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CONSEQUÊNCIAS DA BAIXA ADESÃO AO TRATAMENTO DO PORTADOR DE HIPERTENSÃO ARTERIAL

Trabalho Escolar: CONSEQUÊNCIAS DA BAIXA ADESÃO AO TRATAMENTO DO PORTADOR DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/6/2013  •  5.654 Palavras (23 Páginas)  •  916 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial (HA) é a morbidade mais comum na população adulta e frequente nos serviços de urgência e emergência no Brasil.

Segundo Giorgi (1989) o impacto da hipertensão arterial descontrolada é determinado pelo acidente vascular cerebral (AVC), doenças isquêmicas do coração (DAC), insuficiência cardíaca, insuficiência renal e isquemia vascular periférica. A hipertensão arterial é responsável por elevado ônus social e econômico ao setor saúde, repercutindo sobre a seguridade social e sobre a população. Seu impacto direto mede-se por metodologias complexas, partindo de múltiplas fontes de informação.

Segundo o mesmo autor, na morbidade destacam-se: tratamento, controle e não adesão ao tratamento, registros dos custos hospitalares dos eventos agudos e da própria hipertensão arterial não controlada. Os efeitos do tratamento da hipertensão arterial, com ou sem adesão, são detectados em longo prazo por estatísticas de tendências, viabilizadas pelo monitoramento dos fatores de risco comportamentais e por inquéritos periódicos de saúde.

Para Reis & Glashan (2001) efeitos negativos sobre as tendências decorrem, não somente da não adesão ao tratamento, como do subtratamento, inadequação da droga, dificuldade do acesso ao sistema de saúde, indisponibilidade de medicação na rede básica de saúde, quantidade de drogas e número de doses diárias da medicação prescrita, efeitos adversos, resistência ao tratamento e presença de comorbidades.

Segundo Maciel (1997), uma educação conscientizadora é um componente essencial para a promoção, manutenção e restauração da saúde. A educação desempenha papel de destaque na equipe multidisciplinar para a promoção e o cuidado do paciente. Sendo assim, o paciente se constitui como responsável pelo seu próprio cuidado, porém necessita de apoio, estimulo e motivação, itens extremamente importantes para o sucesso da melhora da qualidade de vida.

Ainda segundo o autor, o portador de hipertensão arterial na maioria não apresenta sintomas da doença e tende não aceitar o tratamento. O profissional de enfermagem é de grande importância, ao agir como cuidador e orientar o paciente hipertenso para o autocuidado, contribuindo na melhora da adesão ao tratamento.

Segundo Weber (2003) o autocuidado é o desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu beneficio para manter a vida e o seu bem-estar. O serviço de enfermagem tem como principal preocupação a necessidade do indivíduo de auto cuidar-se e manter a vida e a saúde, promovendo a recuperação da doença ou lesão e enfrentando os seus efeitos.

Segundo Maciel (1997), a incidência de hipertensão arterial é inversamente proporcional aos níveis de educação com predomínio nos hipertensos de baixo nível de escolaridade, em relação ao sexo, observa-se que há uma maior prevalência tanto do sexo feminino quanto ao masculino na faixa etária dos 40 aos 70 anos, em relação à renda familiar a doença acomete tanto os de baixa renda como os de alta renda. Baixo nível de atividade física e peso acima do normal são fatores predisponentes para a hipertensão, todos os pacientes acima do peso ou com obesidade devem ser incluídos em programas educativos de preservação da saúde.

Segundo Colombo (1995), a hipertensão arterial é um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos. É uma doença vascular de todo o organismo e deixa "marcas" nos órgãos atingidos: coração, cérebro, rins, vasos e visão.

Segundo autores: Mariléia Gasparotto e Lucila Castanheira Nascimento em um artigo Modelos de Estudos de Adesão ao Tratamento Anti-Hipertensivo da Revista Hipertensão de Diabetes – Ministério da Saúde (2001), hipertensão arterial é a força que o sangue exerce sobre a parede das artérias, a mesma depende de dois parâmetros: o volume de sangue contido no interior das artérias e a elasticidade da parede arterial. O volume sanguíneo no interior das artérias é determinado principalmente pelo coração. Este funciona como uma poderosa bomba propulsora que bate a uma freqüência constante e, com isso, impulsiona o sangue ao longo dos vasos para o corpo todo. São jogados na circulação, em média, 5 litros de sangue por minuto contendo o oxigênio e os nutrientes necessários à sobrevivência dos órgãos. O coração, no desenho do seu ofício, trabalha contra uma resistência que lhe é proporcionada pelos vasos sanguíneos, por onde o sangue flui, essa resistência está diretamente ligada à elasticidade dos vasos. Do resultado do trabalho de bombeamento do coração e da resistência por ele enfrentada é que surge a pressão arterial.

Segundo Reis & Glashan (2001), existem duas medidas ou níveis de pressão nas artérias: uma, quando o coração se contrai, produzindo uma pressão máxima ou sistólica, e a outra quando o coração relaxa denominada pressão mínima ou diastólica, é importante que os dois níveis sejam medidos.

Admite-se como pressão arterial ideal, que é a condição em que o indivíduo apresenta o menor risco cardiovascular,quando a pressão arterial sistólica (PAS) < 120 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) < 80mmHg , ou seja (12x8), sendo que (PAS) de 130mmHg –139 e (PAD) entre 85-89mmHg é considerada normal limítrofe; (PAS) entre 140-159mmHg e (PAD) entre 90-99mmHg é chamada hipertensão leve (estágio1); (PAS) entre 160-179mmHg e (PAD) entre 100-109mmHg, chama-se hipertensão moderada (estágio2); (PAS)≥ 180 mmHg e PAD ≥ 110 mmHgé hipertensão grave (estágio3); (PAS) ≥ 140 e (PAD) ≥ 90 mmHg é chamada hipertensão sistólica. (Esses dados são do III congresso brasileiro de HAS (hipertensão arterial sistêmica – 2003).

Segundo Gasparotto e Nascimento (2001), é importante salientar que esse nível usado para classificar os estágios de um indivíduo hipertenso não estratifica o risco do mesmo, pois um hipertenso classificado no estágio 1 se tiver associado a outros fatores como diabetes, por exemplo, pode ser estratificado como grau de risco muito alto.

1.1 Sintomas

Segundo Reis & Glashan (2001) geralmente a hipertensão evolui silenciosamente, sem qualquer indício de sua presença, mesmo as pessoas com níveis perigosamente elevados podem sentir-se perfeitamente bem. Portanto, a única maneira de se diagnosticar a hipertensão é medindo regularmente a pressão para que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento iniciado

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