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Anemia Falciforme Cuidado De Enfermagem

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Por:   •  19/2/2014  •  2.189 Palavras (9 Páginas)  •  1.127 Visualizações

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ATRIBUIÇÃO DE ENFERMAGEM NA ANEMIA FALCIFORME

A enfermagem exerce uma importante função no Programa Nacional de Triagem Neonatal, por meio de orientação familiar, coleta precisa dos dados familiares, coleta do exame, acondicionamento adequado e envio seguro ao laboratório de referência. Entretanto, o compromisso ético.

A enfermagem na atenção básica exerce um importante papel no pré-natal, orientando as mulheres na compreensão das doenças detectadas por meio do "teste do pezinho" e sobre a importância do tratamento precoce em caso de resultado positivo para doença falciforme ou outras detectadas pelo teste. É importante reforçar que a mãe deve retornar ao posto de saúde com o bebê na primeira semana de vida para realizar o "teste do pezinho", caso a coleta para exame não tenha ocorrido na maternidade, além de receber vacinas e matricular no programa de atenção à saúde da criança.

Anemia crônica - As pessoas com doenças falciformes têm anemia crônica por causa da destruição precoce dos glóbulos vermelhos - anemia hemolítica. A simples suplementação com ferro não corrige a anemia dos doentes falciformes, sendo, a princípio contra-indicada, a não ser que apresentem associado anemia ferropriva. Não existe também alimentação milagrosa e, sim, alimentação equilibrada, e isto devem ser reforçadas com a família, já que o nome anemia banaliza a gravidade da enfermidade. Assim, a família deve estar ciente que anemia é apenas um dos sinais da doença.

-Orientar a família que, em razão de mecanismos compensatórios internos, as pessoas com doença falciforme devem ser adaptadas a conviver com níveis mais baixos de hemoglobina.

-O metabolismo dos doentes falciformes consome muita energia, necessitando de dieta hiperprotéica e hipercalórica;

-Elaborar com a mãe uma alimentação equilibrada e coerente com o nível social familiar;

-Os alimentos que contêm ferro devem fazer parte da alimentação cotidiana, não havendo necessidade de suprimir nem reforçar a ingestão.

Crises dolorosas- As células em forma de foice têm pouca mobilidade e flexibilidade e podem obstruir o sistema circulatório, impedindo o fluxo de sangue e oxigênio aos tecidos e órgãos, (vaso-oclusão). A dor acomete, sobretudo, os sistemas muscular e esquelético. Geralmente acomete braços, pernas, região do tórax e região lombar. A dor pode durar horas ou dias e a intensidade varia de moderada a muito forte.

-Não subestimar a dor;

-A dor pode ser muito forte e na referência dos adultos com doença falciforme "é como se estivesse esmagando o osso";

-Lembrar que cada pessoa tem um limiar de dor, alguns podem ficar agitados, chorando alto e mesmo gritando;

- Ampliar a oferta de líquidos via oral, dependendo do caso será prescrita hidratação parenteral;

-Considerar que, além da dor, haverá ainda o estresse causado pelo ambiente hospitalar e a lembrança da dor mais forte;

-Manter o paciente confortável e seguro que encontrará alívio para suas dores;

- Medicar conforme prescrição médica; geralmente, analgésico e anti-inflamatório;

-Em caso de dores fortes que não sedem a medicação usual já prescrita para o caso, poderá ser prescrito um sedativo, sendo o mais indicado, morfina. Solicitar remoção para uma unidade de saúde com maior grau de complexidade. Meperidine não é indicada para esses pacientes.

Infecções e febre- Os doentes falciformes são mais suscetíveis às infecções, como: pneumonias, meningite, osteomielite e septicemia. A infecção em doente falciforme requer vigilância redobrada por parte da equipe de enfermagem, sobretudo aos que têm anemia falciforme, pois podem desenvolver uma septicemia em menos de 24 horas. Em decorrência dessa suscetibilidade, o protocolo de tratamento em doença falciforme prevê o uso de penicilina profilática do terceiro mês até os cinco anos de vida. Pode ser prorrogado conforme orientação médica.

- Geralmente as mães sofrem com a aplicação de rotina da penicilina injetável, que deve ocorrer a cada 21 dias. Reorientar sobre a importância na redução das infecções de repetição;

-Nos casos em que se optar pelo uso de penicilina oral, reforçar a importância de fazer corretamente às duas tomadas por dia, observando horário e não interrompendo o tratamento;

-O doente falciforme deve receber as vacinas de rotina, mais as especiais, como hemophilus, pneumococos, hepatite B e outros, conforme recomendação médica;

Febre em crianças com doença falciforme deve ser vista como um sinal de risco; pode ser um indício de infecção grave;

- Crianças com temperatura de 38,5°C devem ser encaminhadas para um serviço de saúde com maior resolutividade;

-A enfermagem deve estar atenta aos sinais e sintomas de progressão de infecção como septicemia.

Dactilite ou síndrome mão e pé- No geral, é o primeiro sinal da doença em menores de um ano. Trata-se de uma inflamação aguda dos tecidos que revestem os ossos dos punhos e tornozelos, dedos e artelhos, que ficam edemaciados e não depressíveis ao toque; é mais comum em crianças com anemia falciforme. Este problema, no geral, ocorre no primeiro ano de vida. O local da inflamação pode estar avermelhado e quente. O processo inflamatório é doloroso, a criança fica irritada, inquieta e com dificuldade de mobilizar a região atingida.

-Acalmar a mãe informando que esse quadro é decorrente da doença falciforme;

- Não fazer contensão do membro com faixa ou tala gessada;

- Medicar, conforme prescrição médica. Geralmente, analgésico e antiinflamatório;

-Orientar a ingerir bastante líquido, água, chá, sucos;

- Febre persistente até 39ºC requer investigação de processo infeccioso (sepse) ou osteomielite;

-Encaminhar para serviço de saúde com maior grau de resolutividade.

Crise de sequestro esplênico- Trata-se da retenção de grande volume de sangue dentro do baço, de forma repentina e abrupta. Pode estar ou não associada com infecção; normalmente ocorrem nos primeiros cinco anos de vida e, muito raramente, após essa idade. É um quadro agudo extremamente grave,

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