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Monitorização e Recuperação Pós Anestésica

Por:   •  5/10/2020  •  Seminário  •  1.822 Palavras (8 Páginas)  •  141 Visualizações

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MONITORIZAÇÃO

Todos os pacientes que serão submetidos a qualquer procedimento anestésico-cirúrgico, de baixa ou alta complexidade, devem ser obrigatoriamente monitorizados, a fim de proporcionar a constante avaliação dos sinais vitais do paciente durante todo o procedimento até a sua recuperação e alta para o quarto. A monitorização deve ser iniciada antes da indução anestésica.

A monitoração dos pacientes durante a anestesia começa com um anestesiologista atento na inspeção visual da expansão do tórax, na coloração do paciente para estimar a oxigenação e palpação de pulsos para estimar a frequência cardíaca e a pressão sanguínea. Embora a tecnologia tenha melhorado a capacidade do anestesiologista de monitorar e tratar os pacientes durante a anestesia e cirurgia, um profisisonal atento e com boas habilidades na tomada de decisão clínica ainda é necessário.

Existe a monitorização básica, mínima e obrigatória e as mais complexas e específicas para cada tipo de procedimento. Podemos dividir a monitorização anestésica em dois grupos principais: monitorização não invasiva e monitorização invasiva.

Métodos Não Invasivos

Oxigenação: Em uma anestesia geral é assegurada pelo respirador do aparelho de anestesia. A concentração de O2 é analisada pelo próprio aparelho (FiO2). Na anestesia regional ou sedação com suplemento de O2 por uma cânula nasal ou máscara facial, o fluxo é regulado pelo fluxômetro de parede ou do cilindro de gás. Depois de assegurar a entrega adequada de oxigênio para o paciente no circuito respiratório, a oxigenação sanguínea do paciente deve ser monitorada qualitativamente, na maioria das vezes por meio da coloração da pele ou das suas membranas mucosas, e quantitativamente por meio de um oxímetro de pulso.

Fornece medidas contínuas da saturação de hemoglobina pelo oxigênio no sangue arterial pela análise de espectofotometria (luz) e pletismografia (ondas).

Algumas situações podem interferir na leitura do aparelho e no consequente erro na avaliação da oxigenação, tais como: hipóxia, redução da perfusão da extremidade, anemia, meta-hemoglobina, carboxiemoglobina e luz do ambiente excessiva.

VENTILAÇÃO (atentar)

Capnografia

Mandatório para qualquer procedimento sob anestesia geral e controle mecânico respiratório, sendo sua não utilização fora do padrão das normas de segurança anestésica. A capnografia mede, através de curvas, a pressão parcial de CO2 expirado.

Circulação

Eletrocardiografia

Básica e obrigatória durante qualquer procedimento, independente de idade ou doença de base e tem como objetivo avaliar a atividade cardíaca, presença de arritmias, processos isquêmicos, alterações eletrolíticas e função do marca-passo.

Derivação clássica DII para avaliar ritmo sinusal e arritmias. V4 e V5 para diagnóstico de isquemia. A combinação de DII, V4 e V5 é a melhor para diagnóstico de eventos isquêmicos durante o procedimento.

Complicações: Interferência com outros aparelhos elétricos.

Pressão Arterial Não Invasiva

Básica e obrigatória em qualquer procedimento. É imprescindível para avaliação do débito cardíaco e resistência vascular sistêmica, sendo PA = DCXRVS. A pressão sistólica reflete a contração de VE e a diastólica, perfusão de VE sendo PAM = (PAs+2PAd)/3.

Complicações: Lesões nervosas pela insuflação constante do manguito e aferições falsas devido ao tamanho inadequado do manguito. Evitar o lado de punções venosas e fístula arteriovenosas

TEMPERATURA

A anestesia prejudica a capacidade do corpo de manter a temperatura corporal normal. A hipotermia, além de ser um evento comum, está associada a eventos adversos já a ocorrência de hipertermia pode alertar o anestesiologista sobre a presença de complicações que são raras mas graves, como a hipertermia maligna, sepse, tempestade tireóidea ou síndrome neuroléptica maligna.

Na HM, anestesicos provoca uma brutal saída de Ca++ do retículo para o citoplasma resultando em contração muscular incessante que aumenta o metabolismo (calor e hipertermia), a rigidez muscular mantida e distúrbios metabólicos.

Débito urinário

A produção adequada de urina pode ser usada como um marcador substituto para a perfusão adequada do resto do corpo. Portanto, durante uma cirurgia de grande porte, ou mesmo durante uma cirurgia menor, mas de longa duração, uma sonda vesical (Foley) é muitas vezes inserida para medir o débito urinário.

A produção urinária de 0,5 mg/kg/h é um sinal de perfusão corporal adequada, embora a significância de um débito urinário abaixo desse limiar tenha sido questionada. É importante ficar atento ao débito urinário, uma oliguria ou anuria intraoperatoria deve ser levada à sério e investigada.

Monitorização do Índice Biespectral (BIS)

Método mais utilizado para avaliação do efeito hipnótico dos anestésicos sob o sistema nervoso central (SNC). Sua ação se dá pelo processamento das ondas cerebrais transformando-as em números, numa escala de variação de 0-100.

Não avalia a analgesia, tampouco permite prever a ocorrência de reflexos espinhais ao estímulo nociceptivo.

Vantagens: Diminuição do consumo de anestésicos e tempo de recuperação, diminuição de Recall.

Algumas condições clínicas interferem na monitorização tais como: hipoglicemia, parada cardíaca por hipovolemia, isquemia cerebral e hipotermia

Monitores hemodinâmicos avançados

Dependendo do paciente ou dos fatores cirúrgicos, pode ser necessário um monitoramento avançado para fornecer um cuidado anestésico seguro e eficaz. A maioria desses monitores avançados visa ao fornecimento de medidas hemodinâmicas, incluindo a pressão arterial, o débito cardíaco e o volume sanguíneo. Muitos desses monitores são considerados “invasivos” e empregam um cateter que deve ser posicionado dentro de um vaso sanguíneo que, por meio de um extensor preenchido com líquido, conecta-se a um transdutor eletromecânico, que produzirá uma forma de onda.

Pressão

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