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APS Imunologia

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Por:   •  27/11/2014  •  3.875 Palavras (16 Páginas)  •  446 Visualizações

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Universidade Paulista - UNIP

Atividade Pratica Supervisionada - Imunologia Básica

Alexandre Batista das Dores B4051J-5

Aluísio dos Santos Júnior B226AC-2

Brennda Carolliny da Silva Fernandes B250JA-0

Douglathy Oliveira B41524-0

Gilberto Silva Neves B2826H-0

Marcos Vinicus Nunes Pedreira B214IG-5

Nikolas Melis Waack Sampaio B294DE-6

Willian Santos de Oliveira B2673D-7

São Paulo, 2013

1. Introdução

Transplante de órgãos ou tecidos significa a cirurgia realizada em pacientes com problema grave e irreversível em um determinado órgão ou tecido do corpo, recebendo outro saudável de um doador vivo ou com morte encefálica.

Apesar de ser um importante recurso terapêutico, a cirurgia não significa a cura, mas sim a possibilidade de uma nova perspectiva de vida e tratamento que vai incluir o acompanhamento médico contínuo, o uso de medicação imunossupressora e a adesão a um plano de cuidados com vistas à manutenção da saúde.

Alguns pacientes habituam-se aos inúmeros medicamentos que precisam tomar diariamente, mas outros têm dificuldade em aderir à rotina e aos horários sistemáticos.Não obstante as inovações nos imunossupressores para melhorar a qualidade de vida dos transplantados, ainda existe dificuldade na adesão a essas medicações.

A rejeição tem sido uma das causas da perda do enxerto, pois mesmo recebendo orientação e acompanhamento rigoroso, muitos doentes acreditam que após a cirurgia não haverá a necessidade do uso continuo de medicamentos, devido ao mais importante já haver acontecido, ou seja, a realização do transplante.

Os riscos de rejeição tornam fundamental a realização do acompanhamento ambulatorial, com o objetivo de prevenir complicações que possam comprometer a sobrevida do enxerto.

O paciente e a família devem ser orientados acerca desse acompanhamento. Orientações sobre dieta, medicação, exercícios, prevenção de infecções e identificação de sinais e sintomas de rejeição são de extrema importância para o sucesso do tratamento.

Nesse cenário, merece destaque a atuação dos médicos e enfermeiros, pois são os que atuam diretamente nos cuidados desses pacientes, desde a seleção e preparação do receptor até o período pós-transplante. Esses profissionais devem trabalhar juntamente com o paciente e a família assegurando-lhes a compreensão do estado geral de saúde desde o diagnóstico pré-transplante até a necessidade do acompanhamento ambulatorial pós-transplante.

O transplante de medula óssea é indicado como medida terapêutica para várias doenças hematológicas e oncológicas, sendo que o doador ideal seria um irmão HLA compatível para minimizar os efeitos agressores do organismo contra a medula transplantada. Um grande número de indivíduos que não encontra um doador na família tem como alternativa a pesquisa de um possível doador nos Registro de Doadores Voluntários de Medula óssea.

Outras metodologias podem ser utilizadas para minimizar os efeitos e melhorar a qualidade dos transplantes, tal como a pesquisa de anticorpos previamente formados e provas que refletem in vitro o que ocorreria in vivo nos transplantes renais.

2. Complexo Principal de Histocompatibilidade

O complexo principal de histocompatibilidade ou MHC (do inglês major histocompatibility complex) é uma grande região genômica ou família de genes encontrada na maioria dosvertebrados. É a região mais densa de genes do genoma dos mamíferos e possui importante papel no sistema imune, auto-imunidade e no sucesso reprodutivo. As proteínas codificadas pelo MHC são expressas na superfície das células de todos animais com mandíbula, e apresenta tanto antígenos próprios (fragmentos de peptídeos da própria célula) e antígenos externos (fragmentos de microorganismos invasores) para um tipo de leucócito chamado célula T que tem a capacidade de matar ou co-ordenar a morte de patógenos, células infectadas ou com função prejudicada.

O sistema imune foi desenvolvido para combater a invasão de agentes estranhos no indivíduo. É composto por uma cascata de reações extremamente complexas e por vários constituintes (células, sinalizadores, etc). O componente mais importante desse sistema é o Complexo Principal de Histocompatibilidade ou MHC, seu aspecto mais visível seja a sua extraordinária diversidade genética, que originou-se devido às pressões evolutivas que os microorganismos inferiram nos vertebrados com o passar do tempo. A função do complexo principal de histocompatibilidade é codificar várias proteínas receptoras trans-membranas, que atuam no reconhecimento e na apresentação de constituintes dos agentes estranhos, os antígenos (figura 1). Esse grupo genético nos seres humanos receberam a denominação de Antígenos Leucocitários Humanos (HLA).

2.1 Complexo MHC

Como já citado o complexo principal de histocompatibilidade é surpreendentemente elaborado, possuindo um conjunto de genes que codificam proteínas receptoras localizadas nas membranas de todos os vertebrados e que atuam no reconhecimento e apresentação dos antígenos. É creditado o descobrimento desse conjunto gênico a Jean Dausset em 1954,1 estando localizado no braço curto do cromossomo 6, foi uma das primeiras regiões do genoma humano totalmente sequenciada, devido ao grande interesse principalmente na rejeição de transplantes (área médica) e na co-evolução parasito\hospedeiro (biologia evolutiva), com aproximadamente 4 megabases e 224 locos gênicos.

Esse complexo pode ser dividido em três classes: Classe I (que encontram-se mais próximos da região telomérica), classe II (presentes na região centromérica) e classe III (localizado entres os outros dois componentes) . Os antígenos de classe I e II são proteínas expressas nas células e tecidos, enquanto os produtos dos genes de classe III são proteínas encontradas no soro ou outros fluidos do corpo. Os antígenos de classe III não participam da rejeição de transplantes.

As pressões evolutivas proporcionaram um nível surpreendente de poligenia e polimorfia, que agem no sentido de possibilitarem a denominação de “geneticamente único” de fato, devido à variedade

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