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O sistema reprodutivo dos homens

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Por:   •  5/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  6.141 Palavras (25 Páginas)  •  292 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O espermatozoide maduro é uma célula ativamente móvel, que nada livremente, formada por uma cabeça e uma cauda. O colo do espermatozoide é a junção entre a cabeça e a cauda. A cabeça forma a maior parte do espermatozoide e contém núcleo haploide. Os dois terços anteriores do núcleo são cobertos pelo acrossoma, uma organela sacular em forma de capuz contendo várias enzimas, que quando liberadas facilitam a penetração do espermatozoide no ovócito.

Muitos genes e fatores moleculares estão implicados na espermatogênese normal, o cromossomo Y é essencial porque microdeleções resultam em uma espermatogênese alterada e em infertilidade. Encontramos os espermatozoides no sêmen, fluído orgânico secretado pelas glândulas sexuais como a glândula bulbouretral e outros órgãos sexuais como a vesícula seminal e a próstata. Cada fluído possui funções específicas como o líquido seminal rico em frutose e ácido cítrico fundamentais para a nutrição dos espermatozoides, o fluído leitoso da próstata a qual possui cálcio, íon citrato, íon fosfato, profibrinolisina e enzima de coagulação responsável pelo pH alcalino que neutraliza outros líquidos do sêmen e o líquido bulbouretral que facilita a penetração devido ao seu poder lubrificante.

Devido à complexidade das características dessa célula, foram desenvolvidas ao longo do tempo técnicas de avaliação e análise espermática, onde algumas destas serão retratadas neste trabalho.

O Espermograma é o exame de rotina na pesquisa de todos os casos de infertilidade conjugal. O fator masculino está envolvido em 50% dos casos de infertilidade conjugal, por isso, uma avaliação inicial minuciosa deve ser realizada, no intuito de que doenças potencialmente curáveis possam ser diagnosticadas e tratadas adequadamente. É essencial na investigação do homem infértil um histórico detalhado e um exame físico minucioso.

O sêmen é colhido por masturbação, após período de abstinência sexual de dois a três dias. Se a abstinência sexual for superior a 5 dias, aumenta o número de formas imaturas, o número de espermatozoides mortos e o volume do sêmen. Se a abstinência sexual for inferior a 2 dias, diminui o volume do sêmen e o número de espermatozoides. Preservativos não devem ser usados na coleta, pois podem interferir com a viabilidade dos espermatozoides. Quando houver dosagem de frutose no sêmen, o paciente deve fazer um jejum alimentar de 12 horas.

Devido às variações fisiológicas que ocorrem principalmente na emissão do sêmen, as conclusões devem ser baseadas em um mínimo de duas amostras. As condições fisiológicas normais orientam a coleta com intervalo de três meses, mas na prática é realizada a intervalo de 15 dias. A análise seminal não permite conclusão direta sobre a fertilidade do paciente, que depende de características do espermatozoide não identificáveis por meio desse exame. Entretanto, o exame pode evidenciar o potencial de reprodução do indivíduo.

O sêmen também possui outras células além dos espermatozoides, tais como as células epiteliais poligonais do trato uretral, células espermatogênicas, leucócitos e hemácias. A concentração destas células na amostra pode ser estimada na câmara de Makler, por ocasião da contagem dos espermatozoides. Nos casos em que a amostra de sêmen apresentar uma concentração de leucócitos superior a 1 x 106 por ml, deve-se avaliar a possibilidade de o paciente possuir qualquer infecção nas glândulas sexuais acessórias. Em seguida, afastar a presença de protozoários (Trichomonas vaginalis) ou fungos (Candida albicans).

Por razões de padronização e para que resultados obtidos em locais diferentes sejam comparáveis e confiáveis, os testes que envolvem sêmen devem ser realizados de acordo com diretrizes, como as estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta análise deve ser realizada com cuidado, pois pode fornecer dados sobre a espermatogênese e a permeabilidade do trato reprodutivo masculino.

2. Sistema Reprodutor Masculino

a. Fisiologia do Sistema Reprodutor Masculino

Antes, durante e logo após o ato sexual, considerável aporte sangüíneo é desviado para o pênis. E o pênis ao receber tal aporte saingüíneo difunde-o nos corpos cavernosos, gerando ereção do órgão. O sistema genital masculino é formado por testículo, epidídimo, ducto deferente, próstata, vesículas seminais, ducto ejaculatório, glândulas bulbo uretrais e uretra (contida no pênis). Os testículos contêm dois tipos de células: as células de Sertoli, que revestem os túbulos seminíferos (o local da espermatogênese) e as células de Leydig ( o local da síntese de androgênios). No hoeme, a hipófise secreta os hormônios luteinizante (LH) e o folículo-estimulante (FSH) que atuam sobre os testículos. O primeiro (LH) estimula a síntese e a secreção de testosterona pelas células de Leydig, e o outro (FSH) estimula as células de Sertoli a secretarem inibina e a fagocitar os restos citoplasmáticos advindos do processo de citomorfose das espermátides (espermiogênese). O FSH e a testosterona atuam sobre os túbulos seminíferos e estimulam a espermatogênese. Em seres humanos, a transformação das células germinativas espermatogônias em espermatozóides maduros leva cerca de 75 dias. As espermatogônias sofrem divisão mitótica, dando origem a espermatócitos. Em seguida, esses espermatócitos sofrem meiose para produzir espermátides, que contêm 23 (e não 46) cromossomos. Com o amadurecimento, as espermátides tornam-se espermatozóides, que entram no epidídimo, onde continuam a amadurecer, ganhando motilidade progressiva durante os 12 a 21 dias necessários para atravessar essa estrutura tortuosa. Durante a ejaculação, espermatozóides maduros são liberados do ducto deferente com o líquido produzido pela próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais. O sêmen liberado é uma mistura gelatinosa de espermatozóides e plasma seminal.

b. Testículos e Epidídimo

Os testículos são as gônadas masculinas – pares de glândulas reprodutivas masculinas, ovóides, que produzem células germinativas masculinas (espermatozóides) e hormônios masculinos, principalmente a testosterona. Os testículos estão suspensos no escroto pelo funículo espermático, e o testículo esquerdo geralmente localiza-se em posição mais baixa do que o direito. Os testículos possuem uma superfície externa fibrosa e resistente, a túnica albugínea, que se espessa em uma crista sobre sua face interna, posterior, como o mediastino do testículo. A partir desta estria interna, septos fibrosos estendem-se internamente

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