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Infecções Fúngicas no HIV

Por:   •  29/5/2018  •  Artigo  •  494 Palavras (2 Páginas)  •  469 Visualizações

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Infecções fúngicas no HIV / AIDS

Em pacientes com HIV/AIDS com a doença em estágio avançado, os fungos são um dos principais causadores de infecções sistêmicas. Pneumocystis jirovecii é a causa mais comum de infecção respiratória e Cryptococcus neoformans é a causa mais comum de infecção do SNC em pacientes com AIDS em grandes partes do mundo, já o Histoplasma capsulatum e Talaromyces, marneffei são fungos dimórficos termicamente que causam infecções disseminadas. Outros fungos também são preocupantes em pacientes com HIV / AIDS, Candida spp comumente causa infecções mucosas, orais, vaginais e esofágicas, e infecções fúngicas da pele e unhas são as principais causas de morbidade em indivíduos infectados pelo HIV. No entanto, infecções por cândida na mucosa geralmente respondem prontamente ao tratamento antifúngico e terapia antiretroviral.

A pneumonia por Pneumocystis surgiu como uma das principais causas de infecção em pessoas portadoras da doença. Durante períodos de supressão imunológica, como em pacientes com HIV, suas contagens de CD4 são inferiores e o organismo prolifera os fungos com maior rapidez, levando a um risco de vida mais elevado. Estima-se uma média mundial de 400.000 casos por ano,  causando mortalidade de 10% a 30%, dependendo da população, comorbidades e se o diagnóstico é feito precocemente. Embora a incidência tenha sido reduzida pela implementação do tratamento anitrretroviral, a pneumonia por pneumocystis continua a ser um problema em pacientes que não sabem que estão infectados pelo HIV ou que pararam de tomar a medicação. 

T marneffei causa uma micose com risco de morte que afeta principalmente os residentes e viajantes imunocomprometidos no sudeste da Ásia, no sul da China e no nordeste da Índia. Para os pacientes com o HIV o fungo se transformou em uma das principais causas de morte associada ao HIV, perdendo apenas para a tuberculose e a criptococose ou pneumonia.  A talaromicose continua sendo um grande problema em pessoas com infecção pelo HIV não diagnosticada e não tratada. Cada vez mais a talaromicose ocorre fora das regiões endêmicas devido ao aumento da migração e das viagens internacionais e ao aumento do uso de quimioterapia e imunossupressão.

A histoplasmose é causada por Histoplasma capsulatum , um ascomiceto dimórfico termicamente, esse mofo é distribuído mundialmente em solos úmidos e enriquecidos contendo fezes de pássaros ou de morcego. A histoplasmose associada ao HIV é mais difundida do que se pensava e é provavelmente negligenciada, não diagnosticada ou diagnosticada erroneamente como tuberculose. Em áreas endêmicas, a histoplasmose representa a primeira infecção definidora de AIDS em até 50% a 75% dos pacientes com HIV. As taxas de mortalidade variam entre 10% e 60%, dependendo se o diagnóstico é feito por médicos experientes, infraestrutura adequada e acesso a antifúngicos diferentes do fluconazol.

A incidência de infecções fúngicas sistêmicas em pacientes com HIV diminuiu em países de alta renda devido à ampla disponibilidade de medicamentos anti-retrovirais e testes iniciais para a descoberta da doença, mas os fungos continuam a contribuir consideravelmente para a mortalidade relacionada ao HIV / AIDS em todo o mundo.

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