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Sistematizzação De Enfermagem A Uma Paciente DM E HAS

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Por:   •  13/5/2014  •  3.410 Palavras (14 Páginas)  •  507 Visualizações

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1-INTRODUÇÃO

Martins et al. (2007) identifica transformações, no atual cenário, relacionadas à incidência e à prevalência das doenças, assim como, quanto às principais causas de morte. No Brasil, os elevados índices de óbitos acarretados por doenças crônicas derivam do atual estágio da mudança demográfico/epidemiológica pela qual passa a população brasileira, resultando no envelhecimento populacional.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes (2007) entre as doenças crônicas, as mais prevalentes são a hipertensão arterial e o Diabetes mellitus, cuja terapêutica e controle demandam modificações de conduta quanto à dieta, ingestão de medicamentos e estilo de vida. Essas alterações podem implicar na qualidade de vida, se não existir informações e assistência adequadas quanto ao tratamento ou o conhecimento das complicações decorrentes dessas patologias.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada como níveis elevados da pressão arterial é uma doença crônica e multifatorial, além disso, pode está relacionada com fatores genéticos e ambientais, entretanto ainda não está inteiramente esclarecida sua fisiopatologia. Possui um elevado índice de morbi/mortalidade em todo o planeta. Contudo, realizando-se o diagnóstico precoce e adesão ao tratamento não-medicamentoso e medicamentoso com eficácia ocorrerá, na maior parte dos casos, um controle terapêutico bem sucedido (SILVEIRA et al,2013).

A prevalência da doença na população brasileira é elevada, de tal modo, a Sociedade Brasileira de Hipertensão explana uma estimativa de 30 milhões de hipertensos, aproximadamente 30% da população adulta. Entre os indivíduos com mais de 60 anos de idade o índice ultrapassa 60%. Em todo o mundo há uma quantidade de 600 milhões de hipertensos, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010).

Estima-se que aproximadamente 17 milhões de brasileiros sejam acometidos pela HAS. No período de 2002 a 2008, houve um importante acréscimo no número de hipertensos, sendo que neste último, foram registrados 19 mil óbitos por HAS. Estudos epidemiológicos estimam que no ano de 2025, aproximadamente dois bilhões de pessoas com a idade entre 18 e 21 anos apresentarão hipertensão. Contudo, este número poderá ser ainda maior, por se tratar de uma doença assintomática e, portanto, com o risco de ser subnotificada (DEMONER, 2012).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007) a hipertensão arterial é caracterizada como uma síndrome, por está agregada, com um conjunto de distúrbios do metabolismo, tais como obesidade, aumento da resistência insulínica, diabete melito e dislipidemias, entre outros. Presentes os fatores de riscos e a ocorrência de lesões em órgãos alvos esses serão de suma importância para a estratificação do risco individual, a fim de avaliar o prognóstico e a decisão terapêutica adequada para cada individuo.

Para o desenvolvimento da hipertensão arterial existem diversos fatores de risco, tais como, fatores ambientais, comportamentais e genéticos (WAEBER e BRUNNER, 2001). Vários estudos epidemiológicos têm associado à hipertensão arterial a diversas características sociodemográficas (faixa etária, grupo étnico, nível socioeconômico), consumo de álcool, ingestão de sódio, estresse, diabete, obesidade e sedentarismo. Existem outros fatores de risco (tabagismo e dislipidemias) podem interagir com a pressão arterial e aumentar o risco de ampliação de doenças cardiovasculares (FREITAS et al.2001).

O cuidado da pessoa com hipertensão arterial necessita ser multiprofissional, pois o tratamento objetiva conservar os níveis pressóricos controlados de acordo com as particularidades do usuário designando a redução dos riscos de doenças cardiovasculares e atenuar a morbimortalidade melhorando assim, a qualidade de vida dos indivíduos (BRASIL, 2010).

O tratamento não medicamentoso é a parte efetiva no controle da HAS e de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, tais como obesidade e dislipidemia. Deste modo, envolve a mudança no estilo de vida determinante no tratamento do usuário ao longo de sua vida. Essas mudanças envolvem diminuição do uso de bebidas alcoólicas, amortização do tabagismo e adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática de exercício físico e controle do peso (BRASIL, 2013).

Logo, no tratamento medicamentoso primeiramente avalia-se a preferência da pessoa, o seu estado de motivação para modificação de estilo de vida, os estados pressóricos e o risco cardiovascular (BRASIL, 2013). Este tratamento ainda faz uso de diversas classes de fármacos selecionadas de acordo com a precisão de cada indivíduo, com avaliação da presença de comorbidades, lesão em órgãos- alvo, história familiar, idade e gravidez. Diariamente, pela característica multifatorial da doença, a terapêutica da hipertensão requer associação de dois ou mais anti-hipertensivos (BRASIL, 2010).

Outra doença crônica que abrange a população brasileira é o diabetes mellitus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) caracteriza o Diabetes mellitus como uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da ausência /ou incompetência da insulina para desempenhar adequadamente suas ações, distinguida pela hipoglicemia crônica e modificações no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Os sinais e sintomas típicos são: polidipsia, poliúria, polifagia e perda de peso irritabilidade, feridas cutâneas que demoram de cicatrizar, turvação visual, formigamento nas mãos e nos pés e alterações visuais súbitas.

O diabetes é uma doença de crescente aumento na população. Avalia-se que, em 1995,alcançava 4,0% da população adulta mundial e que, em 2025, obterá a cifra de 5,4%. A maior parte desse crescimento se dará em países em desenvolvimento, acentuando-se, nesses países, o padrão atual de concentração de casos na faixa etária de 45-64 anos (BRASIL, 2006).

Os tipos de diabetes ou também denominados, tipos etiológicas, são três: diabetes mellitus tipo 1, diabetes mellitus tipo 2 e diabetes gestacional. A diabetes mellitus tipo II, designa-se esse termo tipo 2 por causa de uma deficiência relativa de insulina, quando se administra insulina nesses casos, não visa evitar cetoacidose, mas alcançar controle do quadro hiperglicêmico. A cetoacidose é rara e, quando presente, é acompanhada de infecção ou estresse muito grave (BRASIL, 2006).

O diabete tipo 2, relaciona-se com excesso de peso ou deposição central de gordura. No todo, apresenta evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na secreção desta, se manifesta pela incapacidade de compensar essa

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