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Autismo

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Por:   •  25/9/2013  •  Resenha  •  1.344 Palavras (6 Páginas)  •  499 Visualizações

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O ator Marcelo Serrado leva o drama do autismo para os palcos e revive um personagem marcante do cinema: Rain Man, sucesso nos anos 80. “Fazer um autista é um presente para qualquer ator. Porque esses caras são especiais”, diz o ator.

Como e quando o autismo se manifesta? Quais os primeiros sintomas? E por que é tão importante começar o tratamento o mais cedo possível?

O autismo se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que cordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias. Embora o transtorno seja incurável, quando demora para ser reconhecido, esses neurônios não são estimulados na hora certa e a criança perde a chance de aprender.

Estudo mostrou que, enquanto nos Estados Unidos o diagnóstico é feito antes dos 3 anos de idade, no Brasil o transtorno só é identificado quando a criança já tem de 5 a 7 anos. Esse atraso agrava as deficiências do autismo e traz mais sofrimento para as famílias.

Questionário ajuda a identificar possíveis sinais de autismo

O caso de Kevin

Há seis anos, Vera e Reginaldo procuram um diagnóstico que os ajude a compreender os males que afligem o filho Kevin. Você conheceu o Kevin no domingo passado. Vimos que ele se levanta diversas vezes, de madrugada, pra tomar banho. Desde pequeno, o menino começou a apresentar comportamentos peculiares.

Quando percebe que está chegando o momento de comer, Kevin fica agressivo. O som do liquidificador é especialmente irritante no autismo. Kevin se alimenta de papinha, ele recusa alimentos sólidos.

“A gente já foi em neuro, psiquiatra, psicólogo, pediatra, clínico, tudo quanto é médico a gente já foi. Uns falam que é retardo mental grave, outros falam que não. Tem médico que fala que ele não tem nada, que pode ser uma birra, uma manha”, diz a mãe.

O neuropediatra Salomão Schwartzman analisou vídeos de quando Kevin era bebê. Aos quatro meses, ele se comportava como qualquer criança. Mas com um ano idade, ele já apresentava pequenos sinais de autismo.

“Fica olhando sempre na mesma direção. Ele não explora mais o ambiente. E uma face sem muita expressão”, analisa o médico.

Foi somente no mês passado que a peregrinação terminou. Kevin recebeu o diagnóstico de autismo - um diagnóstico tardio. A demora em identificar o transtorno dificulta o tratamento. Depois de seis anos, a família de Kevin pôde, finalmente, procurar ajuda especializada.

Kevin perdeu a oportunidade de receber tratamento nas fases iniciais de seu desenvolvimento. Agora, será preciso muito trabalho para correr atrás dos prejuízos.

“A gente sempre fala que a gente não vai ficar assim pro resto da vida, como que será que vai ser ele sozinho? Quem vai querer cuidar dele? Como será que vai ser a vida do Kevin? A gente se preocupa já com isso. 'E complicado, né?”, diz a mãe de Kevin.

Sinais de autismo

Quais são os sinais típicos do autismo? Algumas características podem ajudar você a desconfiar quando a criança tem autismo. Desconfiar porque quem vai fazer o diagnóstico é o especialista.

Um dos sintomas mais comuns é quando a criança não responde ao ser chamada pelo nome. A criança parece surda. Você chama pelo nome, ela não responde.

Na presença de outras crianças, ela se isola. Não participa de brincadeiras coletivas. Ela evita o contato físico. Você vai fazer um carinho e ela se afasta. Parece que tomou um choque. É hiperativo. Anda pra lá e pra cá, mexe em tudo, não para um minuto.

Mais uma característica marcante: não apontar com o dedo para o objeto que quer alcançar.

Ela pega no seu braço e leva até ele, como se usasse a sua mão como uma ferramenta.

A relação com os objetos - brinquedos, por exemplo - é diferente do esperado. Ela usa os objetos de uma forma muito particular. Ela pega um carrinho, vira ao contrário e é capaz de passar horas girando a rodinha.

Também não sabemos por que, mas pessoas com autismo parecem ter uma sensibilidade alterada. Podem cair no choro por causa de um simples toque. Mas, às vezes, se machucam feio e não demonstram sentir dor. Mesmo em dias muito frios, não se preocupam em se agasalhar.

A criança com autismo foge do contato visual. “Mesmo às vezes na primeira mamada. E é o momento em que seguramente o bebê olha nos olhos da mãe já com horas de vida. Algumas vezes você consegue detectar a falta desse contato”, explica Salomão.

Hoje, testes clínicos permitem entender melhor essa dificuldade.

O caso Gabriel

“O diagnóstico do Gabriel tem uns quatro anos mais ou menos. Porque até então eu não sabia. Sabia que o Gabriel era um menino especial”, conta a mãe do que menino que tem hoje 16 anos.

Nós fomos com ele fazer um teste. O programa de computador registra para que ponto a pessoa está olhando quando vê uma figura na tela.

“Quando você mostra numa tela um bebê e um relógio, normalmente eles olham muito mais pro relógio. Eles não têm tanto interesse pra olhar pro bebê. Quando você mostra um rosto, um de nós deve olhar pros olhos - como eu estou olhando

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