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Período pré-profissional de enfermagem

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Por:   •  12/10/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.675 Palavras (7 Páginas)  •  2.299 Visualizações

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Introdução

Inúmeros são os estudos que procuram resgatar a história da Enfermagem, assim como sua evolução.

Remetendo-nos ao período pré profissional, deparamos com uma profissão tão antiga quanto à humanidade, pois o ato de cuidar é inerente à própria condição de sobrevivência humana; e que antes de ser institucionalizada, era exercida por leigos, os quais prestavam assistência aos pacientes, baseados em conhecimentos adquiridos no dia-a-dia, em crenças religiosas e em sua cultura.

Em meados do século XIII, a Enfermagem começa a ser exercida nos hospitais da época, em uma situação de precariedade, porém pautada, por religiosos, na filosofia de amor ao próximo. Tal concepção permanece ainda por muitos séculos, e o foco deixa de ser o doente ou a sua doença, mas a situação crítica de alguém que corre risco de vida e que precisa ser assistido com cuidados materiais e espirituais.

Nesse contexto surge a enfermeira Florence Nightingale, figura expressiva que entendia e exercia o verdadeiro cuidar, em todo seu sentido.

Percebe-se então a necessidade de uma prática profissional que abordasse o ser humano de forma holística, humanizada, pautada em conhecimentos científicos e técnicos. Aliado à todos esses conceitos, o exemplo de atuação dado por Florence, leva ao surgimento da Enfermagem Moderna.

Devido às teorias que norteiam o exercício da Enfermagem e à Sistematização / Padronização de procedimentos, hoje o profissional pode atuar com mais segurança, autonomia e, propiciar um melhor atendimento ao seu cliente.

Porém, há muito que ser revisto, já que a Enfermagem é uma profissão muito complexa e dinâmica; e o seu principal protagonista é simplesmente o ser humano.

O período pré-profissional da Enfermagem

Essa transição do exercício profissional surge da necessidade de padronizar e propiciar um atendimento baseado em conhecimentos técnico-científicos e de aspecto humanitário.

Observamos que no início do século XI, o processo de cuidar era destinado à pessoas que possuíam algumas habilidades e conhecimentos, principalmente sobre o preparo de remédios ou medicamentos “caseiros”. Sacerdotes, feiticeiros, curandeiros e mulheres em geral, prestavam esses cuidados. Na Roma antiga, a Enfermagem assim como a Medicina, era indigna de seus cidadãos, que eram treinados para serem fortes guerreiros. Assim sendo, era exercida por estrangeiros e escravos. Na Idade Média, entre os séculos XI e XII, os cuidados aos doentes passaram para as mãos dos religiosos. Quase sempre era a mulher a prestadora de cuidados aos doentes da época, portanto o trabalho de Enfermagem estava em sua origem, diretamente associado ao trabalho feminino, por sua vez, pouco valorizado.

No século XIX, a Enfermagem se institucionaliza na Inglaterra. Ao final deste, fica comprovado que sem as condições assépticas, nutrição adequada, monitoria pré e pós-operatória e cuidados com a reabilitação, nenhum diagnóstico ou capacidade cirúrgica teria salvo vidas. Em 1854, os hospitais militares não dispunham de enfermeiras regulares, mas apenas alguns enfermeiros militares sem capacidade para atuar. Nesse ano, a enfermeira Florence Nightingale recebe o convite do governo inglês para trabalhar nos hospitais militares durante a guerra da Criméia, onde desenvolveria um trabalho de excelência, reduzindo consideravelmente o índice de mortalidade entre os soldados.

A partir da atuação de Florence, toda a história da Enfermagem muda de rumo.

Florence Nightingale e a Enfermagem Moderna

Na segunda metade do século XIX, sob a liderança de Florence, a Enfermagem surge como profissão e como um campo, a saber. Nightingale foi amulher mais notável e expressiva da história da Enfermagem. Atentando para sua trajetória de vida, percebe-se grande empenho em identificar quais ações, relativas ao paciente e ao ambiente, poderiam desencadear a manutenção e a recuperação da saúde.

Possuidora de incomum conhecimento para a época, Florence dominava diversos idiomas, entre eles o grego e o latim, além de ter estudado artes, matemática, estatística, filosofia, história, política e economia. Crenças espiritualistas nortearam sua trajetória de vida. A constante preocupação e o envolvimento com o sofrimento de seus semelhantes seriam, segundo registro em seu diário, decorrentes dos chamados de Deus.

Após observar a prática de Enfermagem em hospitais de quase toda a Europa e realizar estágio no Instituto Kaiserswerth, na Alemanha, o qual treinava diaconisas para as atividades de Enfermagem, Florence começou sua trajetória como enfermeira. Em 1853, atuou como superintendente de Enfermagem na Casa Gentleman, na Inglaterra. No ano seguinte, atuou como voluntária na epidemia de cólera em Londres.

Nightingale procurou mostrar que era possível e necessário um preparo formal e sistemático para a aquisição de conhecimentos no campo da Enfermagem. Seus dons para a pesquisa e tomada de decisões facilitavam a análise de cada situação e obtinha dados para a futura implementação de um ensino de Enfermagem, a partir das experiências que obtivera em cada local. Com seu espírito humanitário, Florence não se limitou à saúde ou à doença, porém enfatizou o interesse da Enfermagem pelo ser humano, estivesse ele saudável ou adoentado. Nas concepções nightingaleanas, ao invés de adotar uma conduta conformista, o ser humano, por meio da educação, poderia desvelar suas potencialidades e mudar sua situação.

Em 1854, prestando serviço às tropas inglesas na Guerra da Criméia, Florence destaca-se tanto pela administração dos hospitais de guerra quanto pela humanização dos cuidados dispensados aos soldados. Ao estabelecer melhores condições sanitárias e de tratamento aos feridos, conseguiu reduzir a taxa de mortalidade entre os mesmos. Também adquiriu grande conhecimento acerca de construção e reforma de hospitais, assim como os aspectos indispensáveis ao adequado funcionamento destes.

Florence também se preocupava com os princípios relacionados ao ambiente físico, psicológico e social, essenciais para o bem-estar e recuperação dos pacientes.

O reconhecimento do trabalho de Florence rendeu-lhe homenagens e prêmios que foram aplicados na criação da primeira Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas em 1860. Os cursos tinham a finalidade de preparar enfermeiros para a atuação profissional, sem deixar de reconhecer a origem da especialidade.

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