TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Forças De Mordida Relacionadas A Próteses Parciais Removíveis Inferiores

Trabalho Escolar: Forças De Mordida Relacionadas A Próteses Parciais Removíveis Inferiores. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/9/2014  •  2.198 Palavras (9 Páginas)  •  267 Visualizações

Página 1 de 9

Forças de mordida relacionadas a próteses parciais removíveis inferiores -

A força máxima de mordida foi abordada por BLACK4, já em 1895, que desenvolveu um gnatodinamômetro, registrando valores de até 125 kgf em dentes naturais. WORNER18, em 1939, apresentou uma série de considerações sobre forças de mordida e julgou ser difícil estabelecer comparações entre os resultados de diversos autores, devido ao emprego de equipamentos e técnicas diferentes. Contudo verificou que dentes naturais apresentaram forças de mordida 4 vezes maiores que dentaduras.Vários autores se preocuparam em determinar as forças de mordida ao longo dos anos. HOWELL; MANLY12 (1948) encontraram no nível dos molares valores de 45 a 99 kgf e, na região incisal, 14 a 25 kgf. GARNER; KOTWAL7(1973) registraram 19,4 kgf em homens e 15,3 kgf em mulheres. NAKAJIMA et al.15 (1988), em grupo normal, encontraram um valor máximo de 51 kgf. BAKKE et al.3 (1989) em grupo controle encontraram 48 kgf. WALTIMO; KÖNÖNEN16 (1994), relacionando a área periodontal à força de mordida, encontraram 91 kgf na região dos molares e 57 kgf na dos pré-molares. WIDMORK et al.17 (1995) encontraram 36 kgf.

Enquanto alguns autores se preocuparam com a força de mordida, outros se preocuparam com a força de mastigação, ou com ambas ao mesmo tempo. HOWELL; BRUDEVOLD11 (1950) encontraram para a força de mastigação com dentadura um valor médio de 4 kgf e máximo de 7 kgf. Em dentes naturais, ANDERSON1 (1956) registrou 9 kgf para a mastigação e 20 kgf para a mordida. LUNDGREN; LAURELL13 (1986) registraram 10 kgf para a força de mastigação e 32 kgf para a de mordida. Para FIELDS et al.6 (1986) e HAGBERG8 (1987), as forças de mastigação são estimadas em torno de 1/3 das de mordida. WIDMORK et al.17 (1995) encontraram 36 kgf para a mordida e 12,5 para a mastigação.

Embora muitas pesquisas já tenham sido abordadas sobre forças de mordida, pouco se encontrou, especificamente, envolvendo próteses parciais removíveis de classes I, II ou III de Kennedy. Propôs-se estudar o assunto, abordando essas próteses na arcada inferior, e, na superior, a dentição que existisse.

MATERIAL E MÉTODO

Os pacientes eram das clínicas da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP. Foram selecionados pacientes que necessitavam de próteses parciais removíveis (PPR) na arcada inferior. Na arcada antagonista, quando era necessário, os pacientes também recebiam próteses, desde parciais fixas ou removíveis, ou totais.

Foram selecionados 82 pacientes, com idades variando de 26 a 60 anos, do sexo masculino e feminino. Desses, 73 chegaram até o final da pesquisa. Todos gozavam de boa saúde geral e estavam em perfeita harmonia com o sistema estomatognático. As próteses eram confeccionadas pelas técnicas usuais. Em seguida, eram instaladas nos pacientes, aguardando a determinação das forças de mordida. O aparelho usado para a determinação das forças de mordida era um dinamômetro de célula de carga (Kratos, Embu/SP), construído para servir de gnatodinamômetro, pertencente ao Departamento de Materiais Dentários da FOUSP. O aparelho possui registro de "pico", facilitando a leitura da força máxima obtida durante os ensaios. É provido de duas hastes que contêm nas extremidades discos de plástico, sobre os quais é aplicada a força a registrar. Por questões de higiene, as hastes antes dos ensaios de cada paciente eram cobertas com dedos de luvas cirúrgicas. Os pacientes para os ensaios foram colocados em posição ortostática e, antes dos ensaios, eram submetidos a exame clínico minucioso, para verificar se havia correta integração com a prótese.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise estatística dos dados colhidos foi muito complexa, por fugir demais do clássico esquema fatorial paramétrico cruzado. As variáveis envolvidas são muitas e nem sempre havia representantes em número suficiente.

Para contornar o problema, dividiram-se os dados em 5 grupos, em função das condições das arcadas, que podem ser observados na Tabela 1. Dentro de cada grupo escolheram-se condições interdentes, levando-se em consideração a posição dos dentes e a natureza protética nas duas arcadas. As condições só foram consideradas se se conseguissem pelo menos 10 representantes. Quando possível era feito o desdobramento em sexo. Devido à proximidade dos resultados das forças dos dentes naturais e de próteses fixas, ambos foram considerados como semelhantes. As situações permitiram estabelecer 48 condições interdentes, que mostraram alta significância entre elas, pela análise de variância. As médias das 48 condições estão na Tabela 1.

As condições interdentes consistem em:

• a 1a parte, antes do sinal x, refere-se à arcada inferior;

• a 2a parte, após o sinal x, refere-se à arcada antagonista (superior);

• as letras maiúsculas, sem parênteses, representam a região dos dentes (M, molar; P, pré-molar; C, canino; IC, incisivo central);

• as letras entre parênteses significam:

-(A) dente artificial de prótese total;

-(N) dente natural;

-(N/F) dente natural ou elemento de prótese fixa;

-(I) elemento intercalar de classe III;

-(m) masculino;

-(f) feminino.

• os números entre parênteses significam:

-o número antes da barra é a ordem do elemento da PPR, de extremidade livre, após o último elemento suporte;

-o número após a barra significa, a partir da extremidade livre, em direção ao elemento suporte, a ordem onde foi determinada a força de mordida;

• da condição interdente (6, 5, 4, 3/2, 1)Mx(N)M tem-se:

-a determinação foi na sela de extremidade livre inferior, em um dos elementos, a partir do último elemento suporte, 3°, 4°, 5°, 6°;

-a determinação ainda foi a partir da extremidade livre no 1° ou 2° elemento; M significa região dos molares; (N) significa dente natural

A Tabela 1, ao lado das médias e contrastes, apresenta também os coeficientes de variação, que foram bem altos.

Devido aos tamanhos diferentes das amostras, estabeleceram-se

...

Baixar como (para membros premium)  txt (13.7 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com