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Penicilina

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Por:   •  4/11/2013  •  1.948 Palavras (8 Páginas)  •  572 Visualizações

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2 AGENTES TERATOGÊNICOS

Os agentes teratogênicos podem ser quaisquer substâncias, seja de origem biológica, química ou física, que estando presente durante a vida intrauterina, produz alteração na estrutura morfológica ou intelectual da prole. O aparecimento de anomalias genéticas vai ter interferências de acordo com o tempo de exposição ao agente teratogênico, seu potencial de teratogenicidade e da dose exposta. Podendo levar a consequências tais como: aborto, prematuridade, malformações, distúrbios do comportamento e aprendizado, e até alteração no crescimento do bebê.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o maior risco teratológico se encontra na fase de embriogênise, quando ocorre a diferenciação tecidual e a organogênise.

Os distúrbios que podem ocorrer no concepto são verificados desde a ação da droga nos gametas (óvulo e espermatozoide), até alterações nas secreções genitais, modificações moleculares e influência sobre a nidação e parturição.

2.1 AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TERATOGÊNICO

A avaliação do seu potencial teratogênico de uma droga, se da por estudos epidemiológicas, como no caso talidomida, e por ensaios em animais. Toda droga com destino ao uso humano deverá ser analisada em animais prenhes, para observação de seus efeitos farmacológicos sobre o organismo materno e do concepto. O FDA (Food and Drug Administration) recomenda testes em mamíferos, realizados em roedores e não-roedores, um desses animais pode ser o porco, por causa de sua estrutura e tamanho de sua placenta, alta fertilidade e suscetibilidade às drogas. O FDA realça a importância de se fazer os cruzamentos das famílias F1 à F3 antes de assegurar a inocuidade da droga.

Durante muitos anos de pesquisas muitas drogas foram comprovadamente teratogênicas, como por exemplo, a talidomida, a aminopterina, o metotrexato, o valproato, a quinina, o dietilestilbestrol. Outras drogas são consideradas potencialmente teratogênicas, tendo sido comprovadas dirformogenias em animais, como por exemplo, barbitúricos, aspirina, dexanfetamina, nicotina, heroína, reserpina, hidrocortisona.

2.1 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Os fármacos são classificados de acordo com o risco gestacional (A, B, C, D, X) expressando o nível de risco que os fármacos representam para o feto.

Categoria A: estudos controlados em mulheres não demonstraram risco ao feto no primeiro trimestre e a possibilidade de prejuízo ao feto parece remota.

Categoria B: os estudos em reprodução animal não demonstraram risco fetal, embora não haja estudos controlados em mulheres grávidas, ou os estudos em reprodução animal demonstraram efeito adverso que não foi confirmado em estudos controlados em mulheres no primeiro trimestre, e não há evidência de risco nos demais trimestres.

Categoria C: os estudos em animais revelaram efeitos adversos sobre o feto, e não há estudos controlados em mulheres. Os fármacos devem ser empregados somente se o benefício potencial justificar o risco potencial ao feto.

Categoria D: há evidência positiva de risco sobre feto humano, mas os benefícios do uso em mulheres gestantes podem ser aceitáveis a despeito do risco (ex.: se o fármaco é necessário em uma situação de ameaça à vida ou para uma doença grave para a qual fármacos mais seguros não possam ser usados ou sejam ineficazes).

Categoria X: estudos em animais ou humanos demonstraram anormalidades fetais ou há evidência de risco fetal baseado em experiência humana, ou ambos, e o risco de uso do fármaco em mulheres gestantes excede claramente qualquer possível benefício. O fármaco é contraindicado em gestantes ou mulheres que possam engravidar no decorrer do tratamento.

3 FÁRMACOS QUE APRESENTAM RISCO À GRAVIDEZ

O conhecimento dos efeitos das drogas ainda é incompleto, os dados da literatura variam amplamente de acordo com a extensão dos estudos clínicos e em animais de experimentação. Estes são alguns exemplos de drogas que podem lesar o feto: isotretinoína, anticonvulsivantes (hidantoína), estrógenos (dietilestilbestrol), sais de lítio, anticoagulantes cumarínicos (varfarina), tetraciclinas. A lista desses fármacos é imensa, e será sempre atualizada de acordo com novos estudos.

3.1 ISOTRETINOÍNA

A isotretinoína é contraindicada para todas as mulheres em fase fértil, a não ser que se assegure a contracepção eficaz. A isotretinoína (Roacutan), é um teratógeno comprovado em animais e pacientes humanos. Parece que a droga impede a migração do tecido neural nos estágios precoces de desenvolvimento. Ela é utilizada na quimioterapia antineoplásica e em certas dermatoses (acne).

Suas reações adversas incluem, no segundo mês é muito alto o risco de abortamento e malformações congênitas: ausência ou malformações das orelhas, defeitos cardíacos graves, malformações no SNC, hidrocefalia e microcefalia.

3.1.1 Interações medicamentosas

O uso concomitante de isotretinoína e vitamina A deve ser evitado, pois os sintomas de hipervitaminose A podem ser intensificados. Raros casos de hipertensão intracraniana benigna, pseudotumor cerebral, têm sido relatados, alguns deles envolvendo o uso concomitante de tetraciclinas e derivados. Portanto, tratamento concomitante com tetraciclina deve ser evitado. Microdoses de progesterona é um método contraceptivo inadequado durante o tratamento com Isotretinoína. A terapia combinada com carbamazepina e Isotretinoína pode resultar em redução na concentração plasmática de carbamazepina, sendo recomendada a monitorização dos níveis séricos de carbamazepina, durante o tratamento com Isotretinoína.

3.2 ANTICONVULSIVANTES

Em mulheres grávidas é motivo de muito estudo. As pesquisas epidemiológicas são de difícil extrapolação, pois as crianças afetadas variam de 0% a mais de 30%. A síndrome provocada pelos anticonvulsivantes tais como a hidantoína, é semelhante a síndrome alcoólica fetal. Determinados defeitos parecem ocorrer com frequência duas vezes maiores em filhos de pacientes epilépticas tratadas do que em filhos de mães epilépticas não tratadas.

O ácido valproico foi associados a defeitos do tubo neural, especialmente espinha bífida. De acordo com especialistas os anticonvulsivantes devem ser mantidos quando necessários, apesar do risco de malformações, as mães devem ser avisadas dos riscos, mas há probabilidade de que a criança nasça normal, em alguns casos é indicado a interrupção do tratamento.

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