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HANSENIASE

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Por:   •  18/3/2014  •  Tese  •  1.410 Palavras (6 Páginas)  •  365 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pelo mycrobacterium leprae que atingem a pele os nervos periféricos, é considerada uma das doenças mais antigas do mundo. E caracteriza-se por uma evolução lenta, alta infectividade e baixa patogenicidade, manifestando-se, principalmente, através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, variando em espectro entre dois pólos estáveis tuberculóide e virchowiano, com formas intermediárias instáveis. Se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos. O grau de imunidade determina a manifestação clínica e a evolução da doença. O comprometimento dos nervos periféricos é sua característica principal e lhe confere um grande potencial incapacitante. Essas incapacidades e deformidades podem causar problemas para o portador da doença, como a diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos, pelo preconceito contra a enfermidade.

DESENVOLVIMENTO

A doença de Hansen, ou hanseníase, foi identificada em 1874, pelo médico norueguês Gerhard Armauer Hansen. É uma doença infectocontagiosa com evolução lenta e de baixo poder patogênico, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. O diagnóstico da doença pode ser realizado por baciloscopia, biópsia do nervo e através da reação de Mitsuda, entre outras formas de exames. Indivíduos infectados apresentam sinais e sintomas dermatoneurológicos característicos, que acometem células cutâneas e nervosas periféricas, gerando principalmente lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, podendo provocar incapacidades físicas, muitas vezes com deformidades, sem falar do estigma e preconceito contra os portadores da doença. Após a entrada no organismo, localiza-se principalmente na pele e na célula de Schwann. Reproduz-se por fissão binária e é encontrado nos tecidos humanos como bastonetes retos ou ligeiramente encurvados.

A hanseníase subdivide-se, basicamente, em quatro tipos:

Hanseníase Indeterminada (HI): Considerada como estágio inicial e de transformação da doença, pode ser encontrada em indivíduos que não tem respostas imune definidas contra o bacilo. Hanseníase Turberculóide (HT): Nessa forma já se verifica áreas com lesões sérias, definidas como lesões em placas ou anulares com bordas papulosas e áreas da pele com hipocrômicas. O crescimento centrifugo é de forma lenta, levando a atrofia no interior da lesão, pode apresentar aspectos tricofetóide, com descamação das bordas da lesão. Quando na forma neural é comum o aumento do tronco nervoso e dano neural, que pode atingir os nervos motores, mas há possibilidades de cura. Hanseníase Virchoviana (HV): nessa forma o bacilo, já está em um processo de multiplicação da doença, já se tem a disseminação no exterior do tronco nervoso, dentre outros órgãos, manchas mal definidas discretamente hipocrômicas que se espalham sobre o corpo, a pele normalmente está brilhante, poros dilatados como uma casca de laranja, e sobre essa área, manchas vermelhas. Normalmente a parte frontal da face está comprometida, as áreas quentes do corpo como axilas, linhas médias do dorso e virilhas são poupadas. Há o comprometimento do antebraço, dorso das mãos, existe também a ausência de pelos na face e nas sobrancelhas, perdas sensitivas e motoras que levam a atrofia muscular, além de mucosa em excesso, coriza com pus, perda do olfato e perfuração nasal, nesse caso também existe a possibilidade de cura. Hanseníase Dimorfa (HD): esse tipo de forma clínica tem as mesmas características da HV E HT, há manifestação da doença, seja na pele ou inúmeras lesões sobre o corpo, manchas vermelhas e brancas com bordas ferruginosas, ou violáceas com bordas internas nítidas, é verificado lesões no pescoço, lesões neurais são precoces e leva a incapacidade física, há possibilidade de cura. O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames complementares para confirmação diagnóstica

Diagnóstico e tratamento da hanseníase:

Através destes sinais, sintomas e também exames clínicos é feito o diagnostico do paciente pela equipe de saúde, e em qual tipo ela se enquadra para assim determinar qual será o tratamento. Há um tratamento diferenciado para os 2 tipos: paucibacilares (PB) - casos com até cinco lesões de pele ou apenas um tronco nervoso comprometido e multibacilares (MB) - casos com mais de cinco lesões de pele e/ou mais de um tronco nervoso acometido e com baciloscopia positiva. O tratamento é ambulatorial. Administra-se uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS), conforme a classificação operacional, sendo: Paucibacilares: rifampicina, dapsona; Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina. O uso da Rifampicina pode acarretar efeitos cutâneos, gastrointestinais, hepáticos, hematopoiéticos. A Clofazimina acarreta efeitos cutâneos com ressecamento da pele, ictiose, coloração avermelhada. Alterações gastrointestinais também podem estar presentes, com diminuição da peristalse e dor abdominal, devido ao deposito de cristais de Clofazimina nas submucosas e linfonodos intestinais, resultando na inflamação da porção terminal do intestino delgado. A Dapsona pode apresentar efeitos cutâneos, hepáticos, fenômenos hemolíticos, dentre outros. As drogas utilizadas no tratamento dos episódios reacionais talidomida e corticosteroides necessitam de monitoramento clínico. A equipe de saúde deve estar sempre atenta para a possibilidade de ocorrência de efeitos colaterais dos medicamentos utilizados na PQT e no tratamento dos estados reacionais, devendo realizar imediatamente a conduta adequada. A prevenção de incapacidades se inicia com um cedo diagnóstico, tratamento com PQT, exame dos contatos e BCG, identificação e tratamento adequado das reações e neurites e a orientação de autocuidado, bem como

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