Relatório De Aula Prática De Hematologia

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

CURSO DE FARMÁCIA

DISCIPLINA DE HEMATOLOGIA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

3ª Aula (24.01.2014)

A aula prática realizada no dia 24 de janeiro iniciou com a coleta de sangue, seguindo os mesmos passos descritos no relatório anterior.

Nesta aula os testes realizados foram: Velocidade de Hemossedimentação (VHS), Contagem global de hemácias e leucócitos, tipagem sanguínea e tempo de sangria.

O teste de VHS baseia-se na medição da velocidade de separação entre as hemácias e o plasma. Este teste é utilizado para auxiliar no diagnóstico de diversas doenças, como a tuberculose e artropatias reumáticas, porém não é um método específico.

Após a coleta e homogeneização da amostra, deve encher uma pipeta de westergreen até a marca de 0 mm e encaixar no suporte de madeira na posição vertical, de maneira cuidadosa, evitando o vazamento ou formação de bolhas. A pipeta é deixada em repouso por uma hora e então realizada a leitura. No teste realizado em sala pelo grupo, o resultado foi de 5 mm de decréscimo, estando dentro dos padrões de referência, que para o sexo masculino é de até 15 mm/h. Para o sexo feminino este valor de referência é de até 20 mm/h.

O teste de Tempo de Sangria determina o tempo necessário para a cessação de uma hemorragia por uma pequena incisão, que é padronizada em 3 mm, relacionando-se com a concentração de capilares e atividade das plaquetas.

Para este teste, deve-se inicialmente realizar a assepsia do dedo e com uma lanceta, fazer uma incisão de 3 mm de profundidade, correspondente à ponta da lanceta, permitindo que o sangue flua normalmente. Simultaneamente deve-se acionar um cronômetro. Com o auxílio de um papel de filtro, seca-se o local da incisão a cada 15 segundos, sem tocar o local da lesão. Deve-se parar o cronômetro logo que o papel de filtro não manche mais com o sangue. No teste realizado em sangue, o resultado foi de 30 segundos, porém este resultado pode não expressar o verdadeiro de sangria, uma vez que o dedo em que o teste foi realizado foi levemente pressionado.

A tipagem sanguínea é um teste importante, principalmente em casos de transfusão sanguínea, uma vez que as hemácias apresentam aglutinogênios e aglutininas que em contato uns com os outros podem causar reações imunológicas graves.

Para a determinação do tipo sanguíneo no sistema ABO utilizou-se os soros Anti-A e Anti-B. Para determinação no fator Rh ou D, utilizou-se o soro Anti-D.

Colocou-se duas gotas de sangue previamente coletado em tubo contendo anticoagulante em uma lâmina, cada gota em uma extremidade, e uma gota de sangue em outra lâmina. Na primeira, adicionou-se uma gota de soro Anti-A em uma das extremidades e uma gota de Anti-B. Mistura-se cuidadosamente e após 1 minuto a leitura foi realizada. Este teste é avaliado quanto à presença ou ausência de aglutinação. No teste realizado em sala, foi observado aglutinação na gota de sangue contendo soro Anti-B, demonstrando que o tipo sanguíneo do paciente testado era B. Isto ocorreu porque o soro Anti-B reagiu com os aglutinogênios presentes nas hemácias.

Na outra lâmina, adicionou-se uma gota do soro Anti-D. Observou-se Aglutinação, evidenciando que o sangue é fator Rh +.

Por fim, realizou-se a contagem global de hemácias e de leucócitos em câmara de Neubauer.

Para a contagem de hemácias, o sangue previamente coletado foi diluído, retirando-se 20 µL em 4 mL de líquido de Gower contido em um tubo, um líquido diluidor para contagem de hemácias, que destrói os leucócitos, mantendo os glóbulos vermelhos íntegros. A amostra é homogeneizada e com o auxílio de uma micropipeta, enche-se a câmara de Neubauer evitando o excesso ou escassez de líquido e a formação de bolhas. A câmara é colocada então para repousar durante 5 minutos em Placa de petri fechada contendo algodão molhado, funcionando como uma câmara úmida a fim de evitar o ressecamento precoce da câmara.

As hemácias são contadas nos retículos das extremidades e no central, com auxílio de microscópio com objetiva de 40x. O resultado das contagens