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Animais Peçonhentos

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Por:   •  29/10/2013  •  4.640 Palavras (19 Páginas)  •  493 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

1.1. INTRODUÇÃO À MORDEDURAS E PICADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

Em sua diversidade geográfica, o Brasil é um país rico em flora e fauna. São florestas, rios, montanhas, semiáridos, litorais..., habitados por inúmeras espécies de animais, que variam de acordo com a localização geográfica abrangendo quase todas as regiões do território nacional.

Muitas espécies de animais, que povoam a flora brasileira, são dotadas de mecanismos de defesa que têm peçonhas ou venenos. São os chamados animais peçonhentos. Entre eles se destacam, pela frequência de acidentes, os insetos, escorpiões, aranhas e cobras. O veneno desses animais podem causar dolorosas intoxicações é, muitas vezes, se não houver socorro imediato, morte.

1.2. O QUE SÃO ANIMAIS PEÇONHENTOS

São animais que, por meio de um mecanismo de caça e defesa, são capazes de injetar em suas presas uma substância tóxica produzida em seus corpos, diretamente de glândulas especializadas (dente, ferrão, aguilhão) por onde passa o veneno. Esses animais agem por instinto de sobrevivência. Ao se sentirem ameaçados, imobilizam o agressor e fogem para um local seguro.

São animais que estão presentes tanto em meios rurais, quanto urbanos. Eles são responsáveis por provocarem inúmeros acidentes domésticos, em variadas regiões brasileiros, com índices crescentes ano após ano.

Para que não se crie um medo inconsciente desses animais, é necessário um maior conhecimento a respeito do assunto.

É fundamental diferenciá-los dos animais apenas venenosos. Sapos e borboletas possuem um mecanismo que age passivamente, ou seja, é preciso a interferência do predador para que o seu veneno, na maioria dos casos presente na pele, seja ativado. Já os peçonhentos são aqueles que agem ativamente, tendo uma “ferramenta” para inocular o veneno em sua presa ou predador.

Outro detalhe que se deve salientar: esses animais agem por instinto de defesa. Geralmente, a maior parte dos acidentes ocorre por descuido ou imprudência humana. Ao colocar o pé no sapato sem olhar em seu interior, uma pessoa pode comprimir um animal que estaria alojado ali dentro, aumentando as possibilidades de uma picada como reação.

Provocar queimadas nos entulhos de um terreno, pisotear e encurralá-lo oferecem riscos à sua vida. Não controlar a quantidade de baratas, moscas e pequenos roedores, propícios alimentos dos animais peçonhentos, aumentam a incidência de seu aparecimento. Quando não são prestados os cuidados necessários em um acidente causado por animal peçonhento, a situação da vítima pode se agravar.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. PRINCIPAIS ANIMAIS PEÇONHENTOS DO BRASIL

2.1.1. SERPENTES

As serpentes peçonhentas são responsáveis por muitos acidentes no Brasil.

Podem, de acordo com a quantidade de veneno introduzido, matar ou incapacitar o acidentado, quando não socorrido em tempo hábil e tratado de forma correta com a aplicação dos soros apropriados. As vítimas mais comuns são trabalhadores rurais.

O soro é o único tratamento eficaz em caso de acidentes com serpentes.

Sua frequência é alta, sobretudo em países como o Brasil, que apresenta características geográficas favoráveis à existência de grande número de espécies de cobras venenosas. Estima-se que anualmente, atinjam cerca de um milhão de acidentes com vítimas, com óbito estimado em 30 a 50 mil.

Existem no Brasil 60 espécies de cobras venenosas, mas são as jararacas as responsáveis pelo maior numero de ataques.

O veneno de todas as serpentes pode matar uma pessoa em pouco tempo. As reações da picada vai depender de variações como a parte do corpo que foi atingida, quantidade de veneno injetada, peso da vítima e o tipo de cobra. Por isso, especialistas do Butantan recomendam as ví¬timas que recebam o soro o mais rápido possí¬vel, de preferência nas primeiras três horas após o ataque.

A peçonha nada mais é que uma especialização da saliva da serpente, onde esta adquire o poder de destruição das proteínas e de desencadear diversas reações nos seres vivos para que se possa realizar a digestão. Então, isto quer dizer que a peçonha, para a serpente, atua como suco digestivo.

Venenosas: Apresentam cabeça chata, triangular, bem destacada e com escamas pequenas, semelhantes às do corpo. Olhos pequenos, pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas. Escamas alongadas, pontudas, dando-nos a impressão de aspereza quando tocadas. Cauda curta e bruscamente afinada.

Não venenosas: Apresentam cabeça estreita, alongada, mal destacada e com placas no lugar de escamas. Olhos grandes, pupila circular e ausência de fosseta loreal. Escamas achatadas, dando impressão de lisas e escorregadias quando tocadas. Cauda longa e gradualmente afinada. Aqui a exceção fica por conta da cobra Coral que, apesar de ter características de uma cobra não peçonhenta, é venenosa.

2.1.1.1. AÇÕES FISIOPATOLÓGICAS

AÇÃO PROTEOLÍTICA

Também denominada de necrosante, decorre da ação citotóxica direta nos tecidos por frações proteolíticas do veneno.

Caracteriza-se pela destruição das proteínas do organismo. Provoca, no local da mordida, intensa reação que se reconhece pela dor, edema firme (inchaço duro), equimose (manchas), rubor (avermelhamento), bolhas hemorrágicas (ou não), que pode se seguir de necrose que atinge pele, músculos e tendões. As enzimas proteolíticas podem, pela agressão às proteínas, induzir a liberação de substâncias vasoativas, tais como bradicinina e histamina, substâncias estas que, nos envenenamentos graves, podem levar ao choque.

AÇÃO COAGULANTE

Substâncias que, através da mordida, penetram na circulação sanguínea, coagulam o fibrinogênio (substância que promove a coagulação do sangue), que se deposita em microcoágulos principalmente nos pulmões. Assim, o restante do sangue fica incoagulável por falta do fibrinogênio, sem que necessariamente haja hemorragia.

AÇÃO NEUROTÓXICA

Nos acidentes causados por CROTALUS, clinicamente provoca ptose palpebral (queda de pálpebra) e diplopia (visão dupla) poucas horas após o acidente. Já nos indivíduos mordidos por MICRURUS, além dos sintomas descritos

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