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Influencias Climáticas Na Cunicultura

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Por:   •  3/10/2013  •  1.867 Palavras (8 Páginas)  •  643 Visualizações

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A cunicultura ainda é pouco difundida no Brasil comparando com outras atividades de produção animal. Porém vem apresentando crescimento constante e ótima inserção no mercado devido a qualidade da carne, facilidades de manejo e alimentação, otimização do tempo produtivo (peso de abate 2,5kg aos 75-80 dias de vida), alta capacidade reprodutiva e qualidades e aproveitamento dos sob produtos como pele e esterco.

O coelho é um animal que apresenta grande sensibilidade às condições de meio. O fator ambiental e climático predispõe afecções respiratórias e digestivas, consequentemente queda da produção e qualidade. A produção intensiva de coelhos caracteriza-se por a criação de muitos animais em espaços reduzidos e com reprodução durante todo o ano. O grande desafio esta relacionado com o aumento do lucro com modificações nos sistemas de criação e o bem estar animal em relação com a qualidade de vida e alimentação. Sabemos que o conforto dos animais esta relacionado com maior qualidade de produção e que os indicadores de saúde nos coelhos podem-se observar através do seu aspecto, estado corporal e comportamento. Além disso, o rendimento é um excelente sinal de saúde: libido e fertilidade nos produtores de sémen, fertilidade e produção de leite nas fêmeas, crescimento e homogeneidade nos láparos.

A região nordeste do Brasil apresenta um clima semiárido caracterizado entre outros por temperaturas muito quentes o que se torna muito importante o estudo de medidas adaptativas para amenizar tal problema nesta região. No Brasil há uma variada sazonalidade das estações, sendo importante considerar as diferenças entre as épocas do ano de acordo com cada região a fim de buscar um melhor conforto dos animais.

Ambiente como fator predisponente de afecções respiratórias:

• Excesso de humidade → Ambiente sufocante (A umidade deve oscilar entre 65 a 70 %.10ª

• Falta de Humidade

• Mudanças bruscas de temperatura

• Correntes de ar

O coelho é um dos animais mais sensíveis ao stress, de desequilíbrio etológico, dentre todos os animais domésticos por seu territorialísmo, sua recente domesticação, sua vida em baixa intensidade luminosa, sua facilidade para descargas adrenalínicas, dentre outras. Portanto adequar o meio e o manejo a suas necessidades e seus instintos etológicos são de extrema importância para alcançar sucesso na produção, onde todos os fatores de meio influenciam a vida econômica do animal (elementos físicos do meio ambiente que direta ou indiretamente através das interações).

Nos climas tropicais a temperatura do ar durante todo ano é alta, os coelhos tem maior tolerância às baixas temperaturas do que as elevadas. As instalações devem permitir uma boa ventilação, luz suficiente e temperatura mais próxima da zona de conforto. O coelho possui numero reduzido de glândulas sudoríparas, apresenta dificuldades em perder calor. Quase todos os sistemas de criação impõem restrições e algumas delas podem causar um grau inaceitável de desconforto ou sofrimento, impedindo que os animais satisfaçam as suas necessidades básicas:

- conforto e abrigo;

- acesso fácil à água doce e a uma dieta para manter os animais em plena saúde e vigor;

- liberdade de circulação;

- a companhia de outros animais da mesma espécie;

- a oportunidade de exercer a maioria dos padrões normais de comportamento;

- luz durante as horas de luz, iluminação prontamente disponíveis para permitir que os animais possam ser inspecionados em qualquer momento;

- pavimentos que não prejudiquem os animais, nem provoquem tensões desnecessárias;

- a prevenção, diagnóstico e tratamento rápidos das lesões, doenças e infestações parasitárias;

- o impedimento da mutilação desnecessária.

Segundo o decreto-lei nº 64/2000de 22 de Abril que transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva nº 98/58/CE, do Conselho, de 20 de Julho, estabelecendo as normas mínimas de proteção dos animais nas explorações pecuárias:

- A liberdade de movimentos própria dos animais, tendo em conta a espécie e de acordo com a experiência prática e os conhecimentos científicos, não será restringida de forma a causar-lhes lesões ou sofrimentos desnecessários e, nomeadamente, deve permitir que os animais se levantem, deitem e virem sem quaisquer dificuldades.

- Quando os animais estejam permanente ou habitualmente presos ou amarrados, deverão dispor do espaço adequado às necessidades fisiológicas e etológicas, de acordo com a experiência prática e os conhecimentos científicos.

- Os materiais utilizados na construção de alojamentos, em especial dos compartimentos e equipamentos com que os animais possam estar em contato, não devem causar danos e devem poder ser limpos e desinfetados a fundo.

- Os alojamentos e os dispositivos necessários para prender os animais devem ser construídos e mantidos de modo que não existam arestas nem saliências afiadas susceptíveis de provocar ferimentos aos animais.

- O isolamento, o aquecimento e a ventilação dos edifícios devem assegurar que a circulação do ar, o teor de poeiras, a temperatura, a humidade relativa do ar e as concentrações de gases se mantenham dentro dos limites que não sejam prejudiciais aos animais.(MALS,2008)

Animais postos no solo, comparando com outros em gaiolas, têm maior mortalidade, pior conversão alimentar com aumento do consumo de ração e menor crescimento diário, e efeitos negativos da radiação solar incidente direta. A criação dos animais em instalações gaiolas ao ar livre propicia condições de vida semelhantes àqueles criados nas instalações convencionais, refletindo no seu estado de saúde e no seu desempenho. Tais instalações são alternativas para baixar os custos de produção principalmente para pequenos produtores. As construções, as instalações e equipamentos devem ser de fácil limpeza e desinfecção, lembrando sempre que se devem levar em consideração quais são os climas a que as instalações serão submetidas.

O coelho tem um sistema termorregulador no hipotálamo que atua em face de um calor excessivo, acelerando os movimentos respiratórios, evaporando água através da superfície pulmonar. Outro mecanismo é a vasodilatação cutânea, que aumento contato do sangue com a superfície

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