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SAUDE DO HOMEM

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Por:   •  12/11/2013  •  4.290 Palavras (18 Páginas)  •  604 Visualizações

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O Ministério da Saúde, nos 20 anos do SUS, apresenta uma das prioridades desse governo, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem,

desenvolvida em parceria entre gestores dos SUS, sociedades científicas,

sociedade civil organizada, pesquisadores acadêmicos e agências de

cooperação internacional.

Nesse sentido, a política traduz um longo anseio da sociedade ao reconhecer

que os agravos do sexo masculino constituem verdadeiros problemas de

saúde pública. Um de seus principais objetivos é promover ações de saúde

que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular

masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos. e

possibilitem o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população.

Para isso, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem está

alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica – porta de entrada do

Sistema Único de Saúde - e com as estratégias de humanização em saúde, e

em consonância com os princípios do SUS, fortalecendo ações e serviços em

redes e cuidados da saúde.

O Ministério da Saúde vem cumprir seu papel ao formular a Política que deve

nortear as ações de atenção integral à saúde do homem, visando estimular o

auto-cuidado e, sobretudo, o reconhecimento que a saúde é um direito social

básico e de cidadania de todos os homens brasileiros.

A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa

qualificar a atenção à saúde da população masculina na perspectiva de linhas de

cuidado que resguardem a integralidade da atenção. O reconhecimento de que a

população masculina acessa o sistema de saúde por meio da atenção especializada

requer mecanismos de fortalecimento e qualificação da atenção primária, para que a

atenção à saúde não se restrinja à recuperação, garantindo, sobretudo, a promoção

da saúde e a prevenção a agravos evitáveis.

Vários estudos comparativos entre homens e mulheres têm comprovado o fato

de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às

enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as

mulheres

. A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de

morbimortalidade, os homens não buscam, como o fazem as mulheres, os

serviços de atenção primária

adentrando o sistema de saúde pela atenção ambulatorial e hospitalar de

média e alta complexidade, o que tem como conseqüência agravo da

morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo para o sistema de

saúde.

Tratamentos crônicos ou de longa duração têm, em geral, menor adesão, visto

que os esquemas terapêuticos exigem um grande empenho do paciente que,

em algumas circunstâncias, necessitam modificar seus hábitos de vida para

cumprir seu tratamento. Tal afirmação também é válida para ações de

promoção e prevenção à saúde que requer, na maioria das vezes, mudanças

comportamentais.

As pesquisas qualitativas apontam várias razões, mas, de um modo geral,

podemos agrupar as causas da baixa adesão em dois grupos principais de

determinantes, que se estruturam como barreiras entre o homem e os serviços e

ações de saúde a saber,

barreiras sócio-culturais e barreiras institucionais

A isto se acresce o fato de que o indivíduo tem medo que o médico

descubra que algo vai mal com a sua saúde, o que põe em risco sua crença de

invulnerabilidade.

.

Uma questão bastante apontada pelos homens para a não procura pelos serviços

de atenção primária está ligada a sua posição de provedor. Alega-se que o horário

do funcionamento dos serviços de saúde coincide com a carga horária do trabalho.

A compreensão das barreiras sócio-culturais e institucionais é importante para a

proposição estratégica de medidas que venham a promover o acesso dos homens

aos serviços de atenção primária, que deve ser a porta de entrada ao sistema de

saúde, a fim de resguardar a prevenção e a promoção como eixos necessários e

fundamentais de intervenção.

resguardem as diferenças nas necessidades de saúde da população de homens no

país, sem discriminação.

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, portanto, além de

evidenciar os principais fatores de morbi-mortalidade na saúde do homem

explicita o reconhecimento de determinantes sociais que resultam na

vulnerabilidade da população masculina aos agravos à saúde, considerando

que

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