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Doenças Do Tecido Epitelial

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Por:   •  12/5/2014  •  2.404 Palavras (10 Páginas)  •  2.370 Visualizações

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doenças do tecido epitelial

INTRODUÇÃO

Os animais, como as plantas, são seres multicelulares, o que significa serem formados por muitas células.Não são simplesmente colônias ou agregados de células semelhantes, mas são compostos por diferentes tipos de células, cada uma com tamanho, estrutura e função características. Ser multicelular significa apresentar diferenças no tamanho e diversidade na forma. Os tamanhos diferentes dos organismos são devidos às diferenças no número de células e não na célula individualmente. As células de um rato e de um elefante tem dimensões correspondentes; o elefante é maior porque seus genes foram programados para produzir um número maior de células. Nos organismos formados por muitas células, pode haver uma divisão de trabalho, com cada tipo de célula realizando funções específicas. Quando as células se especializam, os organismos podem se tornar altamente eficientes para realizarem uma grande variedade de atividades. Assim, na maioria dos animais as células são organizadas em tecidos.

Tecido: Consiste de células semelhantes associadas intimamente, adaptadas para funções específicas. Os tecidos são constituídos por células, substâncias intercelulares e líquido intercidual. O conjunto das células com características morfológicas e funcionais especiais formam os quatro tipos fundamentais de tecido: epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular. Estes quatro tipos de tecidos não existem isoladamente, mas juntam-se uns aos outros em proporções variáveis para formar os diferentes órgãos e sistemas do organismo animal. O conteúdo do presente texto tem como objetivo mostrar a associação dos diferentes tipos de células, formando os tecidos e uma vez formados os tecidos que funções cada um desempenham. Conhecendo os tecidos fundamentais, será examinado como estes se associam e formam os orgãos e sistemas do organismo dos animais superiores.

2 . TECIDO EPITELIAL

Epitélio ou tecido epitelial é um dos principais grupos de tecidos celulares, sendo sua principal função a de revestimento da superfície externa e de diversas cavidades internas do organismo. Os epitélios constituem um grupo distinto de tecidos que recobrem toda a superfície corporal, cavidades e tubos, funcionando como interface entre os compartimentos biológicos. Os epitélios podem ser derivados do ecto, meso ou endoderma, dependendo do sistema a que pertençam. A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este tecido. O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele), dependendo do órgão aonde se localizam. Os tecidos epiteliais ou epitélios têm células perfeitamente justapostas, unidas por pequena quantidade de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular. Os epitélios não são vascularizados e não sangram quando feridos. A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados.

2. 1 - Características das células epiteliais

Ausência de substância intercelular: O contato entre as células é feito através do glicocálix. O glicocálix consiste de proteínas e fosfolipídio conjugados com pequenos polissacarídeos, formando um revestimento celular externo. Aparentemente tem função de adesão entre as células, podendo simplesmente promover a proteção mecânica e química para a membrana plasmática.

Presença da Membrana Basal: Todos os epitélios são mantidos por uma membrana basal de espessura variável. Estas separam os epitélios dos tecidos conjuntivos subjacentes. As membranas basais consistem de uma condensação da substância fundamental glicoprotéica reforçada por fibras reticulares, que formam um tecido contínuo com as fibras colágenas do tecido conjuntivo (fig.2.1).

Fig. 2.1 - Corte mostrando detalhes do tecido epitelial e do tecido subjacente (abaixo da lamina basal)

Características

Avascularização: o epitélio não é penetrado por vasos sanguíneos. A nutrição depende, portanto, da difusão de oxigênio e de metabólitos a partir dos tecidos subjacentes.

Polaridade celular: a distribuição de organelas nas células obedece a uma polaridade. O pólo basal corresponde à região que "olha" para a lâmina basal e o pólo apical é a região que está oposta à lâmina basal.

Rede de inervação: sensitiva intra-epitelial, formada por terminações nervosas livres.

Renovação constante pela atividade mitótica contínua das células, isto porque o tecido epitelial é constantemente esfoliado; apesar de as células epiteliais apresentarem intensa adesão mútua. Esta adesão é em parte devida ao glicocálix e reforçada por estruturas especiais.

Presença de Funções Celulares Especializadas

Nexus: Junções tipo GAP ou de união. Amplas áreas de membranas intimamente opostas onde não ocorre fusão das membranas plasmáticas. Também permite a transferência de informação e de metabólitos de uma a outra célula adjacente.

Complexo juncional: característica dos epitélios simples, formados por três tipos de estruturas de adesão:

Zônula de oclusão ou junção íntima: consistem de pequenas áreas nas quais a parte externa das membranas plasmáticas opostas acham-se fundidas umas às outras. Entre as áreas de fusão existem áreas às quais a fusão não ocorreu. A junção íntima isola o espaço intercelular da luz, impedindo a passagem de substância por entre as células. Tem efeito selador.

Zona de adesão ou junção adesiva: áreas nas quais as membranas plasmáticas opostas divergem e não se evidenciam estruturas entre membranas celulares opostas. No citoplasma adjacente ocorre fina trama de material filamentoso.

Desmossomo: Junção celular constituída por duas placas densas de material citoplasmático, uma em cada

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