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TEORIA EVOLUCIONISTA OU DA GERAÇÃO ESPONTÂNEA GRADUAL

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Por:   •  4/7/2014  •  2.839 Palavras (12 Páginas)  •  357 Visualizações

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TEORIA EVOLUCIONISTA

OU DA

GERAÇÃO ESPONTÂNEA GRADUAL

Não sendo possível conceber qualquer modelo teórico para a origem da vida fora da realidade que conhecemos, que é a da Terra, é neste contexto que a maioria dos cientistas procuraram encontrar a resposta à questão.

A abordagem do problema não pode, por outro lado, ser desinserida da perspectiva evolucionista que Charles Darwin (1809-1882) nos legou. Sabendo que as espécies se formaram por evolução a partir de outras, menos complexas, a lógica conduz-nos a focar a nossa atenção nas formas de vida mais simples e a colocar a questão fundamental a esse nível: como se formaram os microrganismos procariontes ? Thomas Huxley terá sido um dos primeiros a esboçar a ideia ousada que consistia em ligar de forma contínua o não vivo ao vivo. Faltavam-lhe, todavia, elementos para prosseguir. Estas ideias foram retomadas, já em pleno século XX, por J. B. S. Haldane (1892-1964) e A. I. Oparin.

Estes dois cientistas, sem se comunicarem, formularam a hipótese de que a atmosfera primitiva era, não só diferente pela sua composição, da actual mas, sobretudo, que não seria oxidante; o oxigénio, a existir, teria destruído qualquer formação pré-biótica. Nesta hipótese base, assenta a Teoria evolucionista da origem da vida ou da geração espontânea gradual. Consiste, basicamente, em admitir que, de forma espontânea e gradual, em condições ambientais diferentes das que actualmente existem, entidades moleculares se tenham combinado, dando origem, primeiro, a novas moléculas (que nós classificamos de orgânicas), e depois, a moléculas mais complexas por justaposição das primeiras (os polímeros). Finalmente, estruturas moleculares complexas e constituindo entidades isoladas do meio, com capacidades metabólicas e de reprodução, sujeitas às leis da evolução (diversidade-selecção-evolução), terão estado na origem das primeiras células vivas.

O ambiente primitivo

Sabe-se que a atmosfera da Terra e as condições ambientais que nela reinam hoje são completamente distintas daquelas que imperavam há cerca de 4,6 biliões de anos, quando ocorreu a condensação do sistema solar a partir de uma nuvem de gases e poeiras.

As condições então reinantes, ainda que muito diferentes das actuais, satisfaziam, em princípio, os requisitos para o desenvolvimento de formas vivas. Em primeiro lugar, a Terra localizava-se próximo de uma fonte de energia, o Sol. Em segundo lugar, dos nove principais planetas em órbita solar, era a massa terrestre a que se não encontrava tão perto dele que os seus elementos constituintes lhe fossem arrebatados sob a forma de gases, ou liquefeitos em rocha fundida. Também não era tão grande a distância, que os seus gases congelassem, tal como actualmente sucede em Titã, a maior lua de Saturno. A água é líquida na Terra, mas não em Mercúrio, onde foi toda evaporada para o espaço, ou em Júpiter, onde ocorre sob a forma de gelo. Por fim, a Terra era um corpo suficientemente grande para conservar a atmosfera, possibilitando o ciclo fluido dos elementos, mas não tanto que a sua gravidade mantivesse uma atmosfera demasiado densa, impeditiva da passagem dos raios solares.

A origem da vida na Terra ou a sua inoculação por seres extraterrestres terá ocorrido no período entre 3,9 e 2,5 biliões de anos, conhecido por período Arqueano. Com efeito, os registos fósseis mais recuados que se conhecem datam de há 3,5 biliões de anos.

Qual seria a conformação da Terra e a composição da sua atmosfera, nesse período? Eis a primeira questão à qual importa responder, para se conhecer o cenário em que se terão desenrolado os fenómenos subjacentes ao aparecimento da vida.

A Terra estaria ainda em fase de arrefecimento. A crosta terrestre era necessariamente frágil e os fenómenos de vulcanismo, frequentes. Frequente era também o bombardeamento por diversos corpos celestes, cometas e meteoritos. Com o arrefecimento da Terra, parte da água trazida à superfície pelas erupções vulcânicas e pela desgaseificação de minerais condensou-se e formou os mares primitivos (a hidrosfera). Outra parte, conjuntamente com os gases, foram conferindo à atmosfera uma composição diferente. A par do azoto (N3) e do vapor de água (H2O), o metano (CH4) e o dióxido de carbono (CO2) eram abundantes. Menos abundantes seriam o monóxido de carbono (CO), o amoníaco (NH3) e o sulfureto de hidrogénio (H2S). O oxigénio, tão importante na atmosfera actual, estava quase completamente ausente.

As cinco etapas da biogénese:

Foi neste contexto que se terá processado a biogénese, ou a formação da vida na Terra. É habitual considerar, neste processo, cinco etapas:

(1) a formação de uma atmosfera gasosa contendo as substâncias elementares para a formação da matéria orgânica (já referida) ;

(2) a síntese dos monómeros biológicos, como os aminoácidos, os açúcares ou as bases azotadas;

(3) a polimerização destes monómeros e a formação das proteínas primitivas e das cadeias de ácidos nucleicos;

(4) a individualização de microgotas com uma identidade física e rudimentares faculdades metabólicas;

(5) o desenvolvimento de um mecanismo de reprodução que garantisse a transmissão da informação, aos descendentes.

Thomas Henry Huxley:

(Ealing, Middlesex, 4 de maio de 1825 — Eastbourne, Sussex, 29 de junho de 1895) foi um biólogo britânico que ficou conhecido como "O Buldogue de Darwin", por ser o principal defensor público da teoria da evolução de Charles Darwin e um dos principais cientistas ingleses do século XIX.

Os primeiros anos

Huxley nasceu na vila de Ealing, próximo a Londres, sendo o sétimo dos oito filhos de George Huxley, um professor de matemática em Ealing, em cuja escola Huxley teve seus únicos 2 anos de educação infantil formal. Em 1835, sua família mudou-se para Coventry, onde estudou vorazmente em casa. Aos 15 anos, começou a estudar Medicina inicialmente como aprendiz, depois como bolsista do Hospital Charing Cross. Aos vinte, passou nos exames da Universidade de Londres, ganhando a medalha de ouro para anatomia e fisiologia. Em 1845 (ainda aos 20 anos), publicou seu primeiro texto científico demonstrando a existência de uma camada interna nos cabelos, então desconhecida. Essa camada passou a ser

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