidas já estão sendo tomadas para tentar diminuir e regularizar, adotando restrições na publicidade de alimentos e bebidas, porem esse é um longo caminho a ser percorrido.

De acordo com o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, Conar, orienta: publicitários e anunciantes a seguir as recomendações do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. A propaganda de alimentos, refrigerantes e sucos, se destinada à criança, deverá deixar clara a diferença entre a mensagem publicitária e a programação infantil.

A publicidade de produtos com essas características somente poderia ser veiculada entre nove da noite e seis da manhã. Além disso, não poderia fazer uso de figuras, desenhos, personalidades ou personagens admirados pelas crianças. As propagandas dos alimentos com alto teor de açúcar, sal ou gordura trans e saturada deverão veicular alertas sobre os perigos do consumo excessivo.

Por outro lado, temos a opinião do autor do projeto de lei (PL) que proíbe a publicidade para crianças, “O Conar não regulamenta nada, é totalmente permissivo”, avalia o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). E é exatamente o que vemos na atualidade nos nossos comerciais, mas os primeiros passos já foram dados para que aconteça alguma mudança na legislação

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