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Farmacologia II

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Por:   •  2/11/2013  •  7.353 Palavras (30 Páginas)  •  842 Visualizações

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Farmacologia II

Dor: uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a lesões reais ou potenciais, ou descritas a termo.

1)Classificação da dor:

1.1) Quanto a duração:

1.1.1) Crônica: constante e não tão grande, a pessoa tende a ficar depressiva e sem apetite, tratamento é feito apenas via oral, com finalidade de melhorar a qualidade de vida da paciente ex: artrite reumatoide, paciente oncológico terminal, etc.

1.1.2) Aguda: a dor aparece e depois some, dor grande em um intervalo de tempo pequeno, ocorre manifestação adrenérgica, o tratamento pode ser por via oral ou parenteral com finalidade curativa ex: cólica renal. Gera alterações adrenérgicas.

1.2) Quanto a fisiopatologia:

1.2.1) Nociceptiva, somática ou visceral: causada pelo estímulo de um nociceptor (receptor de dor localizado no final das fibras aferentes. Estes receptores são ativados por meio de mediadores químicos, pode ser causada por inflamação, então é tratada com analgésico periférico.

1.2.2) Neuropática, disestésica e lancinante; causada nas fibras / feixes nervosos, não há mediadores químicos.

Desordens;

Hiperalgesia: resposta aumentada a um estímulo doloroso leve.

Alodina: dor resultante de um estímulo que normalmente não é nocivo.

Transmissão da dor:

1) Transmissão do estímulo periférico: Nociceptores: receptores específicos na mediação do toque, calor, frio, dor. Mecanoceptores, mecanotérmicos, polimodais.

2) Transmissão do estímulo central:

As fibras aferentes/sensitivas vão até a coluna ântero-lateral, faz sinapse na medula, levam o estimulo ao tálamo, gerando uma resposta na fibra eferente.

Quatro etapas:

a) Tradução: o estímulo doloroso ativa os nociceptores. Libera mediadores para nociceptores.

b) Transmissão: a informação se transmite pelos nervos espinhais até o SNC. Condução aferente com sinapse na medula, depois tálamo.

c) Percepção: Cérebro recebe a informação, processa-se e gera uma resposta. Chega ao tálamo

d) Reação: O animal responde frente ao estímulo de dor, retirando o membro do estímulo doloroso.

Os Mediadores químicos liberados após agressão da via nociceptiva são: Histamina, Bradicinina, Prostaglandina, Substancia P, as quais se ligam aos nociceptores.

A bradicinina é a primeira a ser produzida, mas logo entram em cono os outros mediadores que são sensibilizadores, enquanto a bradicinina é ativadora.

O glutamato é o mediador dessas fibras para continuar a sinapse dos neurônios.

Uma dor nociceptiva provém de algum problema ou lesão em algum tecido determinado. Ativa os nociceptores por mediadores liberados na hora da lesão. Há mediadores na medula também (glutamato) para propagar o sinal, qual vai até o tálamo e volta uma resposta de dor.

Dor Nociceptiva

A bradicinina é a primeira a ser liberada após estimulo, é produzida (não armazenada) e logo vêm os outros mediadores. A bradicinina é um nanopeptídeo que gera bradicardia e vasodilatação, é produzida no plasma a partir do cininogênio pela calicreina. Para agir deve-se ligar aos seus receptores. É rapidamente metabolizada pela EXA e inativada. Por isso o Captopril pode gerar tosse, pois ficamos com maior concentração de bradicinina qual geral broncoconstrição.

Os seus receptores são os do tipo B1 e B2, o B2 é o mais comum nos tecidos e o B1 é mais ausente, o qual aumenta na presença da inflamação, potencializando a dor. São receptores de membrana acoplados a proteína G, que pode ser excitatória, inibitória ou ligado a Gq, gerando respostas diferentes.

A bradicinina induz a liberação da substancia P, induz a nocicepção e inflamação (vasodilatação, prostaglandinas, citocinas, aumento da permeabilidade vascular a qual causa edema).

Para gerar dor, a bradicinina se liga ao receptor que ativa a proteína G, a bradicinina é a primeira a ser liberada causando dor, mas ela é excretada rapidamente, porém, ela ativa outros mediadores de dor, como as prostaglandinas.

Então, são produzidas e não armazenadas as prostaglandinas (eicosanoides) os quais não são só produzidos na agressão. Em condições fisiológicas, a fosfolipase A2 (PLA2) pode ser estimulada e promove a quebra dos fosfolipídios, gerando lipídeos menores, como o ácido araquidônico, qual entra na célula estimulada. Sobre ele agem duas enzimas: a lipooxigenase (LOX) formando leucotrienos proinflamatórios e a ciclooxigenase (COX) formando prostaglandinas G e H (endoperóxidos cíclicos estáveis) que no endotélio sofrem ação da prostaciclina sintase e forma as prostaciclinas (PGI2), quais são anti-agregante plaquetário e vasodilatadora.

Nas plaquetas, como não há prostaciclina sintase, os endoperóxidos cíclicos (PGG e H) (quais foram formados pela fosfolipase A2 que agiu sobre os lipídeos, quebrando em ácido araquidônico, que depois sofreram ação da LOX e COX então formando os endoperíxidos cíclicos) sofrem ação de tromboxano sintase e gera tromboxano A2 (TXA2) qual é um agregante plaquetário.

O papel das prostaglandinas é: vasodilatação, inibição de agregação plaquetária como as prostaciclinas, contração do miométrio e musculatura lisa em geral (o CITOTEC é uma PG sintética), liberação da renina para proteção renal e natriurese. Além de ser protetora gástrica, por inibir o HCl, aumentando a secreção de muco e dilatar os vasos sanguíneos da mucosa.

No estômago o HCl é produzido no jejum por estimulo de receptores muscarínicos pela acetilcolina, gastrina e histamina, que ativam a proteína G, aumentando AMPc pela adenilato ciclase e/ou IP3 e diacilgricerol que aumenta a concentração de Cálcio para liberação de HCL. Depois de comer, vem o papel das prostaglandinas que reduz todo esse processo por diminuir o AMPc e se ligam nas células epiteliais induzindo a produção de muco. Além de aumentar a permeabilidade vascular, extravasando tampão da corrente sanguínea para a luz estomacal, aumentando o pH.

De maneira geral as PG exceto as PGF são vasodilatadoras gerando queda de pressão arterial. As PGF contraem

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