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Mineralização Dos Dentes

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Por:   •  21/11/2014  •  2.254 Palavras (10 Páginas)  •  604 Visualizações

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NIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS

ODONTOLOGIA

Tais Alves Silva

RA

Professora: Luciana Alves

BIOQUÍMICA II

Metabolismo do meio bucal

BARRETOS

2014

1-Introdução

O meio bucal diferente das outras microbiotas do corpo humano abriga várias microbiotas. A boca não é um sitio ecológico único, mas apresentam vários sítios ecológicos, cada qual com características ambientais próprias e, consequentemente, cada qual com a sua microbiota peculiar. Analisada como um todo a microbiota bucal é amais complexa de todo o nosso corpo: só de bactérias existem mais de 30 gêneros diferentes, abrangendo mais de 500 espécies diferentes. com diferenças marcantes em suas composições qualitativas e quantitativas.

A microbiota da cavidade oral é colonizada por cerca de 400 a 500 diferentes tipos de micro-organismos distribuídos no epitélio bucal, dorso da língua, superfície dental e epitélio do sulco gengival. Entre os micro-organismos, podem ser encontrados aeróbios, anaeróbios, facultativos e microaerofílicos. Os mais comuns são o S. mutans, C. albicans, S. aureus, P. gengivalis, entre outros, que são potentes patógenos orais, quando o equilíbrio desse ecossistema é alterado.

2- Discussão

Aderência ou Adesão de Bactérias

Aderência significa à fixação ativa de uma bactéria, com recursos próprios, a uma determinada superfície, que pode ser qualquer estrutura orgânica ou inorgânica, inclusive a superfície de outra bactéria. Portanto, existem dois tipos de aderência que permitem que uma bactéria inicie - Aderência ou Adesão de Bactérias.

Patologias Bucais

Cárie Dental ;Infecções Periodontais e Periapicais; Biofilme;Halitose; Xerostomia;

Doenças Sistêmicas

Amidalites; Frequentes; Pneumonias; Gastrite; Ataque; Cardíaco; Artrite Reacional; Nati mortos;

Saliva

Sendo um fluido que banha constantemente a nossa boca, a saliva pode ser considerada a maior responsável pela regulação da microbiota supragengival. Para a microbiota, a saliva é uma “faca de dois gumes”. De um lado, além de oferecer excelentes condições ambientais para as bactérias (temperatura, pH, umidade etc.), a saliva é um excelente “sopão” nutritivo, principalmente por conter todos os nutrientes derivados da dieta do hospedeiro que nela se encontram solubilizados. Na saliva, à disposição da microbiota supragengival, existem muitas proteínas e aminoácidos (glicoproteínas, albumina, globulinas; ácidos aspártico e glutâmico, leucina, glicina, cistina etc.), muitos carboidratos (cadeia sacarídica do ácido siálico, glicose, galactose, manose etc.), vários lipídios (triglicerídios, fosfolipídios e colesterol), várias vitaminas e vários compostos inorgânicos (íons Ca, PO, Na, K, HCO3 etc.) necessários para o metabolismo bacteriano.

Mas, por outro lado, na saliva, existem vários mecanismos que limitam o desenvolvimento microbiano, principalmente substâncias antimicrobianas, alterações prolongadas de pH e ação mecânica de lavagem (fluxo salivar).

Substâncias antimicrobianas

Desde a Antiguidade, o homem já usava sua saliva para o tratamento de lesões microbianas como herpes, úlceras infectadas, terçóis, varíola, hanseníase etc. Hoje, sabemos que a saliva tem uma relativa atividade antimicrobiana atribuída a algumas substâncias nela presentes: a) Anticorpos, principalmente da classe IgA- S, que, além de participarem da destruição microbiana, ainda aglutinam microrganismos, impedindo sua aderência aos tecidos e facilitando sua deglutição. b) Lisozima: enzima descoberta por Fleming (1922), encontra-se amplamente distribuída nos leucócitos, em todas as secreções humanas e na pele. Sua concentração na saliva parotidiana é semelhante à no sangue, mas é muito menor do que na lágrima (1/300) e no muco nasal (1/45). A lisozima tem efeito bactericida porque hidrolisa o peptidoglicano, importante componente da parede celular, fazendo com que a bactéria, principalmente a Gram-positiva, fique muito sensível a alterações osmóticas e seja lisada.

c) Lactoferrina: liga íons ferro, reduzindo a concentração necessária para o desenvolvimento bacteriano; é bactericida para S. mutans mesmo em concentrações diminutas.

d) Lactoperoxidase: reage com peróxido de hidrogênio íons tiocianato (SCN) formando hipotiocianato (OSCN-), que reage com grupos sulfidrila de enzimas bacterianas, inativando essas enzimas e levando à morte das bactérias.

Alterações prolongadas de pH

Em condições normais, a saliva tem um pH (logaritmo negativo da concentração de íons H+) em torno de 6,0 a 7,0, fisiológico tanto para o hospedeiro como para as bactérias. Esse pH é mantido pelos tampões salivares, prin- dade tamponante da saliva; os outros 15% são garantidos por alguns outros sais como fosfatos, por proteínas e por aminoácidos. As células glandulares em repouso produzem pequenas quantidades de bicarbonato, mas essa produção aumenta bastante quando as glândulas são estimuladas. Assim, durante as refeições, a capacidade tampão atinge o auge e, entre as refeições, o mínimo. Consequentemente, a capacidade tampão da saliva é diretamente proporcional à quantidade de fluxo salivar.

O mecanismo mais bem conhecido de tamponamento se exerce sobre os ácidos. O pH bucal pode ser alterado principalmente: a) pelo pH de substâncias introduzidas na boca, levando a alterações transitórias; por exemplo, quando ingerimos refrigerantes ou frutas ácidas e seus sucos, o pH cai para em torno de 3,0. b) pela produção de ácidos (íons H+) resultantes da fermentação bacteriana de carboidratos.

O aumento da concentração de ions H+ (ácidos ionizados) é o responsável pelo declínio do pH e os tampões servem para contrabalançar essa alteração e estabilizar novamente o pH.

Quando o pH da saliva se torna ácido, o íon HCO3– associa-se com um íon H+ livre, pela ação da enzima anidrase carbônica, formando ácido carbônico (H2CO3) e parte desse ácido carbônico se dissocia em H2O + CO2. Assim, o íon H+ fica aprisionado na molécula de

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