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Relatório Sobre Miíase Humana

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Por:   •  10/9/2014  •  423 Palavras (2 Páginas)  •  1.519 Visualizações

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Moscas são muito comuns em áreas rurais e urbanas. Algumas são hematófagas, ou seja, alimentam-se de sangue como as mutucas, por exemplo. Entretanto, algumas outras, mesmo não sendo hematófagas, são importantes para a saúde pública, como a doméstica e a verejeira. As moscas domésticas são transportadoras mecânicas de agentes patogênicos (vírus, protozoários, ovos de helmintos etc). Já as moscas varejeiras causam as miíases, conhecidas também como “bicheira” ou “berne”.

Miíase é uma patologia causada infestações de larvas de moscas em vertebrados vivos. Podem ser classificas em:

Obrigatória (primária): miíase causada por larva de mosca que se desenvolve dentro de vertebrados vivos para alimentarem-se de tecido vivo como, por exemplo, a Dermatobia hominis. Conhecida no Brasil como mosca-berneira ou mosca-varejeira.

Facultativa (secundária): causada por larvas de moscas desenvolvidas em matéria orgânica que eventualmente invade tecidos necrosados da pele ou da mucosa para alimentar-se como, por exemplo, a Chrysomya. A miíase facultativa pode apresentar-se de três formas: Cutânea (Furunculosas); Cavitária (conhecida como miíase das feridas: nasomiíase (região nasal), otomiíase (região dos ouvidos), oculomiíase (região da cavidade orbital), cistomiíase (região da bexiga) e intestinais, quando localizada no intestino).

Países de clima tropical e baixo nível sócio econômico, pessoas de pouca higiene corporal, alcoólatras, pacientes epilépticos, deficientes mentais e moradores de área rural são os mais suscetíveis a contrair a miíase.

Pseudomiíase (acidental) é causada por larvas de moscas ingeridas com alimentos, como a Tephritidae (bicho de goiaba), por exemplo, podendo ocasionar distúrbios mais ou menos graves. Os principais sintomas são diarréia pastosa, sem sangue; dor abdominal; náuses; dores de cabeça e insônia

Apesar de associadas a “bicheira”, as larvas também vem sendo utilizadas num processo chamado de terapia larval (TL), que consiste na aplicação intencional de larvas de moscas criadas em laboratório sobre lesões, feridas crônicas e/ou infectadas, tendo como finalidade a cicatrização tecidual. As larvas usadas devem estar vivas, desinfectadas e ser necrobiontófagas, ou seja, se alimentar de tecido morto de um animal vivo. O procedimento tem sido uma maneira alternativa, e por vezes mais eficaz, para a limpeza de feridas, uma vez que as larvas removem a secreção e promovem a limpeza do tecido necrosado. Muito vantajosa, também, em processos no qual o paciente já criou resistência a antibióticos.

As formas de tratamento incluem desde a remoção mecânica das larvas, tecidos e restos necróticos, recuperação do bom estado geral do paciente, prevenção de infecções secundárias e a profilaxia com a ivermectina oral ou sistêmica. O tratamento deve ser escolhido segundo a complexidade de cada caso, levando em consideração a área atingida e às condições locais e gerais de cada paciente.

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