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Epilepsia E O Crime

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Por:   •  10/11/2014  •  2.663 Palavras (11 Páginas)  •  383 Visualizações

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1. O QUE É A EPILEPSIA?

Epilepsia (do grego antigo - "apreensão") é um distúrbio comum a várias doenças. Na verdade, é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam determinada condição e indicam que, por algum motivo, um agrupamento de células cerebrais se comporta de maneira hiperexcitável. Em outras palavras, é um conjunto comum e diversificado de desordens neurológicas caracterizadas por descargas elétricas anormais dos neurônios, as quais podem gerar convulsões. Algumas definições de epilepsia dizem que as convulsões podem ser recorrentes, mas outras afirmam apenas um único ataque combinado com alterações cerebrais que aumentam a chance de crises futuras.

Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo sofrem de epilepsia, e quase 90% delas ocorrem em países em desenvolvimento. A epilepsia se torna mais comum com a idade. O início de novos casos ocorrem na maioria das vezes em crianças e idosos. Como consequência de uma cirurgia cerebral, crises epilépticas podem ocorrer em pacientes em recuperação.

A epilepsia possui tratamento, mas não é curada com a medicação. Contudo, cerca de 30% das pessoas com epilepsia não têm o controle das crises mesmo com os melhores medicamentos disponíveis. Cirurgia pode ser considerada em casos em que medicação não seja eficiente ou os efeitos colaterais sejam muito incômodos.

Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente. Se uma crise dura mais de cinco minutos ou na ocorrência de crises recorrentes, isto indica uma situação de emergência neurológica conhecida como estado do mal epilético. Nesse caso, o paciente precisa de atendimento médico imediato.

2. SINTOMAS

Uma só convulsão não significa epilepsia, visto que cerca de 10% da população tem pelo menos um episódio de convulsão durante a vida. Para caracterizar a epilepsia, é indispensável haver recorrência espontânea das crises com intervalo de no mínimo 24 horas entre elas. Ouvir a história do paciente e o relato das pessoas que presenciaram a crise também ajuda a determinar o diagnóstico. Além disso, é preciso certificar-se de que não existe nenhum fator precipitante da crise, seja tóxico, seja provocado por alguma outra doença. As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras, que variam desde as que “desligam” a pessoa por instantes, passando pelas que geram percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória, chegando naquelas mais fortes, que levam o epilético ao chão, apresentando contrações musculares em todo o corpo e até incontinência urinária. É também comum que os episódios de convulsões resultem em ferimentos e dificuldades de socialização

3. TIPOS DE CONVULÇÕES (crises)

As crises epilépticas podem ser desencadeadas por sons repetitivos, luzes cintilantes, videojogos ou inclusive tocando em certas partes do corpo. Mesmo um estímulo leve pode desencadear as convulsões em pessoas com epilepsia. Até nas que não sofrem de epilepsia, um estímulo muito forte pode desencadeá-la (como certos fármacos, valores baixos de oxigénio no sangue ou valores muito baixos de açúcar no sangue). As convulsões epilépticas classificam-se segundo as suas características.

Nas crises epilépticas generalizadas, as descargas costumam ser originadas nos núcleos cinzentos da base do cérebro, permitindo a rápida propagação dos impulsos anómalos a todo o córtex cerebral, o que provoca a perda de consciência e outras manifestações. A forma mais típica corresponde às denominadas crises de grande mal, que se caracterizam por perda de consciência acompanhada de convulsões. Uma outra forma clássica corresponde às denominadas crises de pequeno mal ou ausências, com alterações do estado de consciência, mas sem originar problemas motores evidentes.

Nas crises epilépticas parciais ou focais, a descarga elétrica anômala apenas costuma afetar uma zona do cérebro, cujo funcionamento apenas é alterado temporariamente. De acordo com a área afetada, pode tratar-se de uma alteração motora, sensitiva, dos órgãos dos sentidos ou das funções cerebrais superiores.

3.1. CRISES DE GRANDE MAL

As crises epilépticas de grande mal são a forma mais frequente, a que mais chama a atenção e a que é mais conhecida, desenvolvendo-se através de uma sequência bem definida. Normalmente manifestam-se de uma maneira inconstante, mas existem vários sinais e sintomas não muito específicos que tendem a evidenciar-se, mesmo antes do ataque, tais como alterações de humor, irritabilidade ou insónias. Além deste, podem ocorrer outros sinais e sintomas variados, mas específicos para cada paciente, os quais constituem a denominada aura epiléptica, antecedente da manifestação da crise.

Quando um episódio de grande mal do tipo tônico-clônico se inicia, verifica-se uma perda do tônus muscular, o que provoca a queda imediata do paciente, seguindo-se alguns segundos de contrações musculares tónicas, ou seja, o paciente contrai involuntariamente os músculos, não se conseguindo deslocar - também pode acontecer que o paciente perca a consciência. Por fim, durante vários segundos ou minutos costumam ocorrer contrações clônicas, devido a uma sucessão de contrações e relaxamentos dos músculos do corpo - estas contrações correspondem ao que popularmente é conhecido como convulsões.

Após a paragem das convulsões, surge uma fase de relaxamento muscular generalizada, a qual pode provocar uma insuficiência nos esfíncteres e, por conseguinte, a emissão involuntária de urina. Embora o paciente vá recuperando a consciência de forma progressiva, é muito provável que este se encontre muito confuso e sonolento, ocasionalmente com dores de cabeça, sem se recordar do que lhe aconteceu. Esta fase pode durar alguns minutos ou até várias horas, mas após este período a recuperação costuma ser total.

3.2. CRISES DE PEQUENO MAL

Estes ataques, mais frequentes entre as crianças, caracterizam-se por não haver perda de consciência e pela curta duração (em média meio minuto), com início e fim bruscos. Estes ataques podem igualmente ser designados ausências, porque o indivíduo afetado

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