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Subsidindo cuidados de enfermagem atribuídos a um paciente com ressuscitação cardiopulmonar (RCP)

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Por:   •  21/5/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.177 Palavras (9 Páginas)  •  430 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Os profissionais da área de saúde deparam-se constantemente com situações que requerem atuação imediata, pois envolvem riscos para o paciente. A parada cardiorrespiratória (PCR) é um dos principais exemplos, pois a não realização das manobras de reanimação de forma breve, pode ocasionar danos irreversíveis.

Com o progressivo aumento na frequência da PCR em áreas não críticas, há necessidade de capacitação de todos os profissionais de saúde, visto que a sobrevivência do paciente depende da competência e instituição imediata das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

Considerando que na maioria das vezes a equipe de enfermagem são os membros da equipe de saúde que primeiro se depara com a situação de PCR, por tal motivo, estes profissionais necessitam possuir conhecimentos sobre atendimento de emergência, com tomada de decisões rápidas, avaliação de prioridades e estabelecimento de ações imediatas.

Portanto este documento foi elaborado com a finalidade de subsidiar a assistência de enfermagem destinada ao paciente em Parada Cardiorrespiratória. Entretanto, também foi confeccionado como forma de intervenção como acadêmica de enfermagem, guiada pelas disciplinas anteriores e pelo instrumento de reconhecimento do local da prática, pois a atividade proposta contribui não só para a formação acadêmica, mas também para entendimento preciso de como é desempenhado o papel da instituição de saúde.

2. HISTÓRICO

As referências históricas das manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar datam desde a Antigüidade, existem indicações desta prática no antigo Egito a mais de 5000 anos. Devido aos poucos conhecimentos sobre os fenômenos envolvidos e das poucas aplicações efetivas na Antigüidade, a possibilidade de reversão do estado terminal só se tornou possível a partir de 1900 em ambiente hospitalar e por volta de 1960 em ambiente extra-hospitalar. O desenvolvimento de técnicas para a assistência ao paciente com Parada Cardiorespiratória (PCR) tem permitido que se modifique o curso da morte (FEREZ, 2005).

3. EPIDEMIOLOGIA

Apesar dos grandes avanços tecnológicos ocorridos nas ultimas décadas, a morte prematura por enfermidade cardiovascular ainda é um grande desafio para a medicina intensiva, em todo o mundo (GOMES et al, 2005).

Nos Estados Unidos, 930.000 pessoas morrem por doenças cardiovasculares, correspondendo a 43% dos óbitos de todas as causas, sendo que desses, aproximadamente 500.000 são devido a doenças coronarianas. Cerca de 50% dessas mortes ocorrem subitamente, dentro das primeiras 02 horas do início dos sintomas, dessa maneira as mortes súbitas representam as mais freqüentes emergências médicas (RIBEIRO, BORN, JUNIOR, 2004).

Segundo o DATA SUS, no Brasil a mortalidade ocasionada por doenças do aparelho circulatório do ano de 2009 compreendem 320.074 pessoas, no Mato Grosso em 2010 a mortalidade foram de 4.020 pessoas e destas 258 foram da cidade de Rondonópolis, sendo que o município aparece em segundo lugar em óbitos a nível estadual, entretanto faz-se necessário considerar o número de habitantes por cidade.

O prognóstico da reanimação cardiorrespiratória em hospitais é mais sombrio do que aqueles que ocorrem fora do ambiente hospitalar. Apesar de nos hospitais se ter acesso a recursos do suporte avançado de vida, os pacientes têm maior co-morbidade e severidade das doenças, comparados àqueles que apresentam uma parada cardíaca em ambiente extra-hospitalar (GOMES et al, 2005).

4. DEFINIÇÃO

A cessação súbita da circulação sistêmica e da respiração é denominada parada cardiorrespiratória (PCR). As principais causas são: infarto agudo do miocárdio, obstrução de vias aéreas, hemorragia intensa, quase afogamento, eletrocussão, abuso de drogas ilícitas e intoxicação por gases tóxicos (COREN-GO, 2010). Os sinais e sintomas da PCR são agitação, tontura, sensação de pânico, dispnéia, não-reatividade, inconsciência e apnéia (MOREIRA; SOUZA, 2005).

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é uma intercorrência muitas vezes inesperada, constituindo grave ameaça à vida do paciente, principalmente, daqueles que se encontra em estado crítico. Assim, o atendimento exige da equipe rapidez, eficiência, conhecimento científico e habilidade técnica ao desempenho da ação. Ainda requer infra-estrutura adequada, trabalho harmônico e sincronizado entre os profissionais, pois a atuação em equipe é necessária para se atingir a recuperação do paciente (SILVA; PADILHA, 2000).

O profissional de Enfermagem deve estar capacitado para reconhecer a iminência do evento ou quando o paciente já está em PCR, pois este episódio representa a mais grave emergência clínica com que se pode deparar. A avaliação do paciente para constatação da PCR não deve levar mais que 10 segundos. Para um adulto em normotermia, a não realização de manobras de reanimação de forma breve, pode ocasionar danos irreversíveis dos neurônios do córtex cerebral (COREN-GO, 2010).

No entanto, na formação acadêmica do enfermeiro, os conteúdos teóricos e práticos relacionados à PCR e manobras de RCP têm sido ministrados de forma superficial, limitados, e muitas vezes não supre as necessidades dos alunos. As dificuldades refletirão na prática do enfermeiro, pois só a experiência profissional não oferece subsídios e embasamentos teóricos suficientes para suprir este déficit (SILVA; PADILHA, 2000).

O treinamento das manobras de RCP deve estar voltado para a aquisição de conhecimento teórico, habilidades práticas e atitudes dos profissionais, trabalhados concomitantemente, e dentro do contexto da prática dos participantes, para facilitar sua atuação. A padronização das condutas na RCP ajuda na adoção de linguagem única dos profissionais de saúde para executar as manobras com eficácia (BELLAN; MUGLIA; ARAÚJO, 2010).

Segundo Nettina (2003) a parada cardiorrespiratória pode ocorrer na presença de 4 ritmos cardíacos diferentes:

• Fibrilação Ventricular: Os ventrículos ficam deflagrando caoticamente em frequências que superam a 300 batimentos por minuto e, desta maneira, não permitem a condução efetiva do impulso. O débito cessa, perdendo o paciente o pulso, a pressão arterial e a consciência. O único tratamento para a fibrilação ventricular é a desfibrilação imediatada, quando o choque não é bem sucedido iniciar a RCP imediata.

• Taquicardia

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