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Extensão Rural

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Por:   •  20/3/2015  •  1.524 Palavras (7 Páginas)  •  266 Visualizações

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1 – Etapa 1: Linha do Tempo - O processo de modernização da agricultura brasileira

A ordem cronológica da evolução da agricultura no Brasil seguem os seguintes dados:

 1950 – A crescente urbanização no Brasil, junto com o desenvolvimento industrial ocorrido na década de 50, contribuiu para o início de novas áreas agrícolas voltadas para à produção das matérias-primas utilizadas nas indústrias. A atividade pecuária da época também foi responsável por grandes transformações e nos empregos de novas técnicas para a agricultura, o que causou um aceleração da modernização da agricultura no Brasil.

 1960 – Foi fundado, em 1962, o Instituto de Estudos Brasileiros. No ano seguinte deu início as Reformas de base de João Goulart, o que provocou uma forte reação dos latifundiários. Nesse meio tempo, nas grandes faculdades estudiosos debatiam duas correntes, uma que dizia que o país possuía uma estrutura feudal no campo, e outra que defendia que a estrutura rural era capitalista. Em ambos os casos, se via a necessidade de uma reforma agrária como uma possibilidade de melhoria no mercado agrícola, que acabou gerando o Golpe Militar de 1964.

 1970 - Durante o regime militar foi criada em 1973 a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que tinha o objetivo de diversificar os produtos voltados para a produção agrícola. A EMBRAPA desenvolveu novos cultivos que eram adaptados para cada região do país, de acordo com a necessidade e produtividade de cada um. Nesse período, teve início o cerrado e os latifúndios com a produção semi-industrial de soja, algodão e feijão.

 1990 - A partir de 1994, com a estabilização da moeda Real, a agrícola brasileira passou por uma mudança totalmente radical no que se diz sobre o controle dessa atividade: o Estado diminuiu sua participação e o mercado passou a financiar a agricultura que fortalecia o agronegócio, substituindo a mão-de-obra por máquinas, passando pela utilização e liberação do comércio exterior e outras medidas que forçaram os produtores brasileiros a se adaptarem às práticas de mercado globalizado. A mecanização e profissionalização da mão-de-obra marcaram esse período.

As atividades agrícolas estão em constante processo de evolução com o fim de se obter uma maior produtividade. Dentro desse contexto, a década de 1950 foi o ponto de partida, pois foi o período que ocorreu de forma mais intensa o processo de modernização da agricultura e que se utilizou um grande aparato tecnológico, além do uso de plantas modificadas geneticamente em laboratório e uma série de procedimentos técnicos com uso de defensivos agrícolas e de maquinas. Todo esse processo ficou conhecido na década de 1960 como Revolução Verde, ou seja, um programa financiado pelo grupo Rockefeller de Nova Yorque, e com o pretexto de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome no mundo. Essa revolução acabou por expandir o seu mercado consumidor, e fortalecendo as vendas de pacotes de insumos agrícolas.

Esse programa surgiu, também, com o propósito de aumentar a produção agrícola através do desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo e utilização de máquinas no campo para que aumentassem a produtividade através do desenvolvimento de sementes adequadas para cada tipo específico de solos e clima.

O aumento da produtividade agrícola foi imenso, porém, a Revolução Verde não eliminou o problema da fome conforme seu objetivo, pois os produtos plantados nos países em desenvolvimento como Brasil, México, Índia era basicamente cereais, e a grande parte da produção desse mesmo produto era exportado para países ricos industrializados como os Estados Unidos, Canadá e União Europeia. Sendo assim, essa evolução teve como pontos positivos e negativos os seguintes itens:

 Pontos Positivos:

Grande aumento da produtividade de alimentos;

Aumento da produtividade agrícola em países não industrializados;

Desenvolvimento agrícola;

Expansão da fronteira agrícola;

Desenvolvimento tecnológico.

 Pontos Negativos:

O aumento das despesas com o cultivo e o endividamento dos agricultores;

O crescimento da dependência entre os países;

Esgotamento do solo;

Ciclo vicioso de fertilizantes;

Perda de biodiversidade;

Erosão do solo;

Poluição do solo causada pelo uso de fertilizantes;

Redução da mão de obra rural.

Essa modernização da agricultura no Brasil foi progressiva e possibilitou diferenças estruturais no espaço rural, principalmente de produção. Ou seja, os produtos que eram mais valorizados, ou seja, de exportação, permitiram que o processo de modernização do país e seu crescimento econômico fosse mais rápido nos locais considerados como os principais centros econômicos. Esse novo desenvolvimento econômico tem demonstrado uma certa exclusão do trabalhador rural na geração de emprego, e, sendo assim, uma diminuição da renda, decorrente da competitividade do capitalismo.

2 – Perfil do Agricultor Rural

Por ter um ciclo mais curto, a agricultura sempre foi de maior risco, principalmente porque não existia a tecnologia que tem hoje. Os problemas ambientais de hoje talvez sejam piores para agricultura do que eram antigamente, mas em compensação hoje tem novos recursos para um plantio direto que segura a umidade mesmo em época de pouca chuva.

O agricultor hoje, de um modo geral, está sempre aberto ao desenvolvimento e o conhecimento por novas tecnologias devido a atividade possuir mais riscos que antigamente, sendo assim, o perfil do produtor determina o sucesso. Quem hoje trabalha com pecuária intensiva também está sujeito ao maior risco, pois demanda um investimento maior. O produtor que deixa de ver só o problema para enxergar a solução, com certeza vai ter sucesso. Quem se adaptou a alteração de margem de lucro, quem se adaptou às mudanças que a pecuária também sofreu, continua a ter uma produção eficiente. Muito pouca gente que plantava na década de 80 conseguiu seguir plantando até hoje porque o risco era tão elevado que muita gente faliu

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