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Odontologia Cirurgia Avançada Osteoma

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Por:   •  23/2/2014  •  6.514 Palavras (27 Páginas)  •  813 Visualizações

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OSTEOMAS

SUMÁRIO

1 INTRODUÇAO 9

2 PROPOSIÇAO 11

3 REVISAO DA LITERATURA.. 12

4 DISCUSSAO 28

5 CONCLUSAO 32

REFERENCIAS 33

ANEXO A: Osteoma em base de mandíbula 35

ANEXO B: Tomografia diferencial de osteoma 37

1 INTRODUÇÃO

Os Osteomas são tumores benignos, caracteristicamente compostos de osso maduro, compacto ou medular. São essencialmente restritos ao esqueleto crânio-facial, apresentando predileção pela mandíbula e raramente diagnosticados em outros ossos. O osteoma é considerado um tumor de rara ocorrência e, por esse motivo, existe uma dificuldade em se determinar sua prevalência.O tumor cresce de forma lenta e assintomática, localizado comumente no endósteo ou no periósteo. Em muitas partes do corpo não é difícil estabelecer o diagnóstico indiscutível de osteoma, porém nos maxilares, nem sempre é possível diferenciar uma massa óssea produzida pela irritação ou inflamação, daquela de natureza neoplásica verdadeira, uma vez que várias lesões podem adquirir aspectos semelhantes tanto do ponto de vista radiográfico quanto histopatológico. Os osteomas podem ser classificados em quatro tipos, segundo Mahiques (2007):

a) Clássico ou Central: ossos de ossificação membranosa: ocorrendo mais freqüentemente no crânio, seios nasais e mandíbula;

b) Periosteal: exostoses ou hiperostoses pós-traumáticas: ocorrendo mais frequentemente em ossos largos;

c) Medular: ilhas ósseas: ocorrendo mais freqüentemente no terço médio da tíbia e do fêmur;

d) Múltiplos: quando associadas à Síndrome de Gardner.

Em sua grande maioria os osteomas são circunscritos e isolados, mas alguns deles podem estar incluídos nos arredores ósseos e raramente apresentam uma cápsula bem definida, o que poderia ser forte indicativo de crescimento neoplásico verdadeiro. Quando temos um tumor constituído por osso compacto, circunscrito, coberto por mucosa ou pele normal é chamado de osteoma periosteal. Quando observada a presença de osteomas múltiplos, devemos fazer uma investigação sobre a Síndrome de Gardner. Alguns autores relatam casos de osteomas localizados em tecido mole, principalmente língua. O que seria explicado pelo fato de células mesenquimais guardarem potencialidade de diferenciação em células formadoras de tecido ósseo. Normalmente são assintomáticos salvo quando exercem ação mecânica sobre estruturas vizinhas, formam uma grande massa óssea visível e palpável, nesta situação, onde houver sintomatologia dolorosa, o tratamento deve ser a excisão cirúrgica.

2 PROPOSIÇÃO

O objetivo deste trabalho é realizar revisão da literatura sobre o diagnóstico clínico, radiográfico e histológico e tratamento dos osteomas ou neoplasias ósseas.

3 REVISÃO DE LITERATURA

Em 1950, enquanto estudava os aspectos genéticos da polipose intestinal, Gardner et al, reconheceram uma síndrome de múltiplos osteomas craniofaciais, cistos epidermóides da pele e múltiplos pólipos intestinais. Também podem ser encontrados fibromas, fibrossarcomas, lipomas, leiomiomas e odontomas. As manifestações sistêmicas são: manifestações gastrointestinais, em pele, e região facial e oral. A descoberta de osteomas múltiplos, particularmente nos ossos faciais, cistos epidermóides e múltiplos pólipos intestinais em um indivíduo devem conduzir a uma investigação nos familiares para a mesma doença, especialmente para o envolvimento intestinal. Os pólipos intestinais podem ser encontrados antes da puberdade, mas a maioria é vista em pacientes com 30 a 40 anos. Contudo há um grande potencial de degeneração maligna desses pólipos ao redor dos 50 anos de idade. A Síndrome de Gardner é citada por vários autores, como Kragh (1970), que estudaram diagnósticos diferencias de Osteomas.

Segundo Kragh (1970), o osteoma é um crescimento osteogênico benigno formado por osso maduro. Pode ocorrer interiormente nos ossos ou pode ser periférico. O tumor pode ser extremamente parecido com a cortical óssea (Osteoma Compacto) ou isolado com trabeculado ou osso esponjoso (Osteoma Esponjoso). Clinicamente nos maxilares, o osteoma ocorre como uma massa óssea circunscrita e dura ou ainda como uma massa densa de crescimento interno. Seu crescimento é muito lento e assintomático, podendo levar a uma assimetria facial. Se for localizado em regiões de contato com próteses, podem ocorrer ulcerações nesse contato. Se os osteomas estiverem localizados na região de côndilo ou processo coronóide, podem ocorrer limitações na abertura de boca. Podem ocorrer em todas as idades, mas são mais freqüentes em adultos acima de 40 anos. Ocorrem com maior incidência na mandíbula do que na maxila. Radiograficamente o osteoma periférico aparece como um crescimento denso e radiopaco saindo do osso cortical. Já as lesões centrais aparecem bem circunscritas com aparência mais radiopacas ao redor do que em seu conteúdo. Microscopicamente consiste de trabéculas de osso lamelar maduro com gordura ou fibras. No diagnóstico diferencial, onde muitos autores expressam dúvidas sobre a existência de uma entidade única na qual a descrição de osteoma possa ser aplicada, devem ser incluídos os Osteocondromas, Exostoses Traumáticas e Escleroses Inflamatórias. A presença de múltiplos osteomas é descrita como suspeita da Síndrome de Gardner.

Segundo Spujut et al. (1970), osteoma é uma neoplasia benigna que pode ter uma localização endosteal ou periosteal e ser constituída por osso esponjoso ou compacto. Quando o osteoma é periosteal temos um tumor duro, circunscrito, coberto por mucosa ou pele normal. Nos maxilares é importante distinguir a exostose, hiperplasia com metaplasia óssea, e o osteoma. As duas primeiras lesões são bastante frequentes de observar, e são associadas à irritação ou trauma. O osteoma pode ocorrer isoladamente ou associado à Síndrome de Gardner, na qual há osteomas múltiplos e outras anomalias, como múltiplos pólipos intestinais que podem malignizar. Encontrar um osteoma solitário em rebordo inferior é muito raro. Mais

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