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Esteroides Anabolizantes

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Por:   •  24/10/2014  •  3.657 Palavras (15 Páginas)  •  390 Visualizações

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Introdução

A atividade muscular exige uma integração coordenada de muitos sistemas fisiológicos e bioquímicos. Essa integração somente é possível se houver a intercomunicação entre vários tecidos e sistemas do corpo. Apesar de o sistema nervoso ser responsável por grande parte dessa comunicação, o ajuste fino das respostas fisiológicas do organismo a qualquer distúrbio de seu equilíbrio é responsabilidade principalmente do sistema endócrino. O sistema endócrino inclui todos os tecidos ou glândulas que secretam hormônios. Os hormônios atuam como sinais químicos através do corpo. Quando secretadas por células endócrinas especializadas, eles são transportados pelo sangue até células-alvo específicas que possuem receptores específicos dos hormônios. Ao atingirem seus destinos, eles podem controlar a atividade do tecido-alvo. Uma característica exclusiva dos hormônios é que eles se distanciam das células que os produzem e afetam especificamente as atividades de outras células e órgãos. Alguns hormônios afetam muitos tecidos corporais, enquanto outros visam células específicas do organismo. O hormônio do crescimento e a testosterona, por exemplo, estão diretamente envolvidos no crescimento e no desenvolvimento de características secundárias do desenvolvimento (Guyton 1984).

O hormônio do crescimento (GH) causa o aumento das células do corpo. Ele age no esqueleto e nos músculos esqueléticos, em particular, para aumentar sua taxa de crescimento e manter seu tamanho durante o crescimento. O GH causa o crescimento e a multiplicação celular pelo aumento da taxa de entrada de aminoácidos nas células para formação de proteínas. A testosterona é outro hormônio que, quando sintetizado, principalmente, causa grande síntese de proteínas em nosso corpo. Este hormônio é produzido pelos testículos. (Tortora 2000).

O testículo tem sido considerado, durante séculos, como sendo o centro da força e virilidade dos homens. Os testículos secretam vários hormônios sexuais masculinos que são globalmente denominados andrógenos, incluindo a testosterona. A partir da sétima semana de vida embrionária, a testosterona começa a ser elaborada pelo homem. Este hormônio será o responsável por estimular o desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas. Os efeitos fenotípicos produzidos pela testosterona podem ser divididos em dois grupos: os efeitos androgênicos, produtores das características sexuais masculinas secundárias, e os efeitos anabólicos, produtores de aumento de tamanho e força musculares. A síntese de testosterona em laboratório deu origem aos esteroides anabolizantes.

A maioria dos derivados de testosterona foi idealizada na tentativa de dissociar ou separar essas duas classes de efeitos. Desenvolvidos na década de 50, os esteroides anabolizantes são produzidos a partir do hormônio masculino

testosterona, potencializando sua função anabólica, responsável pelo desenvolvimento muscular, e reduzindo o efeito androgênico, que responde pelas características masculinas como o timbre de voz, pelos no corpo, crescimento dos testículos. Quando administrada no organismo, essa substância entra em contato com as células do tecido muscular e age aumentando o tamanho dos músculos. As pessoas que os consomem ganham força e potência. Sem muito esforço, conseguem atingir a meta de mudar sua aparência física (Muniz et al. 1997).

Embora apresentem aplicações clínicas, estudos mostram que o uso inadequado de esteroides anabolizantes pode causar sérios prejuízos à saúde, como problemas cardíacos, distúrbios psicológicos, entre outros. A lista das complicações é extensa e incompleta porque, como não há controle, os jovens e atletas usam doses elevadas da droga, e efeitos colaterais desconhecidos ainda podem aparecer. No caso de atletas de competição, o uso de esteroides anabolizantes, visando um melhor desempenho, transcende a questão da saúde individual. As drogas que favorecem o desempenho nas diversas modalidades são consideradas eticamente indesejáveis e, portanto ilícitas, independentemente de produzirem danos para a saúde. Aos dirigentes esportivos cabe coibir o seu uso enquanto prevalecerem as regras atuais, cuja validade moral poderá ou não mudar com o passar do tempo. Tendo em vista o destaque com que vem sendo noticiado pela mídia, a respeito do uso indiscriminado de esteroides anabolizantes, e frente aos questionamentos que têm sido feitos a respeito da sua utilização e efeitos, este trabalho visa prestar informações sobre essa classe de fármacos, no sentido de avaliar condições de risco-benefício determinantes para a utilização ou não dessas substâncias.

Revisão de literatura

Os hormônios esteroides e os tireoidianos se unem com as proteínas de ligação com hormônios no plasma, assim os esteroides entram nas células alvo, sendo que alguns são convertidos em outros hormônios esteroides. Já o esteroide intracelular entra no núcleo e se liga com receptores nucleares, mudando sua conformação, que resulta na transcrição de DNA. O RNA resultante irá se mover para o citoplasma a fim de iniciar a síntese mover para de uma proteína especifica no reticulo endoplasmático e nos ribossomos. Essa proteína expressa, então, a ação fisiológica do hormônio. Depois de exercerem sua ação, os esteroides são desativados no fígado e excretados pelos rins.

A fisiologia hormonal de ação da testosterona e dos androgênicos pode ser dividida em duas categorias principais: efeitos androgênicos, relacionados especificamente com a função reprodutora e com as características sexuais secundarias, e efeitos anabólicos, que relatam de maneira geral a estimulação do crescimento e a maturação dos tecidos não reprodutores. Ainda se deve atentar para o fato de que mecanismos intracelulares semelhantes, via um único tipo de receptor, participam destas duas categorias de efeitos, não havendo, portando, a possibilidade de separa-los.

São administrados dois tipos de esteroides: os esteroides androgênicos endógenos, esteroides anabolizantes ou esteroides anabolizantes androgênicos (EAA). Assim, estas substancias sintéticas são formadas pela testosterona ou um de seus derivados. Os EAA são utilizados na medicina há mais de cinco décadas, e sua identificação terapêutica esta associada a quadros de hipogonadismo e deficiência do metabolismo proteico. Além disso, são amplamente consumidos no meio desportivo com o objetivo de melhorar o desempenho atlético, assim como os endógenos possuem tanto atividade anabólica quanto androgênica. Vale dizer que todos

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